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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

22.3.11

Entrevista com Paulo Freire > Cristo, meu camarada

“Quando muito moço, muito jovem, eu fui aos mangues do Recife, aos córregos do Recife, aos morros do Recife, as zonas rurais de Pernambuco, trabalhar com os camponeses, com as camponesas, com os favelados, eu confesso sem nenhuma choramingas, eu confessa que fui até lá movido por uma certa lealdade ao Cristo de quem eu era mais ou menos camarada.

 

Mas acontece é que quando eu chego lá, a realidade dura do favelado, a realidade dura do camponês, a negação do seu ser como gente, a tendência aquela adaptação (...), aquele estado quase inerte diante da negação da liberdade.

 

Aquilo tudo me remeteu a Marx.

 

Eu sempre digo, não foram os camponeses que disseram a mim: ‘Paulo, tu já lestes Marx?”. Não, de jeito nenhum, eles não liam nem jornal.

 

Foi a realidade deles que me remeteu a Marx.

 

E eu fui a Marx.

 

E aí é que os jornalistas europeus, em 70, não entenderam a minha afirmação:

 

É que quanto mais eu li Marx, tanto mais eu encontrei uma certa fundamentação objetiva para continuar camarada de Cristo.

 

Então, as leituras que eu fiz de Marx, e alongamentos de Marx, não me sugeriram jamais que eu deixasse de encontrar Cristo na esquina das próprias favelas.

 

Eu fiquei com Marx na mundanidade,

a procura de Cristo na transcendentalidade.”

 

Paulo Freire

 

 

Para assistir os vídeos com a entrevista: http://verd.in/lqv

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz