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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

21.2.09

Educação - Escolas Itinerantes garantem a educação de crianças e jovens do MST no Paraná

Escolas Itinerantes garantem a educação de crianças e jovens do MST no Paraná - 03/07/2006 12:00:00
 

O direito à educação de crianças, jovens e adultos pertencentes ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é garantido no Paraná por meio do projeto Escola Itinerante. A iniciativa, implantada em dezembro de 2003 pelo Conselho Estadual de Educação, é uma parceria entre governo do Estado, Secretaria da Educação e o MST. São 11 escolas, localizadas em assentamentos de nove municípios do Estado, que atendem 100% das crianças e jovens do movimento.

"O projeto trouxe esperança e objetivo de vida para essas crianças e jovens", diz a coordenadora de educação do MST no Paraná, Izabel Grein. Segundo ela, a Escola Itinerante não segue calendário oficial, pois, no caso de mudança do acampamento, toda a estrutura da escola segue junto. Atualmente, 17 mil famílias vivem nos 267 assentamentos espalhados pelo Estado. As escolas itinerantes contam com 2.338 educandos – entre crianças, jovens e adultos – e 194 educadores.

Início - O projeto começou a ser discutido em 2003, quando integrantes do MST o apresentaram ao governo do Paraná. Teve como modelo uma experiência no Rio Grande do Sul, o primeiro estado a implantar a Escola Itinerante no país. Uma equipe da Secretaria da Educação foi até lá para conhecer e acompanhar o programa e elaborar o projeto político-pedagógico das escolas para o Paraná. As aulas tiveram início em fevereiro de 2004, com a implantação de cinco escolas em acampamentos dos municípios de Cascavel, Quedas do Iguaçu (duas escolas), Espigão Alto do Iguaçu e General Carneiro.

"As crianças do MST já eram atendidas pelo movimento nos acampamentos, mas isso não era reconhecido legalmente", conta o coordenador do Departamento de Educação do Campo, da Secretaria da Educação, professor Antenor Martins de Lima Filho. Com a aprovação da Escola Itinerante pelo Conselho Estadual de Educação, as crianças passaram a ter sua base oficial e toda a parte documental e pedagógica sustentada por uma escola-base, o Colégio Estadual Iraci Salete Strozak, em Rio Bonito do Iguaçu. Desta forma, mesmo com a mudança do local dos acampamentos, o histórico escolar do aluno fica em um só lugar. "Os sem-terra andam muito de um lugar para outro, e muitos pais não sabiam onde os filhos tinham estudado", diz Izabel.

A coordenadora de educação do MST destaca que, nesses três anos de funcionamento, o trabalho vem sendo aprimorado dia após dia e também serve de modelo para outros Estados. "A escola, hoje, atinge 100% de sua função, pois as crianças estão no seu meio, perto de casa. É uma escola igual às outras. Essa experiência no Paraná serviu de exemplo para outros estados, como Santa Catarina, Alagoas, Pernambuco e Goiás (em fase de discussão). Esse projeto envolve o acampamento como um todo, pois até os pais sentem vontade de voltar a estudar", acrescenta.

Funcionamento – O funcionamento da escola é uma união de esforços do governo do Paraná com o Movimento dos Sem Terra. A Secretaria da Educação envia material didático e de estrutura, como carteiras, quadros, cadernos e livros, e o MST entra com a adequação de um local para abrigar a escola. O Estado oferece ainda os professores, por meio de convênio com a Associação de Cooperação Agrícola dos Assentados do Paraná (Acap). O MST também faz a seleção de alguns professores do acampamento, para as aulas de 1.ª a 4.ª séries, e o governo do Estado repassa os recursos à Associação para o pagamento de seus salários.

Ao todo, são 11 escolas em funcionamento. Além das cinco implantadas no início do projeto, no fim de 2004 começou a funcionar a escola de Planaltina do Paraná e, no começo de 2005, as escolas de Matelândia e Jardim Olinda iniciaram suas atividades. A estas, somam-se as de Ortigueira e Amaporã, e mais uma em Cascavel, com turmas de 1.ª a 4.ª séries e de 5.ª a 8.ª séries, do ensino fundamental e uma turma de ensino médio (no acampamento 1.º de Agosto, em Cascavel).

 
http://www.aenoticias.pr.gov.br/modules/news/article.php?storyid=21957

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz