Cooperativas se multiplicam e ganham incentivos em Canoas/RS.
"Município tem grupos de artesanato e de alimentação e até uma indústria" Por Liliam Patrícia do Diário Canoas.
Em Canoas, pelo menos 750 pessoas divididas em 42 grupos recebem apoio da Prefeitura para atuar de forma cooperativada. Os integrantes contam com orientações sobre o que é uma cooperativa, têm assessorias técnica e pedagógica e recebem dicas de como comercializar o que produzem. "E esta é a maior dificuldade. Por isso, disponibilizamos bancas em diversos eventos promovidos pela Prefeitura", comenta o coordenador do Departamento de Economia Solidária da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Pedro Giehl.
Mesmo sem o apoio direto do poder público, como nos casos acima, a Cooperativa dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas (CTMC) é exemplo de como o temor do desemprego pode ser driblado com união. Oito anos depois de fundada, a CTMC quadruplicou o número de trabalhadores, superando os 450 associados. De 2001 até agora as conquistas foram muitas e o passar do tempo só a fortaleceu. Hoje a cooperativa tem uma filial e recebe encomendas do mundo todo.
Força
O vice-presidente da CTMC, João Henrique Barbosa da Silva, acredita que este tipo de empreendedorismo é uma alternativa para o mercado. "Muitas empresas no setor da metalurgia estão fechando no Brasil. E sei que pelo menos 200 delas foram transformadas em cooperativas. Isso demonstra que a tendência são as cooperativas."
Giehl concorda com Silva. "O cooperativismo é clássico, histórico e está em crescimento no Brasil", fala, mas lembra que no País este modelo enfrenta dificuldades para ser implantado. "Não temos uma lei nova do cooperativismo. A que existe é conflitante com a Constituição. Como a lei é vaga, estamos vivendo em um vácuo", comenta, sobre a disseminação de empresas que se denominam cooperativas, mas sem esse perfil.
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