O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vem a público denunciar as violações de direitos humanos cometidas no Estado do Rio Grande do Sul:
No dia 11 de abril, o Movimento Sem Terra realizou três ocupações de terra no Rio Grande do Sul, como parte da Jornada Nacional de lutas por Reforma Agrária. Uma das áreas ocupadas foi a Fazenda Guerra, no município de Coqueiros do Sul.
Cerca de 800 famílias participaram da ocupação. Esta foi a oitava vez que as famílias mobilizaram-se para ocupar a área e pedir sua desapropriação. A Fazenda Guerra possui 7 mil hectares, ou seja, aproximadamente o tamanho de 7 mil campos de futebol! Esta fazenda ocupa 30% da área do município e a desapropriação é um desejo não apenas dos agricultores, mas da própria sociedade: no ano passado, 23 prefeitos da região entregaram ao Governo Federal um pedido para que desapropriasse esta área para reforma agrária.
Após a ocupação, a área foi congelada pela Brigada Militar, sem que ninguém pudesse entrar ou sair da área. Um aparato de centenas de policiais fortemente armado foi deslocado para o município para fazer o despejo das famílias. Diante da ameaça de conflito, as famílias acampadas preferiram recuar e deixar a área. Ainda assim, o despejo de homens, mulheres e crianças foi feito durante a noite, sob provocações e humilhações dos policiais.
No dia seguinte, 12 de abril, a Brigada Militar aproximou-se da área onde as famílias estão acampadas, fora da fazenda, provocando e ameaçando os agricultores. Tiros foram disparados contra as famílias, que reagiram com pedras. O agricultor Daniel Mafalda Chavez, de 33 anos, foi ferido a bala.
No Hospital de Carazinho, as duas pessoas que acompanhavam o agricultor foram presas. O próprio agricultor, após ter recebido apenas analgésicos no atendimento hospitalar, foi novamente preso, com a bala ainda alojada no corpo e submetido a espancamentos durante a noite. Solto, foi novamente levado a um Hospital, em Palmeira das Missões. E, agora, novamente foi transferido para a capital Porto Alegre, pois a bala permanece alojada em seu corpo.
Em outra ocupação, em Pedro Osório, um grande efetivo de policiais e tropa de choque foi deslocado para o despejo. Apesar da saída pacífica das famílias, cinco agricultores foram feridos com baionestas.
A violência da Brigada Militar não é fato isolado ou novo. O Comandante da Brigada Militar na região tem defendido permanentemente a expulsão das famílias acampadas e a destruição dos acampamentos. A política da Governadora Yeda Crusius para a segurança pública, tem incentivado o autoritarismo e a truculência, criminalizando não apenas os movimentos sociais. No Rio Grande do Sul, em três meses de Governo, cerca de 20 pessoas já foram assassinadas pela Brigada Militar.
Neste mês, em que se completam 11 anos do Massacre de Eldorado de Carajás, quando 19 trabalhadores rurais sem terras foram assassinados pela Policia Militar do Pará, sob ordens do Governador Almir Gabriel do mesmo partido que a Governadora Yeda Crusius, tememos que a violência estatal, o compromisso com o latifúndio e a injustiça social imperem novamente.
No dia 11 de abril, o Movimento Sem Terra realizou três ocupações de terra no Rio Grande do Sul, como parte da Jornada Nacional de lutas por Reforma Agrária. Uma das áreas ocupadas foi a Fazenda Guerra, no município de Coqueiros do Sul.
Cerca de 800 famílias participaram da ocupação. Esta foi a oitava vez que as famílias mobilizaram-se para ocupar a área e pedir sua desapropriação. A Fazenda Guerra possui 7 mil hectares, ou seja, aproximadamente o tamanho de 7 mil campos de futebol! Esta fazenda ocupa 30% da área do município e a desapropriação é um desejo não apenas dos agricultores, mas da própria sociedade: no ano passado, 23 prefeitos da região entregaram ao Governo Federal um pedido para que desapropriasse esta área para reforma agrária.
Após a ocupação, a área foi congelada pela Brigada Militar, sem que ninguém pudesse entrar ou sair da área. Um aparato de centenas de policiais fortemente armado foi deslocado para o município para fazer o despejo das famílias. Diante da ameaça de conflito, as famílias acampadas preferiram recuar e deixar a área. Ainda assim, o despejo de homens, mulheres e crianças foi feito durante a noite, sob provocações e humilhações dos policiais.
No dia seguinte, 12 de abril, a Brigada Militar aproximou-se da área onde as famílias estão acampadas, fora da fazenda, provocando e ameaçando os agricultores. Tiros foram disparados contra as famílias, que reagiram com pedras. O agricultor Daniel Mafalda Chavez, de 33 anos, foi ferido a bala.
No Hospital de Carazinho, as duas pessoas que acompanhavam o agricultor foram presas. O próprio agricultor, após ter recebido apenas analgésicos no atendimento hospitalar, foi novamente preso, com a bala ainda alojada no corpo e submetido a espancamentos durante a noite. Solto, foi novamente levado a um Hospital, em Palmeira das Missões. E, agora, novamente foi transferido para a capital Porto Alegre, pois a bala permanece alojada em seu corpo.
Em outra ocupação, em Pedro Osório, um grande efetivo de policiais e tropa de choque foi deslocado para o despejo. Apesar da saída pacífica das famílias, cinco agricultores foram feridos com baionestas.
A violência da Brigada Militar não é fato isolado ou novo. O Comandante da Brigada Militar na região tem defendido permanentemente a expulsão das famílias acampadas e a destruição dos acampamentos. A política da Governadora Yeda Crusius para a segurança pública, tem incentivado o autoritarismo e a truculência, criminalizando não apenas os movimentos sociais. No Rio Grande do Sul, em três meses de Governo, cerca de 20 pessoas já foram assassinadas pela Brigada Militar.
Neste mês, em que se completam 11 anos do Massacre de Eldorado de Carajás, quando 19 trabalhadores rurais sem terras foram assassinados pela Policia Militar do Pará, sob ordens do Governador Almir Gabriel do mesmo partido que a Governadora Yeda Crusius, tememos que a violência estatal, o compromisso com o latifúndio e a injustiça social imperem novamente.
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MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA - RS
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