Companheira Dilma Porto Alegre, 02 de abril de 2010. Caríssima pré-candidata à Presidência da República Dilma Rousseff, sei que hoje estás aqui na Capital dos gaúchos, cidade que escolhestes para criar raízes profundas e permanentes. Tenho convicção que vais ler essa coluna, que hoje é dedicada a ti. | |
Dilma, seguistes até aqui os rumos ditados pelo teu coração e tua consciência. Tua biografia ficou conhecida de todos os brasileiros a partir do momento em que inscrevestes o teu nome na história de nosso País como a primeira mulher candidata ao maior cargo da República. Tua fala na despedida do cargo de ministra da Casa Civil: "jamais pensei que a vida me reservasse tamanho desafio. Mas me sinto absolutamente preparada para enfrentá-lo,com humildade, com serenidade e com confiança", motivou essa carta aberta.
Dilma, somos resultado de nossas próprias escolhas. Tenho a nítida impressão de te ver adolescente, plena de consciência social e política, escolhendo o lado que te ordenava a consciência. Não és a candidata do Lula por acaso, não estamos aqui diante de um quadro de sortilégio. Fostes forjada na luta e ao longo dos anos seguistes em busca da excelência, traçando o teu próprio destino, enquanto sonhavas e lutavas por um Brasil mais justo, democrático, no qual todos, sem exceção, se sentiriam parte.
Quiseram te tachar de mentirosa, pois sabiam que nos porões da ditadura mentistes para salvar companheiros de luta. Tua resposta: "Qualquer comparação entre a ditadura militar e a democracia brasileira só pode partir de quem não dá qualquer valor à democracia brasileira. Eu tinha 19 anos. Eu fiquei três anos na cadeia e fui barbaramente torturada, senador. E qualquer pessoa que ousar dizer a verdade aos seus interrogadores compromete a vida dos seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido, senador. Porque mentir na tortura não é fácil. Agora, na democracia, se fala a verdade. Diante da tortura, quem tem coragem e dignidade fala a mentira". Foi uma aula de dignidade e virtude.
A campanha, Dilma, crê, ainda não começou. A oposição, no que ela tem de mesquinho e deprimente, tem apenas ensaiado denegrir e vilipendiar tua biografia. És mãe, e logo serás avó, carregas na bagagem a coragem de ser mulher em um mundo construído para o homem. Insinuam que teu comportamento profissional, duro, exigente, não é feminino. A tua fala respondeu essa questão: "As mulheres são sensíveis, isso é qualidade. São práticas, sensatas e objetivas, isso é indispensável na política. E as mulheres são fortes, não se curvam à dor, aguentam os sacrifícios e não os temem. Sempre me perguntam se uma mulher está preparada para ser presidente. Eu digo que o Brasil está preparado para ter uma mulher presidente, e as mulheres também estão preparadas para isso".
No Brasil, que ainda vive o ambiente de "Casa Grande e Senzala", de Gilberto Freyre, a presença da mulher aflige o status quo. Isso não significa que os verdadeiros homens de nosso País não estejam preparados para conviver com a nova realidade de nossa civilização, afinal, como bem dissestes, "em condições de poder, a mulher deixa de ser vista como objeto frágil e isso é imperdoável. Aí começa a história da mulher dura. É verdade: eu sou uma mulher dura cercada de homens meigos. Meigos no sentido profundo do termo. Adequados a coexistência pacífica entre os dois gêneros, alheios a mesquinha e covarde disputa violenta pelo poder, resquício de nossos ancestrais símios" Tua demonstração cabal de respeito e admiração ao presidente Lula é mais uma demonstração de teu preparo e capacidade de exercer o poder com ternura e humildade, atributos da alma feminina, que habita o corpo de machos e fêmeas da raça humana.
Em um sistema desigual, violento, discriminador, preconceituoso e covarde, defensor da desigualdade, tua presença nessa campanha eleitoral que definirá os rumos de nossa Pátria é um balsamo para todos os que acreditam que a humanidade evolui rumo a um mundo de paz e harmonia, onde as diferenças serão página virada na história. Caminha em paz, seja qual for o resultado em outubro. Tua presença na disputa significa um salto quântico na política brasileira. Segue teu coração e tua consciência, eles serão a baliza que poderá te levar ao cargo de presidenta da República. Tens biografia e coragem para representar e governar nosso País.
Dilma, somos resultado de nossas próprias escolhas. Tenho a nítida impressão de te ver adolescente, plena de consciência social e política, escolhendo o lado que te ordenava a consciência. Não és a candidata do Lula por acaso, não estamos aqui diante de um quadro de sortilégio. Fostes forjada na luta e ao longo dos anos seguistes em busca da excelência, traçando o teu próprio destino, enquanto sonhavas e lutavas por um Brasil mais justo, democrático, no qual todos, sem exceção, se sentiriam parte.
Quiseram te tachar de mentirosa, pois sabiam que nos porões da ditadura mentistes para salvar companheiros de luta. Tua resposta: "Qualquer comparação entre a ditadura militar e a democracia brasileira só pode partir de quem não dá qualquer valor à democracia brasileira. Eu tinha 19 anos. Eu fiquei três anos na cadeia e fui barbaramente torturada, senador. E qualquer pessoa que ousar dizer a verdade aos seus interrogadores compromete a vida dos seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido, senador. Porque mentir na tortura não é fácil. Agora, na democracia, se fala a verdade. Diante da tortura, quem tem coragem e dignidade fala a mentira". Foi uma aula de dignidade e virtude.
A campanha, Dilma, crê, ainda não começou. A oposição, no que ela tem de mesquinho e deprimente, tem apenas ensaiado denegrir e vilipendiar tua biografia. És mãe, e logo serás avó, carregas na bagagem a coragem de ser mulher em um mundo construído para o homem. Insinuam que teu comportamento profissional, duro, exigente, não é feminino. A tua fala respondeu essa questão: "As mulheres são sensíveis, isso é qualidade. São práticas, sensatas e objetivas, isso é indispensável na política. E as mulheres são fortes, não se curvam à dor, aguentam os sacrifícios e não os temem. Sempre me perguntam se uma mulher está preparada para ser presidente. Eu digo que o Brasil está preparado para ter uma mulher presidente, e as mulheres também estão preparadas para isso".
No Brasil, que ainda vive o ambiente de "Casa Grande e Senzala", de Gilberto Freyre, a presença da mulher aflige o status quo. Isso não significa que os verdadeiros homens de nosso País não estejam preparados para conviver com a nova realidade de nossa civilização, afinal, como bem dissestes, "em condições de poder, a mulher deixa de ser vista como objeto frágil e isso é imperdoável. Aí começa a história da mulher dura. É verdade: eu sou uma mulher dura cercada de homens meigos. Meigos no sentido profundo do termo. Adequados a coexistência pacífica entre os dois gêneros, alheios a mesquinha e covarde disputa violenta pelo poder, resquício de nossos ancestrais símios" Tua demonstração cabal de respeito e admiração ao presidente Lula é mais uma demonstração de teu preparo e capacidade de exercer o poder com ternura e humildade, atributos da alma feminina, que habita o corpo de machos e fêmeas da raça humana.
Em um sistema desigual, violento, discriminador, preconceituoso e covarde, defensor da desigualdade, tua presença nessa campanha eleitoral que definirá os rumos de nossa Pátria é um balsamo para todos os que acreditam que a humanidade evolui rumo a um mundo de paz e harmonia, onde as diferenças serão página virada na história. Caminha em paz, seja qual for o resultado em outubro. Tua presença na disputa significa um salto quântico na política brasileira. Segue teu coração e tua consciência, eles serão a baliza que poderá te levar ao cargo de presidenta da República. Tens biografia e coragem para representar e governar nosso País.
Beatriz Fagundes
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Radialista e colunista, ao longo dos anos Beatriz Fagundes construiu seu próprio estilo de fazer rádio. Ela conquistou a simpatia do público que se manifesta em uma audiência fiel. Beatriz questiona o fato jornalístico para além das aparências e não perde a oportunidade de comprar brigas.
É conhecida por falar o que pensa e abrir o microfone para seus ouvintes se manifestarem sobre temas polêmicos. Enquanto a maioria da imprensa bate palmas para as decisões dos governos federal e estadual, a radialista faz o inverso, questionando cada ponto e não se deixa constranger pelas investidas de seus desafetos. São pessoas assim que movimentam o mundo, transformam, transcendem, fazem pensar.
Começou no rádio em 1984, como produtora, mais tarde escreveu um livro de ficção - Armadilhas - estilo realismo fantástico e atualmente a radialista apresenta o Programa Beatriz Fagundes, que vai ao ar na Rádio Pampa AM, de segunda a sexta-feira, das 09h às 12 h. Com a mesma eficiência profissional com que conduz o programa matinal da emissora, ela também escreve com o brilhantismo que lhe é peculiar.
É conhecida por falar o que pensa e abrir o microfone para seus ouvintes se manifestarem sobre temas polêmicos. Enquanto a maioria da imprensa bate palmas para as decisões dos governos federal e estadual, a radialista faz o inverso, questionando cada ponto e não se deixa constranger pelas investidas de seus desafetos. São pessoas assim que movimentam o mundo, transformam, transcendem, fazem pensar.
Começou no rádio em 1984, como produtora, mais tarde escreveu um livro de ficção - Armadilhas - estilo realismo fantástico e atualmente a radialista apresenta o Programa Beatriz Fagundes, que vai ao ar na Rádio Pampa AM, de segunda a sexta-feira, das 09h às 12 h. Com a mesma eficiência profissional com que conduz o programa matinal da emissora, ela também escreve com o brilhantismo que lhe é peculiar.
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