pergunta:
Emir Sader
31.5.11
LÁ COMO CÁ | PERU: MÍDIA QUER IMPOR KEIKO FUJIMORI
A campanha eleitoral peruana divide o país em meio a um engajamento ostensivo dos meios de comunicação, que abertamente tomam partido da candidatura conservadora.
A consultoria Imasen, a única que fez uma pesquisa sobre a postura da mídia, afirma que 59% dos peruanos acreditam que Keiko Fujimori tem mais apoio dos meios de comunicação, contra 12,4% que atribuem esse privilégio a Humala.
Após o debate do dia 29, pesquisas reforçam a percepção de um empate técnico entre a direitista Keiko Fujimori e o centro-esquerda Ollanta Humala , antecipando um desfecho apertado para a eleição deste domingo.
(Carta Maior; 4º feira, 01/06/ 2011)
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Intervozes lança nota contra o coronelismo midiático - Intervozes
Coletivo se manifesta após Ministério das Comunicações divulgar lista com os concessionárias de rádio e TV. O documento apresenta vários políticos como dono de empresas, o que caracteriza uma afronta à Constituição Federal e a comprovação do coronelismo midiático.
Após a publicação, pelo Ministério das Comunicações, da lista de detentores de outorgas de rádio e TV no Brasil, o tema do controle das concessões públicas por políticos volta ao debate na sociedade, já que diversos parlamentares e ocupantes de cargos públicos aparecem na relação. O Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social lança uma nota contra esta situação e pelo fim do coronelismo eletrônico no Brasil.
Para o Intervozes, o coronelismo eletrônico viola artigos constitucionais que proíbem os parlamentares de serem donos de empresas concessionárias, além de ferir princípios democráticos como o direito à informação, a separação de poderes e o conflito de interesses.
Segundo o Transparência Brasil, 21% dos senadores e 10% dos deputados federais são concessionários de rádio e TV – sem contar aqueles que têm empresas em nome de familiares ou laranjas. Até o atual Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, já afirmou que “é mais fácil fazer o impeachment do presidente da República do que impedir a renovação de uma concessão de rádio ou TV”.
A atual situação é reflexo da utilização das concessões públicas como moeda de barganha política durante os últimos 30 anos. Para coibir esta prática anti-democrática, o Intervozes está preparando medidas jurídicas para exigir o cumprimento da Constituição Federal. O coletivo também aponta ações que já devem ser tomadas pelo Executivo e Legislativo para combater o coronelismo, como:
- proibição explícita do uso de concessões de rádio e TV para fins políticos e punição rigorosa nos casos em que se identificar essa prática;
- aprovação em plenário da recomendação da Comissão de Constituição e Justiça do Senado que aponta a inconstitucionalidade da propriedade de emissoras concessionárias por parlamentares;
- inclusão, no novo marco regulatório das comunicações, de texto que reitere a proibição constitucional de que parlamentares em exercício de mandato possam ser donos de meios de comunicação concessionários de rádio e TV, e a extensão explícita dessa proibição a cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, à semelhança da proibição de nepotismo nos três poderes feita pela Súmula Vinculante do STF nº 13.
Confira abaixo a íntegra do Manifesto
Pelo fim do coronelismo eletrônico
Outorga de concessões de rádio e TV a deputados e senadores afeta negativamente a democracia brasileira
A publicação da lista de concessionários pelo Ministério das Comunicações trouxe de volta à pauta a discussão sobre as outorgas de rádio e TV dadas a parlamentares ou a empresas controladas por parlamentares. No início deste ano, o ministro Paulo Bernardo já havia se declarado a favor de regulamentação para consolidar legalmente a proibição – já prevista no artigo 54 da Constituição Federal.
O assunto é recorrente, mas faz dois anos que não há novas iniciativas no sentido de combater essa inconstitucionalidade. Em abril de 2009, recomendação aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal afirmou expressamente que não é lícito a esses parlamentares figurarem como diretores, proprietários ou controladores de empresas que explorem serviços de radiodifusão; e acrescentou que, caso verificada essa condição, o respectivo ato de outorga ou renovação deveria ser rejeitado.
A recomendação reforçou a compreensão de que o artigo 54 da Constituição Federal proíbe os parlamentares de serem donos de empresas concessionárias. De fato, o texto constitucional diz que deputados e senadores não poderão, desde a expedição do diploma, “firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes” e, desde a posse, “ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoas jurídicas de direito público, ou nela exercer função remunerada”. Esses artigos, portanto, proíbem a propriedade de concessionárias de rádio e TV por parlamentares.
Contudo, sem a apreciação e aprovação pelo plenário daquela casa, essa recomendação não entrou em vigor e nada mudou. Hoje, segundo o Transparência Brasil, 21% dos senadores e 10% dos deputados federais são concessionários de rádio e TV – sem contar aqueles que têm empresas em nome de familiares ou laranjas.
Essa realidade fere três princípios democráticos. O primeiro deles é o direito à informação. Conforme amplamente reconhecido pelo STF, nossa Constituição reconhece que a imprensa e os meios de comunicação desempenham papel fundamental na democracia como instrumentos de acompanhamento, fiscalização e controle do poder estatal e privado. O cumprimento dessa função torna-se impossível na medida em que o próprio Estado se confunde com a imprensa; na medida em que os próprios membros do legislativo tornam-se concessionários do sistema privado de rádio e televisão.
Em segundo lugar, fere-se a separação entre os poderes. Claramente, a posse de meios de comunicação por parlamentares significa um acúmulo de poder inaceitável em uma democracia, e acaba funcionando como um círculo vicioso reforçador deste poder. Se há separação entre os três poderes tradicionais, não deve ser diferente em relação ao “quarto poder”. Some-se a isso a inexistência de leis que explicitamente impeçam que se faça uso político dessas concessões e o fato de os parlamentares já possuírem meios suficientes para se comunicar com o público por meio do sistema estatal de radiodifusão (previsto pelo Artigo 223), inclusive a Voz do Brasil, e do horário político (chamado gratuito, mas pelo qual as empresas de comunicação recebem contrapartida financeira).
O terceiro princípio democrático atingido é o fato de, neste caso, os concessionários serem também concedentes (o artigo 223 estabelece que a concessão ou permissão só tem validade depois de aprovada pelo Congresso Nacional), o que gera um inevitável conflito de interesses. De fato, estudo do Laboratório de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília revelou que 37,5% dos membros titulares da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara e 47% dos titulares da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado, responsáveis pela análise dos processos de outorgas, são proprietários de emissoras de rádio e TV ou têm familiares controladores destes tipos de veículos de comunicação.
Se não bastassem esses três princípios, a história ainda mostra que, em diversos momentos, concessões dadas pelo Ministério das Comunicações a parlamentares foram usadas como moeda de troca política. A votação dos 5 anos para Sarney e a aprovação da emenda da reeleição durante o governo Fernando Henrique Cardoso são exemplos clássicos de episódios em que se comprovou essa relação. No início de 2009, outro episódio envolvendo o ex-presidente Sarney comprovou o uso político das concessões de rádio e TV, provando que não há separação entre o proprietário de uma empresa concessionária e seus interesses políticos. Computados todos os prejuízos, não há por que a democracia brasileira continuar convivendo com essa aberração.
Parte dos parlamentares, percebendo os danos causado à democracia, tem tomado iniciativas importantes para combater essa realidade. Além da recomendação aprovada na CCJ do Senado, em dezembro de 2008 foi aprovado relatório da subcomissão que discutia a questão das concessões de rádio e TV na Câmara dos Deputados, que constatou a má aplicação do artigo 54. Igualmente importante seria proibir a propriedade também por cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, à semelhança da proibição de nepotismo nos três poderes feita pela Súmula Vinculante do STF nº 13, já que neste caso configura-se a posse por um mesmo grupo familiar.
Ao declarar que “é mais fácil fazer o impeachment do presidente da República do que impedir a renovação de uma concessão de rádio ou TV”, o ministro Paulo Bernardo reconheceu a dificuldade de se enfrentar a questão. Contudo, independentemente da forma de coibir esse abuso, o Brasil não pode mais dar suporte a uma prática que reforça a concentração de poder e estabelece distorções no Parlamento. Neste momento, o Intervozes estuda as medidas jurídicas cabíveis para exigir o cumprimento do disposto no artigo 54 da Constituição Federal. Contudo, há medidas que podem ser tomadas pelo Executivo e pelo Legislativo que poderiam avançar para o fim do 'coronelismo eletrônico', contribuindo para a busca do aperfeiçoamento das instituições e o consequente aprimoramento da democracia:
proibição explícita do uso de concessões de rádio e TV para fins políticos e punição rigorosa nos casos em que se identificar essa prática;
aprovação em plenário da recomendação da CCJ do Senado que aponta a inconstitucionalidade da propriedade de emissoras concessionárias por parlamentares;
inclusão, no novo marco regulatório das comunicações, de texto que reitere a proibição constitucional de que parlamentares em exercício de mandato possam ser donos de meios de comunicação concessionários de rádio e TV, e a extensão explícita dessa proibição a cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, à semelhança da proibição de nepotismo nos três poderes feita pela Súmula Vinculante do STF nº 13;
Brasília, 31 de maio de 2011
Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
http://www.intervozes.org.br/noticias/intervozes-lanca-nota-contra-o-coronelismo-midiatico
A África tem sede de Brasil | Fundação Perseu Abramo - FPA
A África tem sede de Brasil
publicado em 31/05/2011
Por Celso Amorim
Revista CartaCapital online, em 28/5/2011
Escrevo este artigo no dia dedicado à celebração do continente africano. E faço isso com muita alegria, por constatar, pela leitura do discurso pronunciado pelo ministro Antonio Patriota na cerimônia com que o Itamaraty marcou a efeméride, que os conceitos e princípios que se desenvolveram durante o governo do presidente Lula continuam a presidir a política africana de Dilma Rousseff. Patriota deu, ele próprio, os dados que ilustram o vertiginoso crescimento das nossas relações com o continente africano durante os últimos oito anos.
A África sempre esteve no imaginário da política externa brasileira, embora nem sempre de forma coerente ou consequente. Durante a ditadura, o Brasil foi lento em dar apoio aos movimentos de libertação das antigas colônias portuguesas. Graças à visão de dois homens, Ovídio Melo e Italo Zappa, nos redimimos em parte desse pecado ao agirmos de forma pioneira e corajosa reconhecendo o governo do MPLA em Angola.
Na primeira viagem que fiz à Africa durante o governo Lula, visitei sete países, seguindo a orientação do presidente, mas instigado também por uma cobrança de minha mulher, que, ao me ouvir relatar iniciativas quanto à Venezuela, Mercosul etc., me interpelou: “E pela África vocês não estão fazendo nada?” Isso foi em abril de 2003, quando decidíamos nossas prioridades e refazíamos nossas agendas, dominadas então por temas impostos de fora, como a Alca.
Desde aquela primeira visita, observei a realidade que inspirou o título deste artigo: “A África tem sede de Brasil”. De Moçambique a Namíbia, de Gana a São Tomé e Príncipe, cada um a seu modo e de acordo com suas características e dimensões, veem no Brasil um modelo a ser seguido. Lula revelou-se o mais africano dos presidentes. Pediu perdão pelos crimes da escravidão, visitou mais de duas dezenas de países e abriu caminho para ações de cooperação e negócios. Essa determinação em não deixar que a África escapasse do radar das nossas prioridades provocou muitas críticas da nossa mídia ocidentocêntrica (o leitor perdoará o barbarismo), que só arrefeceram quando o presidente chinês visitou sete ou oito países em mais ou menos 12 dias. Aí os nossos “especialistas” passaram a dizer que a nossa ação era insuficiente…
Uma agência de notícias publicou, a propósito, em fevereiro um excelente artigo comparativo entre as ações do Brasil e da China na África. Em suma, o Brasil ganha na empatia e no jeitinho (no bom sentido), mas perde de longe nos recursos investidos. E para quem nunca se deu ao trabalho de olhar, além do interesse comercial (a África seria hoje, tomada como país individual, o nosso quarto parceiro comercial, à frente do Japão e da Alemanha), o continente africano é um vizinho muito próximo com o qual temos interesses estratégicos. A distância do Recife ou de Natal a Dacar é menor que a dessas cidades a Porto Velho ou Rio Branco. Nossa zona marítima exclusiva praticamente toca aquela de Cabo Verde. Isso sem falar no enorme benefício que uma maior relação com o Brasil traria para a África, contribuindo para afastar a sombra do colonialismo renascente, agora movido não só por capitais, mas por tanques e helicópteros de combate.
Tive recentemente o privilégio de passar quatro semanas na Kennedy School of Government, em Harvard. Como já comentei em outro artigo, pude observar aí a preocupação (quase obsessão) com temas relacionados com a segurança, até certo ponto compreensível em um país envolvido em duas guerras (ou três, se incluirmos a Líbia, como devemos fazer) e perplexo diante das mudanças que têm ocorrido fora do script inicialmente traçado para a implantação da democracia de fora para dentro e por força das armas.
Houve também oportunidades para conversas sobre temas mais amenos, mas igualmente importantes, com professores provenientes dos mais diversos recantos do planeta. Uma delas foi com o queniano Calestou Juma, que ocupou cargos internacionais na área ambiental e que publicou há pouco um livro sobre agricultura africana. Juma completou seus estudos de doutorado no Brasil, em Piracicaba, atraído pela noção de que o nosso país é um modelo a ser seguido. Não sou técnico em temas agrícolas, mas pude relatar a Juma algumas de nossas iniciativas nesse campo, como o escritório da Embrapa, em Gana, e a experiência pioneira de uma fazenda-modelo de algodão no Mali, que visa a beneficiar alguns dos países mais pobres do mundo. Foi de Juma (a leitura de cujo CV na Wikipédia recomendo aos interessados em aprimorar nossa cooperação com os vizinhos de além-mar) que ouvi a melhor formulação do que o Brasil significa para as esperanças de desenvolvimento da África: “Para cada problema africano existe uma solução brasileira”. Se a nossa agência de cooperação estivesse em busca de um slogan, não haveria melhor. Pagando direito autoral, é claro.
*Celso Amorim é ex-ministro das Relações Exteriores do governo Lula. Formado em 1965 pelo Instituto Rio Branco, fez pós-graduação em Relações Internacionais na Academia Diplomática de Viena, em 1967. Entre inúmeros outros cargos públicos, Amorim foi ministro das Relações Exteriores no governo Itamar Franco entre 1993 e 1995. Depois, no governo Fernando Henrique, assumiu a Chefia da Missão Permanente do Brasil nas Nações Unidas e em seguida foi o chefe da missão brasileira na Organização Mundial do Comércio. Em 2001, foi embaixador em Londres.
http://www.fpabramo.org.br/artigos-e-boletins/artigos/africa-tem-sede-de-brasil
Câmara aprova criação da Unasul | Jornal Correio do Brasil
31/5/2011 17:25, Por Congresso em Foco
Mário Coelho
A Câmara aprovou nesta terça-feira (31), em sessão extraordinária, o projeto de decreto legislativo da criação da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). A proposta prevê também a formação de um parlamento sulamericano com sede em Cochabamba, na Bolívia. Para votar a matéria, os deputados antes aprovaram o regime de urgência do PDL para garantir a análise ainda hoje.
A Unasul deverá fazer uma integração continental abrangendo 12 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. O Brasil é um dos últimos signatários que precisam ratificar o tratado. Segundo seus termos, como nove países já o fizeram, a Unasul pode funcionar sem as demais ratificações.
O DEM apresentou um destaque para retirar do projeto a formação do parlamento. Segundo o líder do DEM, ACM Neto (BA), como o custeio desse parlamento será proporcional ao tamanho dos países que compõem a organização, o governo brasileiro terá de arcar com mais da metade dos seus custos. Porém, o destaque acabou negado em plenário.
http://correiodobrasil.com.br/camara-aprova-criacao-da-unasul/247811/
A suprema negação do direito | Observatório da Imprensa
CASO CESARE BATTISTI
A suprema negação do direito
Por Dalmo de Abreu Dallari em 31/05/2011 na edição 644
Nos próximos dias deverá estar de novo na pauta do Supremo Tribunal Federal, e desta vez absurdamente, o caso do italiano Cesare Battisti, cuja extradição foi pedida pelo governo italiano. Não é difícil demonstrar o absurdo dessa inclusão na pauta de decisões, de uma questão que não depende de qualquer decisão judicial, mas apenas de uma providência administrativa.
De fato, como já foi amplamente noticiado, o Supremo Tribunal Federal já tomou sua decisão sobre o pedido de extradição de Cesare Battisti, na parte que lhe competia, julgando atendidas as formalidades legais e deixando expresso seu reconhecimento de que a decisão final seria do Presidente da República. E este proferiu sua decisão em 31 de dezembro de 2010, negando atendimento ao pedido de extradição, em decisão solidamente fundamentada e juridicamente inatácavel.
Entretanto, Cesare Battisti continua preso, sem qualquer fundamento legal, e foi para fazer cessar essa ilegalidade que seus advogados pediram formalmente ao Supremo Tribunal Federal a soltura de Battisti.
Erro primário
É oportuno lembrar que quando recebeu o processo com o pedido de extradição de Battisti, o ministro Gilmar Mendes determinou sua prisão preventiva, para ter a garantia de que, se fosse concedida a extradição - que na realidade já foi legalmente negada em última instância – ele pudesse ser entregue ao governo italiano.
Decidida regularmente a negação da extradição, o que se tornou público e notório no dia 1º de janeiro de 2011, deveria ter sido determinada imediatamente a libertação de Battisti, pois não havia outro fundamento legal para mantê-lo preso a não ser a expectativa de extradição, o que deixou de existir desde que conhecida a decisão presidencial.
O que está evidente é que, por alguma razão que nada tem de jurídica, quem deveria determinar a libertação de Battisti não se conforma com esse desfecho do caso e tenta, por meio de artifícios jurídicos, retardar quanto possível essa providência, que é um imperativo legal.
No conjunto das arbitrariedades usadas para impedir a libertação de Battisti, há poucos dias ocorreu no Supremo Tribunal Federal um estranho erro. O ministro Gilmar Mendes, relator do caso, estava no exterior e por isso o pedido de soltura de Battisti, que deveria ser decidido pelo relator, foi distribuído, pelo critério de antiguidade no Supremo, ao ministro que deveria ser o seu sucessor no recebimento do pedido, observado o critério de antiguidade naquela Corte.
Supõe-se que não haja qualquer dificuldade para que os servidores do tribunal saibam qual a ordem de antiguidade dos ministros, que são apenas onze. Entretanto, ocorreu um erro primário na verificação de qual ministro seria o sucessor de Gilmar Mendes pelo critério de antigüidade. E o processo foi distribuído para um substituto errado, tendo ficado sem decisão o pedido porque foi “percebido o erro” e o processo foi afinal remetido ao relator depois de sua volta.
Sem fundamento
O que se espera agora é que não ocorra outro erro e que o Supremo Tribunal Federal se oriente por critérios jurídicos, fazendo cessar uma prisão absolutamente ilegal, que ofende os princípios e as normas da Constituição Brasileira, além de afrontar os compromissos internacionais do Brasil, de respeito aos direitos fundamentais e à dignidade da pessoa humana.
Espera-se que o Supremo Tribunal Federal cumpra sua obrigação constitucional precípua, de guarda da Constituição, o que, além de ser um dever jurídico, é absolutamente necessário para preservação de sua autoridade, bem como para afastar a possibilidade de que advogados chicaneiros invoquem como exemplo, para justificar o uso de artifícios protelatórios, o comportamento de integrantes do próprio Supremo Tribunal.
Manter preso Cesare Battisti, sem que haja qualquer fundamento legal, é uma afronta ao Direito e à Justiça, incompatível com as responsabilidades éticas e jurídicas do mais alto tribunal do país.
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http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/a-suprema-negacao-do-direito
condenados assassinos e mandantes de padres jesuítas em San Salvador
31.05.11 - El Salvador
Corte espanhola decreta prisão de 20 militares salvadorenhos
Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
Onze anos após o assassinato de seis jesuítas e de duas mulheres que atuavam na Universidade Centroamericana (Uca), em El Salvador, o juiz da Audiência Nacional da Espanha, Eloy Velasco, decretou ontem (30) a prisão imediata de 20 militares e ex-militares salvadorenhos envolvidos nos crimes. A maioria dos jesuítas era de origem espanhola e entre eles estava o reitor da Universidade, Ignacio Ellacuría.
Os crimes, conhecidos como 'massacre da Uca', aconteceram em novembro 1989, em um contexto de guerra que facilitou a violação de direitos humanos de caráter xenófobo, que teve como foco os jesuítas da Uca.
O reitor espanhol Ignacio Ellacuría tinha um papel de liderança e intermediava as negociações de paz entre a guerrilha revolucionária da Frente Farabundo Martí para a Liberação Nacional (FMLN) e o Poder Executivo, tendo por isso sido considerado uma ameaça para os setores mais reacionários do governo e do exército de El Salvador. O juiz que sentenciou o caso acredita que, para o exército, a iniciativa do religioso era uma tentativa de acabar com a influência do grupo de militares conhecido como Tandona.
Diante desta 'ameaça', o grupo Tandona, que ocupava altos cargos de responsabilidade no Exército durante a guerra no país (1982 - 1992), decidiu organizar uma campanha contra Ellacuría e outros cinco jesuítas, quatro deles espanhóis.
Ao que tudo indica, o plano para o assassinato dos jesuítas começou depois da ruptura das negociações entre o executivo e a guerrilha. O Exército teria lançado então uma 'operação psicológica' consistente em emitir ameaças contra Ellacuría, que era acusado de ser o 'cérebro do FMLN' e contra os jesuítas, chamados de ‘terroristas’.
Como parte do plano a Uca foi tida como 'centro de planejamento' e 'refúgio seguro do FMLN', então, foram enviados soldados para controlar a entrada e a saída de pessoas da universidade, dias antes dos crimes, que aconteceram em 16 de novembro de 1989.
A Comissão da Verdade acredita que existam provas de que os militares teriam dado ordem de matar Ignacio Ellacuría e que depois do crime, teriam tomado providências para ocultar o crime. A justiça nacional resistiu em investigar os responsáveis materiais deste massacre, e para oprimir ainda mais a verdade foi decretada no país uma Lei de Anistia que favoreceu os criminosos.
A investigação do caso começou depois de a ‘Associação Pro-Direitos Humanos’ da Espanha e da organização norte-americana ‘Centro para justiça e prestação de contas’ terem apresentado uma denúncia à Corte espanhola. Entre os militares acusados de serem os responsáveis do crime está o ex-ministro da Defesa do país, Rafael Humberto Larios. O presidente de El Salvador na época, Alfredo Cristiani, também foi denunciado e apontado como encobridor do massacre, mas ele não foi incluído na investigação.
Para o diretor da radio Ysuca, Carlos Ayala Ramírez, a punição dos culpados é importante para que El Salvador encontre a paz e a justiça. "O espírito que anima esta iniciativa não é voltar ao passado mais ou menos imediato com sede de vingança, senão com sede de justiça que não exclui o perdão", opinou.
Para ele, essa é a razão da expectativa em "satisfazer a necessidade coletiva de justiça como fonte primordial de redenção do mal da impunidade; particularmente em um crime que por sua natureza abominável, ofende, agrava, insulta a humanidade em seu conjunto".
Com informações da radio Ysuca e El País.
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=57001
Si El Norte Fuera El Sur
El Norte y sus McDonald’s basketball y rock’n roll
Sus topless sus Madonas y el abdomen de Stallone
Intelectuales del bronceado, eruditos del supermercado
Tienen todo pero nada lo han pagado
Con 18 eres un niño para un trago en algun bar
Pero ya eres todo un hombre pa' la guerra y pa' matar
Viva Vietnam y que viva Forrest Gump
Viva Wall Street y que viva Donald Trump
Viva el Seven Eleven
Polvean su nariz y usan jeringa en los bolsillos
Viajan con marihuana para entender la situacion
De este juez del planeta que lanza una invitacion
Cortaselo a tu marido y ganaras reputacion
Las barras y las estrellas se adueñan de mi bandera
Y nuestra libertad no es otra cosa que una ramera
Y si la deuda externa nos robo la primavera
Al diablo la geografia se acabaron las fronteras
Si el Norte fuera el Sur
serian los Sioux los marjinados
Ser moreno y chaparrito seria el look mas cotizado
Marcos seria el Rambo Mexicano
Y Cindy Crawford la Menchu de mis paisanos
Reagan seria Somoza
Fidel seria un atleta corriendo bolsas por Wall Street
Y el Che haria hamburguesas al estilo double meat
Los Yankees de mojados a Tijuana
Y las balsas de Miami a la Habana, si el Norte fuera el Sur
Seriamos igual o tal vez un poco peor
Con las Malvinas por Groenlandia
Y en Guatemala un Disneylandia
Y un Simon Bolivar rompiendo su secreto
Ahi les va el 187, fuera los Yankees por decreto
Las barras y las estrellas se adueñan de mi bandera
Y nuestra libertad no es otra cosa que una ramera
Y si la deuda externa nos robo la primavera
Al diablo la geografia se acabaron las fronteras
Si el Norte fuera el Sur, seria la misma porqueria
Yo cantaria un rap y esta cancion no existiria
http://letras.terra.com.br/arjona-ricardo/2160/
Carabelas
Carabelas cargadas de malos presagios
emisarios de la trampa y la civilizacion
tocan tierra provocando un gran naufragio
cargados de demonios y una nueva religion
pisaron tierra de Guanahani
bienvenida la desolacion
Esos suenos de estafa y de saqueo
ese gusto por el oro y esas asias de poder
es el cancer que aun enferma al herdero
es la historia de una tierra condenada a padecer
Pero el Negro y el Indio y el Espanol
se mezclaron para darle un gusto a Dios.
Eduardo Galeano, conferencia en Porto Alegre
Del 25 al 30 de enero se celebró en Porto Alegre, Brasil, el primer Foro Social Mundial. Entre los participantes en las conferencias figuraban destacadas personalidades de la política y la cultura. Radio Nederland le ofrece el vídeo de la conferencia ofrecida por Eduardo Galeano. (Enero 2001)
http://www.youtube.com/watch?v=IMmgPqP-VHw&feature=relmfu
Jon Sobrino y la Iglesia de Monseñor Romero
Jon Sobrino y la Iglesia de Monseñor Romero
http://www.youtube.com/watch?v=QryDJhziGTU&feature=related
Pergunta a Dom Pedro Casaldaliga
Dom Pedro Casaldaliga, então Bispo de São Félix do Araguaia (4 de outubro de 1988).
http://www.youtube.com/watch?v=D--JdWNUGUg&feature=related
O BBB da Canção Nova
segunda-feira, 30 de maio de 2011
No meio de tanto besteirol da última campanha eleitoral, consta "esta obra prima" da CANÇÃO NOVA que, de "nova", só tem a televisão. O resto ainda são resquícios de uma Idade Média mal resolvida e de fogueiras ainda fumegantes.Custei acreditar mas, conferindo o site da CANÇÃO NOVA vi que não foi trote não. Fico honrado por estar ao lado de homens e mulheres cuja FÉ me inspira e fortalece.
http://marcopasserini.blogspot.com/2011/05/em-nome-de-jesus.html
Cultura: mercadoria ou bem comum? :: Emir Sader
18/05/2011
Cultura: mercadoria ou bem comum?
Todo o programa neoliberal, assim como o diagnóstico que levou a ele, pode ser sintetizado em um ponto: desregulamentar. O diagnóstico de por que a economia tinha parado de crescer, depois do ciclo mais longo de expansão capitalista no segundo pos-guerra, se centrou no suposto excesso de regulamentação. O capital se sentiria inibido para investir, por estar cerceado por excesso de normas, leis, políticas, que bloqueariam a “livre circulação do capital”.
Chegado ao governo, o neoliberalismo se pôs a privatizar patrimônio público, a diminuir o tamanho do Estado, a abrir as economias nacionais ao mercado internacional, a “flexibilizar” as relações de trabalho, entre tantas outras medidas padrão codificadas no chamado Consenso de Washington e colocadas em prática por governos às vezes com origens ideológicas distintas, mas todos rendidos ao “pensamento único”. Todas elas são formas de desregulamentação, de retiradas de supostos obstáculos à circulação do capital.
Quando se privatizam empresas, se está levantando obstáculos para que o capital privado se aproprie delas, se está desregulamentando o mercado de propriedade de empresas. Quando se aceita a não obediência a normas básicas da legislação do trabalho para contratar trabalhadores, se está desregulamentando o mercado de trabalho. Assim para todas as medidas do receituário neoliberal.
Promoveu-se assim, rapidamente, o maior processo de concentração de riqueza que tínhamos conhecido, tanto a nível nacional, quanto mundial. Sem proteções dos Estados, os mais frágeis, os mais pobres – a grande maioria de cada sociedade, em especial as periféricas, - se viram indefesos diante das ofensivas do capital e dos Estados centrais do capitalismo.
Direitos, como aqueles à educação e à saúde, foram deixando de ser direitos para se transformar em mercadorias, compráveis no mercado. Quem tem mais recursos, compra mais e melhor, em detrimento de quem não tem. Riquezas naturais, como a água passaram a ser mercadoras, compradas e vendidas.
O Estado, principalmente nas suas funções reguladoras – de afirmação dos direitos contra a voracidade do capital – passou a ser vítima privilegiada dos ataques neoliberais, pregando-se o “Estado mínimo” e a primazia do mercado, isto é, da concorrência feroz, em que os mais fortes e mais ricos ganham sempre.
Até a cultura foi vítima de um grande embate, para definir se se trata de uma mercadoria mais ou de um bem comum. Do ponto de vista institucional o debate se deu para definir se a cultura deveria ser objeto da Organização Mundial do Comércio (OMC) e, portanto, uma mercadoria a mais, ou no âmbito da Unesco, considerada como patrimônio da humanidade, como bem comum, com as devidas proteções. Terminou triunfando esta segunda versão – apesar da brutal oposição e pressão dos EUA, que chegaram a se retirar da Unesco.
Foi um momento muito importante de resistência ao neoliberalismo, que queria reduzir também a capacidade de cada povo, de cada nação, de cada setor da sociedade, de afirmar suas identidades específicas, dissolvidas pela globalização. Queriam desregulamentar também a cultura, deixá-la ao sabor das relações de mercado, sem proteção de regulações estatais.
Mas o embate não terminou por aí, porque o poder avassalador dos capitais privados, nacionais e internacionais, é um fluxo permanente, cotidiano, buscando expandir seu poder de mercantilização. As TVs públicas, por exemplo, se debilitam no seu papel diferenciado dos mecanismos de mercado que regem as TVs privadas, enfraquecidas pela falta de financiamento, apelam ao mercado e induzem seus mecanismos – como aconteceu tristemente com a TV Cultura de São Paulo.
Programas como o de Pontos de Cultura, do MINC, surgiram na contramão dessa lógica homogeneizadora da globalização na esfera cultural, buscando incentivar e proteger todas as formas de diversidade de cultural, de afirmação da heterogeneidade das identidades de setores sociais, étnicos, regionais, diferenciados.
Muitos outros debates atuais hoje no Brasil – o dos Commons, da propriedade intelectual, dos direitos de autor – são também objeto de duas concepções diferenciadas, uma regulamentadora – anti-neoiberal – outra desregulamentadora, neoliberal, mercantilizadora. No marco mais geral do embate entre neoliberalismo e posneoliberalismo, é que a natureza das posições fica mais clara. Por um lado, as normas protetoras que consideram a cultura como um bem comum, de outro, a desregulamentação, que a consideram uma mercadoria como outra qualquer. Do seu desenlace depende a natureza da cultura no Brasil na segunda metade do século XXI.
Postado por Emir Sader às 08:07
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Medios peruanos realizaron campaña contra Humala - teleSUR Videos - Noticias - Latinoamerica
Medios peruanos realizaron campaña contra Humala
Durante las últimas semanas, en el cierre de la campaña para la segunda vuelta presidencial de Perú, los medios de comunicación del país se dedicaron a impulsar una campaña para desprestigiar al candidato Ollanta Humala y promover el miedo a sus planes de gobierno, en un plan que fue elaborado por los servicios de inteligencia, reveló Raúl Wienner, director de investigación del diario La Primera. Una encuesta de la Universidad Católica revelaron que la mayoría de la población no cree en los medios.
teleSUR
http://multimedia.telesurtv.net/30/5/2011/36581/medios-peruanos-realizaron-campana-contra-humala/
30.5.11
Perú: Humala aventaja a Fujimori en intención de voto - teleSUR Videos - Noticias - Latinoamerica
lunes, 30 de mayo de 2011 | | Política | Lima, Perú |
El nacionalista Ollanta Humala aventaja a la conservadora Keiko Fujimori, con 43.8% sobre 42.5% en intenciones de voto para la segunda vuelta por la presidencia de Perú, según las últimas encuestas de la empresa Imasen. teleSUR
Berlusconi sofre derrota em Milão, Nápoles, Cagliari e Trieste | Jornal Correio do Brasil
30/5/2011 17:25
Os candidatos do primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, em duas importantes cidades do país foram derrotados nas eleições municipais realizadas neste domingo (29). De acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, Giuliano Pisapia, do Partido Democratico, venceu em Milão com 55,10% dos votos, contra 44,89% de Letizia Moratti, a atual presidente da Câmara dos Deputados e candidata do partido de Berlusconi.Os resultados apontam ainda para uma vitória folgada da oposição em Nápoles, a outra grande cidade em disputa, com o candidato de centro-esquerda Luigi de Magistris, da Itália dos Valores, computando 65,37% dos votos contra 35,62% de Gianni Lattieri, do Povo da Liberdade.
A perda de Milão, há 20 anos nas mãos da direita, é dolorosa para o primeiro-ministro. Além de ser cabeça de lista do Povo da Liberdade, Berlusconi apostou forte na campanha pela reeleição da presidente de câmara e disse que perder Milão seria “impossível”.
A primeira reação à derrota da centro-direita foi a demissão do coordenador do PDL, Sandro Bondi, com a justificativa de que Berlusconi ficará responsável pelo “futuro do partido”.
Na última semana, Berlusconi fez ameaças aos milaneses, afirmando que a capital econômica de Itália iria se tornar uma cidade “islâmica”, “de ciganos”, “caótica” e “entregue aos imigrantes” caso a esquerda vencesse a eleição.
Parte da mídia italiana apostava que, com a derrota em Milão, a Liga Norte, partido aliado de Berlusconi, abandonaria o governo, deixando o primeiro-ministro sem maioria no Parlamento.
“Em relação à Liga, este é um momento de reflexão, mas também de espera para vermos o que é que decide o grande derrotado deste voto, que é o primeiro-ministro”, afirmou Leonardo Boriani, diretor do La Padania, o jornal da Liga Norte.
Como já tinham vencido em Turim e Bolonha, no primeiro turno, há 15 dias, os candidatos da esquerda venceram em Triestre e Cagliari (Sardenha), onde o candidato de centro-esquerda Massimo Zedda venceu Massimo Fantola, candidato de Berlusconi, por 59,42% a 40,57%.
Nestas eleições municipais parciais a Itália renova 1.315 prefeituras e 11 cargos de deputado provincial. A maior parte dos vencedores foi decidida no primeiro turno, realizado nos dias 15 e 16 de maio.
Com informações do Opera Mundi
http://correiodobrasil.com.br/berlusconi-sofre-derrota-em-milao-napoles-cagliari-e-trieste-2/247126/
Juiz espanhol abre processo contra 20 militares salvadorenhos por assassinato de jesuítas
30/05/2011 - 20:16 | Thaís Romanelli | Redação
Vinte militares e ex-militares salvadorenhos serão processados na Espanha pelo assassinato de
seis padres jesuítas – cinco espanhóis e um salvadorenho – e duas mulheres durante a guerra civil do país (1980-1992) de El Salvador, conforme determinou a justiça nesta segunda-feira (30/05).
A medida, que foi determinada pelo juiz Eloy Velasco após o interrogatório de uma das testemunhas do caso, inclui ainda a busca e captura internacional de todos os processados.
Além dos oito assassinatos, os militares são acusados de cometer crimes de lesa-humanindade. Eles teriam sido cometidos quando forças do exército de El Salvador entraram nas UCA (Universidade Centro-Americana) e assassinaram o reitor Ignacio Ellacuría, os sacerdotes Amando López, Juan Ramón Moreno, Segundo Montes e Ignacio Martín Baró e Joaquín López y López, a cozinheira da universidade, Elba Julia Ramos e sua filha Celina, de 16 anos.
Entre os envolvidos no caso, estão os generais Rafael Humberto Larios e Juan Rafael Bustillo; os coronéis Juan Orlando Zepeda, Inocente Orlando Montano, Francisco Elena Fuentes, Guillermo Alfredo Benavides, Joaquín Arnoldo Cerna, Carlos Mauricio Guzmán e Óscar Alberto León Linares.
Também serão processados o comandante Carlos Camilo Hernández Barahona, os tenentes José Ricardo Espinoza Guerra, Gonzalo Guevara Cerritos, Héctor Ulises Cuenca e René Yusshy Mendoza; os sargentos Antonio Ramiro Ávalos Vargas e Tomás Zárpate Castillo; os cabos Ángel Pérez Vasquez e Oscar Mariano Amaya e o soldado José Alberto Sierra Ascensio.
O ex-ministro da Defesa de El Salvador durante o período do ex-presidente Alfredo Cristiani (1989-1994), general René Emilio Ponce, também está entre os processados e é o principal acusado de ordenar as execuções. Entretanto, em maio deste ano, Ponce morreu por problemas cardíacos, após oito dias de tratamento médico.
Após o anúncio da determinação da justiça espanhola, grupos de direitos humanos de El Salvador comemoraram a decisão. “A resolução do juiz de ordenar a detenção internacional dos militares é importante. A celebramos, a aplaudimos, a apoiamos e mostramos que decisões como esta nos dá força para seguir lutando contra a impunidade”, disse o coordenador da CDHES (Comissão de Direitos Humanos), Miguel Montenegro, em entrevista à agência France Presse.
Berlusconi sofre derrota em Milão, Nápoles, Cagliari e Trieste | Jornal Correio do Brasil
30/5/2011 17:25,
Os candidatos do primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, em duas importantes cidades do país foram derrotados nas eleições municipais realizadas neste domingo (29). De acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, Giuliano Pisapia, do Partido Democratico, venceu em Milão com 55,10% dos votos, contra 44,89% de Letizia Moratti, a atual presidente da Câmara dos Deputados e candidata do partido de Berlusconi.Os resultados apontam ainda para uma vitória folgada da oposição em Nápoles, a outra grande cidade em disputa, com o candidato de centro-esquerda Luigi de Magistris, da Itália dos Valores, computando 65,37% dos votos contra 35,62% de Gianni Lattieri, do Povo da Liberdade.
A perda de Milão, há 20 anos nas mãos da direita, é dolorosa para o primeiro-ministro. Além de ser cabeça de lista do Povo da Liberdade, Berlusconi apostou forte na campanha pela reeleição da presidente de câmara e disse que perder Milão seria “impossível”.
A primeira reação à derrota da centro-direita foi a demissão do coordenador do PDL, Sandro Bondi, com a justificativa de que Berlusconi ficará responsável pelo “futuro do partido”.
Na última semana, Berlusconi fez ameaças aos milaneses, afirmando que a capital econômica de Itália iria se tornar uma cidade “islâmica”, “de ciganos”, “caótica” e “entregue aos imigrantes” caso a esquerda vencesse a eleição.
Parte da mídia italiana apostava que, com a derrota em Milão, a Liga Norte, partido aliado de Berlusconi, abandonaria o governo, deixando o primeiro-ministro sem maioria no Parlamento.
“Em relação à Liga, este é um momento de reflexão, mas também de espera para vermos o que é que decide o grande derrotado deste voto, que é o primeiro-ministro”, afirmou Leonardo Boriani, diretor do La Padania, o jornal da Liga Norte.
Como já tinham vencido em Turim e Bolonha, no primeiro turno, há 15 dias, os candidatos da esquerda venceram em Triestre e Cagliari (Sardenha), onde o candidato de centro-esquerda Massimo Zedda venceu Massimo Fantola, candidato de Berlusconi, por 59,42% a 40,57%.
Nestas eleições municipais parciais a Itália renova 1.315 prefeituras e 11 cargos de deputado provincial. A maior parte dos vencedores foi decidida no primeiro turno, realizado nos dias 15 e 16 de maio.
Com informações do Opera Mundi
http://correiodobrasil.com.br/berlusconi-sofre-derrota-em-milao-napoles-cagliari-e-trieste-2/247126/
Novas creches e projeto inédito no país devem facilitar acesso à educação
TVNBR
CAFÉ COM A PRESIDENTA - 30.05.11:
Dilma Rousseff anuncia construção de 6 mil creches e 10 mil quadras esportivas cobertas até 2014. A presidenta também destaca o início de um projeto inédito no país: a bicicleta como meio de transporte para que os estudantes cheguem à escola.
http://www.youtube.com/tvnbr#p/a/u/0/r09_y2nIxKY
Dilma: Um país só cresce quando garantimos o futuro das crianças e dos jovens
Notícias / Nacional | 10:12 30/05/2011
Dilma: Um país só cresce quando garantimos o futuro das crianças e dos jovens
No programa Café com a Presidenta desta segunda-feira (30), os temas em destaque foram a construção de 10 mil quadras esportivas cobertas e 6 mil creches, além da distribuição de 30 mil bicicletas para alunos da zona rural do país. A presidenta Dilma contou que, na semana passada, autorizou a construção de mais 138 creches e, deste modo, já são 856 unidades infantis sendo construídas.
“Nós estamos cumprindo as etapas planejadas. Por exemplo, na semana passada nós autorizamos a construção de mais 138 creches. Com elas, chegamos a 856 creches. Mantendo esse ritmo, Luciano, nós vamos, sim, construir as 6 mil creches até 2014. Sabe, Luciano, um país só cresce quando garantimos o futuro das nossas crianças e dos nossos jovens. Por isso, ao construir novas creches, apostamos na educação de qualidade para todos, e isso começa lá na primeira fase da infância.”
A oferta de creches, segundo a presidenta Dilma, ampliará o número de vagas para as crianças que, por sua vez, “significa combater as desigualdades no Brasil por duas frentes: primeiro, é uma oportunidade para a mulher trabalhar enquanto os seus filhos estão ali tranquilos na creche”. E prosseguiu: “Por outro lado, uma boa equipe de professores, psicólogos, nutricionistas garante igualdade de atendimento.”
“Damos a esses brasileirinhos e a essas brasileirinhas, que precisam da rede pública, a possibilidade de crescer nas mesmas condições de crianças que estão em escolas particulares. E isso vai refletir em todo seu desenvolvimento, como jovem e como adulto.”
Na entrevista, o apresentador Luciano Seixas indagou sobre o cronograma das obras. “Bem, Luciano, a bola agora está com os prefeitos”, iniciou. Eles fizeram, segundo explicou, os projetos das escolas com ajuda do Ministério da Educação. Nós aprovamos e agora o dinheiro está disponível. Acertamos com os prefeitos de todo o Brasil que o governo federal vai repassar recursos para a manutenção dessas creches até elas poderem ser atendidas pelo Fundeb.
Em seguida, a presidenta falou sobre o projeto de construção das quadras esportivas cobertas: “Queremos dar todas as condições para que o aluno tenha acesso a uma educação de qualidade, e isso engloba também práticas esportivas e lazer.” E continuou: “Temos a meta de construir 6 mil novas quadras esportivas cobertas, e cobrir outras 4 mil até 2014.”
“Essas quadras são um estímulo a mais para a presença das crianças no colégio, inclusive no chamado contraturno, que é aquele horário em que elas não estão nas aulas regulares. Além disso, nas escolas do nosso Brasil se as quadras não forem cobertas os alunos não podem utilizá-las o tempo todo, ou são temperaturas altas ou muito baixas. Essas quadras são muito importantes como mais uma alternativa, Luciano, para a comunidade, na implantação de uma cultura de paz. Eles também podem ser usadas para lazer e recreação das famílias nos fins de semana, e darão oportunidades para jovens atletas e esportivas de todo o Brasil.”
Na última parte da entrevista, a presidenta Dilma contou sobre a doação das bicicletas. Por meio do programa “Caminho da Escola”, foram doadas as 30 mil bicicletas e capacetes. A presidente disse que “foi uma alegria poder iniciar este projeto, inédito no nosso país”. É uma nova modalidade do programa ‘Caminho da Escola’, criado para garantir que toda a criança tenha um meio de transporte para chegar à escola.
“Doamos 30 mil bicicletas, com capacete, para estudantes de 81 municípios do Brasil. Esses estudantes precisavam andar quatro, cinco quilômetros para chegar à escola. Estamos no comecinho desse novo projeto. Até o final do ano, queremos atender 100 mil estudantes em quase 300 cidades, começando aos poucos fazendo esse teste em cidades pequenas, em locais onde não há muitos carros e, portanto, onde o tráfego não é pesado e as crianças não correm riscos. Vamos ampliando as doações na medida em que as avaliações forem positivas nestas primeiras cidades.”
Ouça aqui a íntegra do Café com a Presidente
Dilma fala em cultura do ciclismo e cobra de prefeitos a construção de ciclovias | Agencia Brasil
30/05/2011 - 7h50
Política
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Ao comentar a entrega de 30 mil bicicletas para alunos de escolas públicas na semana passada, a presidenta Dilma Rousseff citou hoje (30) a possibilidade de criação do que chamou de cultura do ciclismo no país. Em seu programa semanal de rádio Café com a Presidenta, ela cobrou de prefeitos a construção de ciclovias que deem segurança aos estudantes.
As bicicletas foram doadas a prefeituras de 81 municípios brasileiros, para crianças que moram longe das escolas, como parte do programa Caminho da Escola. Até o final de 2011, a distribuição deverá chegar a 100 mil bicicletas e 100 mil capacetes para 300 municípios do país.
“É um meio de transporte que não polui e ainda permite a prática de uma atividade física. Ir para a escola de bicicleta é uma atividade saudável. Agora, tem que ter segurança”, disse. “Se as prefeituras adotarem essa prática, construindo ciclovias, eu tenho certeza que veremos muitas outras bicicletas circulando pelas ruas, e não apenas as do governo”, completou.
Sobre o compromisso de construir 138 creches e 454 quadras esportivas escolares ainda este ano, Dilma avaliou que, para que o país dê um salto de qualidade na educação, é preciso melhorar a estrutura dos colégios. “Isso inclui oferecermos boas condições para os nossos alunos frequentarem as escolas”, explicou.
A construção das creches em 83 municípios totaliza investimentos de R$ 154,3 milhões. Já as quadras esportivas beneficiarão 249 municípios e estão orçadas em R$ 216,9 milhões. As estruturas serão construídas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) e a iniciativa faz parte do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância).
Edição: Graça Adjuto
Cancion con todos
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.
Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.
Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz