Alvaro Dias sonegou impostos?
Por Altamiro Borges
O senador Alvaro Dias – que deve ser chutado do PSDB em breve devido às bicadas no ninho tucano paranaense – está cada vez mais histérico. Hoje, no Estadão, ele volta a exigir que Ministério Público Federal investigue o ex-presidente Lula com base nas acusações levianas do publicitário Marcos Valério. “A investigação é imprescindível porque o país não pode viver com esse esqueleto no armário”, afirmou. Já que ele adora posar de ético, ele deveria aproveitar para explicar as suspeitas que pairam sobre a sonegação do seu imposto de renda.
A denúncia sobre a sua suspeita fortuna foi publicada primeiramente em dezembro passado pelo jornalista Cláudio Humberto, que não pode ser acusado de “lulopetista”. Vale reproduzir as suas ácidas notinhas:
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Senador é réu por pensão e abandono afetivo
Habituado ao ataque, o senador Álvaro Dias (PR), líder do PSDB no Senado, agora está na defensiva: foi condenado na Justiça pelo não pagamento de pensão a uma filha – ainda menor de idade – fruto de seu relacionamento com a funcionária pública Monica Magdalena Alves. O tucano responde a processos, em segredo de justiça, por abandono afetivo e corre risco de ter o seu patrimônio bloqueado.
Pensão paga
Pensão paga
Álvaro Dias ficou indignado com a ação judicial contra ele. Conta inclusive que só de pensão paga dez salários mínimos por mês.
Nulidade
Nulidade
Em um dos processos, a filha do senador Álvaro Dias pede anulação da venda de cinco casas dele, no valor de R$ 16 milhões, em Brasília.
Chantagem
Álvaro Dias considera que tem cumprido seu dever de pai “rigorosamente”, o que o leva a concluir: “Isso é chantagem”.
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Até agora o “ético” líder da oposição de direita evita tratar do delicado tema. Nos últimos dias, todo o seu esforço é para bombardear o ministro Guido Mantega – talvez por que a Receita Federal, que apura a sonegação fiscal, seja ligada ao Ministério da Fazenda. Seria uma vingança? Segundo o blog "Amigos do presidente Lula", Alvaro Dias já acumula oito processos na Receita Federal. Não seria o caso dele tirar este “esqueleto do armário” e explicar “este súbito aparecimento de uma fortuna de R$ 16 milhões”?
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