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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

1.6.11

Feministas se unem para protestar contra Keiko e lembrar denúncias de esterilização forçada

01/06/2011 - 20:17 | Efe | Lima

 

Organizações feministas peruanas convocaram uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (01/06) para lembrar que os casos de esterilizações forçadas praticadas em milhares de mulheres no país durante o mandato de Alberto Fujimori seguem abertos em diversos tribunais internacionais.

O encontro foi organizado após declarações de Rafael Rey, aspirante à Vice-Presidência ao lado da candidata Keiko Fujimori. Segundo ele, as esterilizações não foram feitas “contra a vontade” das mulheres, mas “sem seu consentimento”.

María Ysabel Cedano, da organização Demus, explicou que, em 2010, depois que a Procuradoria peruana arquivou definitivamente 2.074 denúncias, foi apresentado à CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) um novo pedido de abertura de processo por dois casos de mulheres submetidas a esterilizações sem serem informadas previamente.

“A luta por justiça das mulheres há mais de dez anos ainda não terminou”, afirmou Cedano, que lembrou que a Procuradoria arquivou as denúncias por considerar os casos crimes comuns (e não contra a humanidade) já prescritos.

A ativista mencionou outro caso anterior, o de uma mulher da serra andina morta após ser esterilizada à força, que também foi apresentado à CIDH, e lembrou que, com a mediação da Comissão, o Estado peruano e familiares da vítima chegaram a um acordo amigável em 2003.

Já María Jennie Dador, do Movimento Manuela Ramos, negou que as esterilizações realizadas durante o regime Fujimori fossem casos isolados e relacionados à prática individual de alguns médicos. Essa tese foi dita na última terça-feira por Alejandro Aguinaga, ministro da Saúde à época e que atualmente integra a equipe de Keiko Fujimori.

Dador insistiu que as esterilizações constituíram um "programa de Estado" para erradicar a pobreza no país, uma afirmação que respaldou com documentação.

As organizações feministas esperam que a CIDH tramite o novo pedido e se pronuncie favoravelmente nos dois casos para que, a partir daí, o Estado peruano realize uma nova investigação e o Poder Judiciário emita finalmente uma sentença.

O Ministério da Saúde documentou 200 mil esterilizações entre 1996 e 1997. Além disso, há 18 casos documentados de práticas cirúrgicas que resultaram em morte, assinalaram as ativistas.

As práticas de controle de natalidade durante o governo Fujimori se transformaram nos últimos dias em uma das principais acusações que recaem sobre Keiko.

Keiko disputará a Presidência do país no próximo domingo, 5 de junho, com o candidato nacionalista Ollanta Humala, e as últimas pesquisas apontam para um possível empate.

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz