Cerca de 670 integrantes do MST permanecerão acampados nos Pavilhões da Festa da Uva de 26 a 29 de setembro, em Caxias do Sul.
.
Segundo a organização do movimento, 500 adultos e 170 crianças participam da passagem por Caxias.
.
Os sem-terra saíram de Eldorado do Sul no dia 11 de setembro e já passaram por Porto Alegre e cidades do Vale do Sinos. Antes de Caxias, a última parada havia sido em Sapiranga.
.
Os integrantes do movimento pretendem chegar em Coqueiros do Sul, no norte gaúcho, onde fica a Fazenda Coqueiros - ou Guerra - , pela qual eles lutam pela desapropriação.
.
Simultaneamente, acontecem outras duas marchas do MST com destino à mesma propriedade rural. Uma delas saiu de São Gabriel e outra de Bossoroca.
.
Esta é a terceira vez que uma marcha dos sem-terra passa por Caxias. As outras teriam sido no final dos anos 1980 e no final dos 1990.
.
Marchas estaduais
Os sem-terra que estão em Caxias fazem parte de uma das três colunas que marcham simultaneamente no Estado. Uma delas saiu de São Gabriel e outra de Bossoroca.
Marchas estaduais
Os sem-terra que estão em Caxias fazem parte de uma das três colunas que marcham simultaneamente no Estado. Uma delas saiu de São Gabriel e outra de Bossoroca.
Os cerca de 2 mil integrantes das três marchas pedem a desapropriação da Fazenda Coqueiros, no norte do Estado, que já foi alvo de várias invasões desde 2004.
Os sem-terra devem chegar na propriedade rural em Coqueiros do Sul na segunda semana de outubro.
..............................................................................
A Reforma Agrária
O que dizem líderes de algumas das instituições e entidades caxienses presentes na recepção ao MST:
.
.
- A Igreja é solidária para defender a causa da reforma agrária. A reforma é fonte de alimento e é tão importante que haja alimentos para todos. A reforma também é fonte de trabalho. Se hoje há desemprego, há a necessidade de trabalho. O nosso apoio é a esse movimento que quer que tomemos consciência da reforma agrária.
.
Bispo da Diocese de Caxias do Sul, Dom Paulo Moretto
.
.
- A reforma agrária é importante e deve ser colocada na pauta de toda a sociedade. A gente acredita que a monocultura não é o melhor modelo de produção, mas, sim, a agricultura camponesa.
.
Coordenador de integração estudantil e membro da coordenação do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Henrique Porto Lusa, o Pulga.
.
- A reforma agrária é uma bandeira de todos os trabalhadores. A questão da produção de alimentos não é uma luta só dos sem-terra. A terra tem de cumprir um papel social. A questão do latifúndio hoje não interessa só aos metalúrgicos, mas toda a sociedade.
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Assis Melo
.
- Entendemos que, enquanto não cessar a vinda de gente do campo para a cidade, teremos dois problemas sérios: a falta de emprego e a diminuição da quantidade de alimento produzida, já que a maior parte da produção é realizada em pequenas propriedades. Acreditamos que, ao contrário do ocorre hoje, as pessoas que não encontram emprego na cidade deveriam ir para o campo.
- Entendemos que, enquanto não cessar a vinda de gente do campo para a cidade, teremos dois problemas sérios: a falta de emprego e a diminuição da quantidade de alimento produzida, já que a maior parte da produção é realizada em pequenas propriedades. Acreditamos que, ao contrário do ocorre hoje, as pessoas que não encontram emprego na cidade deveriam ir para o campo.
.
Membro da coordenação municipal do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Valerim Alexandre Caetano
Nenhum comentário:
Postar um comentário