A maior passeata da história de Londres, equivalente talvez às manifestações de 2003 contra a invasão do Iraque, aconteceu neste sábado e paralisou a capital inglesa.
Os manifestantes protestavam contra o arrocho orçamentário decretado pelo primeiro-ministro David Cameron, uma espécie de Tatcher sem laquê.
A exemplo dos demais países ricos, a Inglaterra depois de salvar instituições financeiras imersas na orgia especulativa decidiu que é hora de socializar os custos da operação.
Mr Cameron anunciou o prato principal deste cardápio: cortes de US$ 130 bilhões no orçamento, com os complementos de praxe, ou seja, redução na oferta de serviços públicos, paralisação de obras etc.
Os sindicatos ingleses rejeitam a sugestão do chefe e revidam: porque não aumentar os impostos da banca e eliminar facilidades fiscais das grandes corporações?
Cameron não tem tempo para as ruas.
Está ocupado em bombardear a Líbia, em defesa dos direitos humanos.
LEIA nesta pág. Wallerstein, Krugman, a rebelião também na Islândia e os protestos nos EUA)
(Carta Maior; Domingo, 27/03/2011)
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