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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

5.3.11

Em 3 assassinados, 2 são negros. Não, nós não somos racistas | Conversa Afiada

Em 3 assassinados, 2 são negros. Não, nós não somos racistas

Publicado em 04/03/2011

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Racistas ? Quem ? Nós ?


Na pág. 12 da Carta Capital que chega hoje às bancas, Mino Carta (“A maior desgraça – três séculos de escravidão vincam até hoje os comportamentos da sociedade brasileira”); e Cynara Menezes, na pág. 24 (“Ecos da escravidão – nunca o fosso entre a segurança dos brancos e negros foi tão grande no Brasil. Enquanto o número de assassinatos de uns cai, o dos outros segue em alta”) tratam de racismo e violência.

Mino diz assim:

“Há quem pretenda que o preconceito à brasileira não é racial, é social, mas no nosso caso os qualificativos são sinônimos: o miserável nativo não é branco.”

Mino demonstra que Ronaldo, dito o Fenômeno, e mesmo Pelé, “um negro de alma branca”, se postados na calada da noite em certas esquinas do Rio e de São Paulo, seriam sumariamente conduzidos ao xilindró mais próximo.

Mino considera que a escravidão é o “mal maior da história do Brasil”.

Outro mal, o Golpe de 64, “último capítulo do enredo populista comandado por uma elite que, como diz Raymundo Faoro, quer um país de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo”.

Como se sabe, o PiG (*) apoiou o Golpe com entusiasmo.

A Folha chegou a ceder carros de reportagem para os torturadores.

Como se sabe, o PiG apoiaria qualquer outro Golpe para derrubar qualquer presidente trabalhista.

Conclui Mino:

“CartaCapital confia na ação da presidenta Dilma e acredita que seu Governo saberá dar prosseguimento às políticas postas em prática pelo antecessor e empenhar-se a fundo no seu próprio programa de erradicação da miséria.”

Cynara dá os números para Mino bater.

O racismo se adensa.

“Em 2002, foram assassinados 46% mais negros do que brancos. Em 2008, a porcentagem atingiu 103%.”

“Em outras palavras, para cada três mortos, dois tinham a pele escura.”

“Na Paraíba, morrem 1.083% mais pretos. Em Alagoas, 974%. E, na Bahia dos blocos de Carnaval, 440%.”

Recomenda-se ardentemente a leitura do livro “Nós não somos racistas”, de Ali Kamel, o Gilberto Freyre da Globo.

Em tempo: não deixe de ler “Secretario de Justiça da Bahia associa Ali Kamel ao racismo no Brasil”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

 

 

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2011/03/04/em-3-assassinados-2-sao-negros-nao-nos-nao-somos-racistas/

 

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz