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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

11.3.16

Entre Coxinhas x Petralhas existe uma Constituição

11/mar./2016, 7h06min

Entre Coxinhas x Petralhas existe uma Constituição (por Ana Luíza Teixeira Nazário)

Na manhã da última sexta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi conduzido por policiais federais para prestar depoimento na Operação LavaJato.

Até aí nada soa "tão estranho". Porém, a condução de Lula contava com aproximadamente 200 policiais federais
para "garantirem a segurança" do político. O que mais revolta, não só a militância petista, mas qualquer defensor da democracia, não é o simples fato de Lula depor, mas sim a condução coercitiva descabida e espetacularizada pela mídia.

O clima entre "coxinhas" e "petralhas", que segue tenso desde a última eleição, voltou a se acirrar. Entretanto, entre ofensas, ideologias e cornetas de lá e cá, o que se esquece é a gravidade do ato cometido, independente de ter sido contra Lula.

Manifestamente ilegal, a condução foi duramente criticada por juristas que vieram a público repudiar a decisão de Sérgio Moro. En passant: a condução coercitiva, embora prevista no Código de Processo Penal é incompatível com o texto constitucional e o Estado Democrático de Direito. E mais que isso,é absolutamente injustificada, visto que só se configura hipótese de condução coercitiva ante o não comparecimento em ato para o qual houve intimação. No caso, Lula nunca se negou a prestar os devidos esclarecimentos…

Igualmente, também não se justifica a necessidade de 200 policiais para a duvidosa condução, a não ser para formar um verdadeiro espetáculo público de humilhação do político e, consequentemente, fomentar o ato pró–impeachment convocado para o dia 13.

O Estado Democrático de Direito foi duramente ofendido por tal arbitrariedade. E a cada aplauso (ou panelaço) por parte da população brasileira nossa Constituição sangra!

Não podemos esquecer, sob risco de sermos tomados por uma indignação seletiva, que o que ocorreu na última sexta-feira sempre atingiu aqueles mais vulneráveis. A violação de direitos e garantias fundamentais no processo penal, infelizmente, por vezes se faz regra.

Sobre o combate a corrupção, em nota publicada nesta segunda-feira, a Associação Juízes pela Democracia define bem qual deve ser o nosso princípio norteador: "não se combate a corrupção corrompendo a Constituição!".

Ora, ao invés de bradarmos pelo triunfo da investigação e, se for o caso, condenação, devemos primeiro (e sempre) defender as garantias de todos cidadãos. Sejam eles "coxinhas" ou "petralhas".

.oOo.

Ana Luíza Teixeira Nazário é advogada.



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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz