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ENTENDA MELHOR
• O que queremos?
Queremos a aprovação da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos. Para saber mais, clique aqui.
• Como surgiu a PNaRA?
O texto da PNaRA é uma adaptação da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PRONARA), que foi construída em conjunto pela sociedade civil e governo no âmbito da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. Na ocasião, o PRONARA não foi implementado por pressão do Ministério da Agricultura. Agora, vamos pressionar pela sua aprovação como Projeto de Lei. Para saber mais, clique aqui.
• Qual o perigo dos agrotóxicos?
Os estragos causados pelos agrotóxicos não ocorrem apenas durante sua produção, transporte e aplicação na agricultura. Esses pesticidas também deixam resíduos em nossa comida, no solo, na água, no ar, na alimentação escolar e até no leite materno. São substâncias químicas feitas para matar, e por isso não deveriam ser utilizadas no processo de produção de alimentos.
Veja alguns exemplos dos perigos dos agrotóxicos:
- Contaminação do leite materno na cidade de Lucas do Rio Verde – Mato Grosso, 2011
- Chuva de veneno na escola de Rio Verde – Goiás, 2013
- Morte de trabalhador rural em Limoeiro do Norte, Ceará, 2013
Para uma compreensão mais ampla sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde, existe uma série de documentos que podem ser utilizados como fonte de informações confiáveis. O Dossiê Abrasco sobre Impactos dos Agrotóxicos na Saúde é um material que traz muitas informações a respeito.
Para outras informações sobre câncer, consulte a opinião do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA) também expôs sua preocupação em relação aos agrotóxicos na alimentação.
• Pode piorar?
Hoje corremos um sério risco caso seja aprovado o Pacote do Veneno (Projeto de Lei 6299/2002 e seus apensados). Leia a Análise do PL do Veneno para entender seus perigos, e o que poderia ser feito para melhorar.
• É possível produzir alimentos sem agrotóxicos?
Claro! Diversas experiências (essa, essa, essa ou essa) no Brasil e no mundo mostram que a agroecologia é um caminho possível e extremamente necessário para o futuro da humanidade.
Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que o modelo atual não alimenta o mundo. Segundo a FAO, hoje há 11% de pessoas subnutridas, além de 8% de obesos. Ou seja: no mínimo, 1,2 bilhões de pessoas no mundo não se alimenta adequadamente. Esse é um problema que não passa pela questão tecnológica, mas sim por novas escolhas que substituam aquelas que são feitas há muito tempo em nosso nome, considerando um período de transição necessário e adequado.
De fato, temos produzido muito, mas números como os de desigualdade, obesidade e desperdício também são altos – o que comprova que há um grande problema em nosso modelo de produção.
Precisamos de um sistema justo e capaz de alimentar a todos de forma sustentável e no longo prazo. Essas novas escolhas devem ser feitas pelos governos, por meio de suas políticas de subsídio, assistência técnica, compras institucionais e investimento em pesquisa e tecnologias voltadas para agroecologia; por varejistas de grandes marcas e sua política de compras; pelos produtores rurais e suas escolhas de práticas agrícolas e claro, também pelos consumidores e seu poder de escolha. Todos estes atores definem o que está em nosso prato hoje.
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