terça-feira, 7 de agosto de 2012
Sean Penn no comício de ChávezPor Altamiro Borges
A campanha pela reeleição de Hugo Chávez à presidência da Venezuela ganhou importante reforço neste final de semana. O ator estadunidense Sean Penn, ganhador de dois Oscar - "Sobre meninos e lobos", em 2003, e "Milk", em 2008 -, fez questão de participar de um comício do líder bolivariano em Valencia, no interior do país. "Somos todos americanos, eles [dos EUA] são do Norte e nós, do Sul. Muito obrigado por nos visitar de novo, caro amigo", afirmou Chávez, dirigindo-se carinhosamente ao astro hollywoodiano.
Sean Penn subiu no caminhão improvisado de palanque, deu um abraço no presidente venezuelano e acenou à multidão entusiasmada. O ator, diretor e roteirista é uma das vozes críticas da política agressiva dos EUA. Conhecido por seu ativismo social e por sua ação internacionalista, Penn criou uma fundação para ajudar na reconstrução do Haiti, sempre criticou as invasões do Iraque e do Afeganistão e, recentemente, defendeu a soberania da Argentina sobre as Ilhas Malvinas. Ele também é um ácido opositor do Partido Republicano.
A cobertura da mídia colonizada
A mídia colonizada do Brasil evita dar destaque para a empolgante campanha pela reeleição de Chávez. Em seus editoriais, os jornalões insistem em rotulá-lo de "ditador" e "populista". Na semana passada, o Estadão chegou a insinuar, sem apresentar provas e de forma criminosa, que o líder bolivariano faz parte de um cartel de narcotraficantes. Nas tevê, alguns patéticos "calunistas" se esforçam para estigmatizar Hugo Chávez. Na prática, a mídia colonizada não informa - ela faz campanha aberta em favor do ricaço Henrique Capriles.
A cobertura não reflete a campanha eleitoral no país vizinho. As últimas pesquisas apontam vitória folgada de Hugo Chávez. A cada dia que passa, a sua campanha ganha novas adesões e os comícios diários juntam milhares de pessoas. Em várias partes do mundo - como no Brasil - estão sendo formados comitês de apoio à reeleição do líder bolivariano. Mesmo assim, a mídia colonizada tenta difundir a imagem de que a eleição será acirrada. Tão servil aos EUA, ele esconde até o apoio militante de um astro de Hollywood.
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