Quarta-feira, 25 de maio de 2011 - 12:46 Redenção (CE) —
Soraia, Nelson e Lidiana, estudantes de Cabo Verde, país insular do oeste da África, integram o primeiro grupo de africanos a ingressar na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), que tem sede em Redenção, Ceará. Buscar conhecimentos para ajudar a desenvolver Cabo Verde é a missão comum desses universitários.
Os alunos da Unilab participaram, na manhã desta quarta-feira, 25, da aula inaugural proferida pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em prédio cedido pela prefeitura de Redenção. As instalações servirão como espaço inicial da nova instituição de ensino.
De acordo com Haddad, o projeto político-pedagógico da universidade tem na base a formação de jovens que, após formados, trabalharão no desenvolvimento de suas nações. É também papel da Unilab promover o intercâmbio educacional do Brasil com países da África e, especialmente, entre instituições de educação superior. Segundo ministro, está em estudo a possibilidade de universitários brasileiros e africanos cumprirem parte da graduação no Brasil e parte na África.
A concretização da Unilab, com o início das atividades acadêmicas, foi avaliada pelo ministro do ensino superior, ciência e inovação de Cabo Verde, Antonio Correa e Silva, como símbolo da parceria entre o Brasil e nações africanas e do aprofundamento da integração acadêmica e cultural.
Expectativas — Soraia Figueiredo, 21 anos, cursa administração pública; Nelson Coutinho, 21, e Lidiana Sabino, 19, engenharia de energias. Aproveitar o sol e os ventos de Cabo Verde para diversificar as fontes de energia é a expectativa dos futuros engenheiros Nelson e Lidiana.
Os africanos que compõem a primeira turma da Unilab vêm da Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Angola, Timor Leste e Cabo Verde. São 43 jovens, selecionados pelas embaixadas do Brasil em cada país. A seleção dos estudantes brasileiros teve como base o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010, combinado com um bônus para estudantes de escolas públicas.
As aulas na Unilab começaram no início deste mês, com cerca de 300 alunos matriculados nos cursos de agronomia, enfermagem, licenciatura em ciências da natureza, matemática, administração pública e engenharia de energias. O objetivo da universidade é ter na graduação 50% das vagas ocupadas por africanos e 50% por brasileiros.
Rodrigo Dindo
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