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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

31.5.11

condenados assassinos e mandantes de padres jesuítas em San Salvador

31.05.11 - El Salvador

 

Corte espanhola decreta prisão de 20 militares salvadorenhos

 

Tatiana Félix

Jornalista da Adital

Adital

Onze anos após o assassinato de seis jesuítas e de duas mulheres que atuavam na Universidade Centroamericana (Uca), em El Salvador, o juiz da Audiência Nacional da Espanha, Eloy Velasco, decretou ontem (30) a prisão imediata de 20 militares e ex-militares salvadorenhos envolvidos nos crimes. A maioria dos jesuítas era de origem espanhola e entre eles estava o reitor da Universidade, Ignacio Ellacuría.

Os crimes, conhecidos como 'massacre da Uca', aconteceram em novembro 1989, em um contexto de guerra que facilitou a violação de direitos humanos de caráter xenófobo, que teve como foco os jesuítas da Uca.

O reitor espanhol Ignacio Ellacuría tinha um papel de liderança e intermediava as negociações de paz entre a guerrilha revolucionária da Frente Farabundo Martí para a Liberação Nacional (FMLN) e o Poder Executivo, tendo por isso sido considerado uma ameaça para os setores mais reacionários do governo e do exército de El Salvador. O juiz que sentenciou o caso acredita que, para o exército, a iniciativa do religioso era uma tentativa de acabar com a influência do grupo de militares conhecido como Tandona.

Diante desta 'ameaça', o grupo Tandona, que ocupava altos cargos de responsabilidade no Exército durante a guerra no país (1982 - 1992), decidiu organizar uma campanha contra Ellacuría e outros cinco jesuítas, quatro deles espanhóis.

Ao que tudo indica, o plano para o assassinato dos jesuítas começou depois da ruptura das negociações entre o executivo e a guerrilha. O Exército teria lançado então uma 'operação psicológica' consistente em emitir ameaças contra Ellacuría, que era acusado de ser o 'cérebro do FMLN' e contra os jesuítas, chamados de ‘terroristas’.

Como parte do plano a Uca foi tida como 'centro de planejamento' e 'refúgio seguro do FMLN', então, foram enviados soldados para controlar a entrada e a saída de pessoas da universidade, dias antes dos crimes, que aconteceram em 16 de novembro de 1989.

A Comissão da Verdade acredita que existam provas de que os militares teriam dado ordem de matar Ignacio Ellacuría e que depois do crime, teriam tomado providências para ocultar o crime. A justiça nacional resistiu em investigar os responsáveis materiais deste massacre, e para oprimir ainda mais a verdade foi decretada no país uma Lei de Anistia que favoreceu os criminosos.

A investigação do caso começou depois de a ‘Associação Pro-Direitos Humanos’ da Espanha e da organização norte-americana ‘Centro para justiça e prestação de contas’ terem apresentado uma denúncia à Corte espanhola. Entre os militares acusados de serem os responsáveis do crime está o ex-ministro da Defesa do país, Rafael Humberto Larios. O presidente de El Salvador na época, Alfredo Cristiani, também foi denunciado e apontado como encobridor do massacre, mas ele não foi incluído na investigação.

Para o diretor da radio Ysuca, Carlos Ayala Ramírez, a punição dos culpados é importante para que El Salvador encontre a paz e a justiça. "O espírito que anima esta iniciativa não é voltar ao passado mais ou menos imediato com sede de vingança, senão com sede de justiça que não exclui o perdão", opinou.

Para ele, essa é a razão da expectativa em "satisfazer a necessidade coletiva de justiça como fonte primordial de redenção do mal da impunidade; particularmente em um crime que por sua natureza abominável, ofende, agrava, insulta a humanidade em seu conjunto".

Com informações da radio Ysuca e El País.

 

http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=57001

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz