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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

25.11.15

Caminhos da Reportagem conversou com dois imigrantes que moram no sul do país...

TV Brasil

O Caminhos da Reportagem conversou com dois imigrantes que moram no sul do país. Um é africano e negro. A outra é francesa e branca. Eles contaram como foi a recepção e como é ser estrangeiro no Brasil. O relato dos dois é bem divergente e você já deve até imaginar o porquê. 

O programa na íntegra está aqui: http://bit.ly/1OosQT7





Adivinhe quem veio para morar

Berço da imigração europeia, o sul do país é destino de africanos e haitianos

O imigrigante senegalês Cheikh Mbacke Gueye, assim como a maioria que chega em Caxias do Sul, é muçulmano"Quando eu saio na rua, guardo distância para não assustar as pessoas com a minha cor", diz Abdoulahat "Billy" Njdai, imigrante senegalês. Billy e outros imigrantes que vieram da África e também do Haiti adquiriram a consciência do tom da pele negra quando chegaram no Rio Grande do Sul.

Caminhos da Reportagem entrevistou imigrantes em Porto Alegre e na serra gaúcha (Caxias do Sul e Bento Gonçalves) que ficaram constrangidos, e alguns, deprimidos, por ver que o banco ao seu lado no ônibus está sempre vazio. Que o segurança da loja não sai de perto deles, que as pessoas não param para dar informação.

"Eles são a mesma coisa que a gente, só que são morenos né? ", Carmelita Toldo, dona de cantina em Caxias do Sul."Eles são a mesma coisa que a gente, só que são morenos né? ", Carmelita Toldo, dona de cantina em Caxias do Sul.

"Ser francesa e ter a pele branca, facilitou a minha adaptação aqui Caxias do Sul como imigrante", Solveig Dufrène, educadora social."Ser francesa e ter a pele branca, facilitou a minha adaptação aqui Caxias do Sul como imigrante", Solveig Dufrène, educadora social.

O estranhamento na região que recebeu os imigrantes italianos no final do século 19, começa na pele mais escura que a dos "morenos"  brasileiros – como dizem os gaúchos, passa pelos hábitos culturais de falar alto, de vestir roupas muito coloridas, de rezar para Maomé até voltar para a cor da pele negra, muito negra.


Do lado dos descendentes de imigrantes italianos, a convivência com novos imigrantes tem sido um desafio diário. Desde pensar na possibilidade de ter uma filha se casando com um deles, como a jornalista Kamila Zatti e o imigrante senegalês Cheikh Mbacke Gueye até empregá-lo em sua cantina tradicional no centro de Caxias do Sul.

 

Ficha técnica
Reportagem, roteiro e edição: Bianca Vasconcellos
Produção: Aline BecksteinBianca VasconcellosLuana Ibelli e Thaís Rosa
Estagiário: Allan Correia
Imagens: João Barboza e Caio Araújo (auxiliar)
Edição de imagens e finalização: Maikon Nikken Matuyama, Rodger Kenzo
Apoio à edição de imagens: Álvaro Siqueira Fernandes e Karina Scarpa
Fotos: Bianca Vasconcellos

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz