VÍDEO: A ex-ministra do STJ Eliana Calmon explica por que a Lava Jato não denuncia nenhum juiz
Por Kiko Nogueira - 10 de março de 2018
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/video-ex-ministra-do-stj-eliana-calmon-explica-por-que-lava-jato-nao-denuncia-nenhum-juiz/
...
Eliana Calmon | Lava Jato
...
Eliana Calmon | Lava Jato
https://www.youtube.com/watch?time_continue=107&v=Ya1VdnrqG8E
...
Eliana Calmon: "Me diziam que é inconstitucional investigar juiz"
...
Eliana Calmon: "Me diziam que é inconstitucional investigar juiz"
Ex-ministra do STJ e ex-Corregedora-Geral da Justiça do CNJ diz que era "crucificada" por colegas quando investigava juizes. Para ela, a Lava Jato não chegará aos magistrados
Por Nocaute em 10 de Março às 22h46
Para Eliana Calmon, a primeira mulher a compor o Superior Tribunal da Justiça, a Operação Lava Jato não chegará ao Poder Judiciário. Segundo ela, colegas da época em que era Corregedora-Geral da Justiça do Conselho Nacional da Justiça disseram que investigar juiz era "inconstitucional". A magistrada também afirmou que integrantes da Força Tarefa da Lava Jato disseram que os advogados de delatores não querem que os seus clientes denunciem juízes.
A declaração foi dada em entrevista ao site Migalhas, nessa sexta-feira (9), na XVI Conferência Estadual da Advocacia Mineira. Leia abaixo o depoimento completo:
"Eu já estive conversando com os integrantes da Força Tarefa e eles dizem o seguinte: os próprios advogados dos colaboradores não querem que os seus clientes falem sobre os juízes. Porque falam sobre juízes, os juízes ficam e os advogados se inutilizam, porque o juiz nunca mais perdoa. E existe o espírito de porco, então o advogado não quer que haja denúncia. Sem a denúncia fica difícil. É muito difícil punir juiz. Eu era magistrada de carreira, era uma ministra, estava na Corregedoria, eu sofri horrores. Para fazer uma investigação financeira de desembargador, quase fui crucificada. Mas eu fazia inspeção, cadê o imposto de renda? Aqui a gente não entrega, mas tem que entregar. 48h para entregar o imposto de renda. Pega aí esse imposto de renda. Pegava o auditor que acompanhava a inspeção, ele num instante: patrimônio era descoberto. O que ganha não dá para ter esse patrimônio. 10 dias para explicar. Casou com mulher rica, tirou na loteria, e qualquer outra coisa. Não explicava. Ora, o que não se explica no patrimônio vem de onde? Caiu do céu? Vamos investigar. Sabe o que meus colegas do CNJ diziam? É inconstitucional investigar juiz".
http://www.nocaute.blog.br/brasil/eliana-calmon-me-diziam-que-e-inconstitucional-investigar-juiz.html
Para Eliana Calmon, a primeira mulher a compor o Superior Tribunal da Justiça, a Operação Lava Jato não chegará ao Poder Judiciário. Segundo ela, colegas da época em que era Corregedora-Geral da Justiça do Conselho Nacional da Justiça disseram que investigar juiz era "inconstitucional". A magistrada também afirmou que integrantes da Força Tarefa da Lava Jato disseram que os advogados de delatores não querem que os seus clientes denunciem juízes.
A declaração foi dada em entrevista ao site Migalhas, nessa sexta-feira (9), na XVI Conferência Estadual da Advocacia Mineira. Leia abaixo o depoimento completo:
"Eu já estive conversando com os integrantes da Força Tarefa e eles dizem o seguinte: os próprios advogados dos colaboradores não querem que os seus clientes falem sobre os juízes. Porque falam sobre juízes, os juízes ficam e os advogados se inutilizam, porque o juiz nunca mais perdoa. E existe o espírito de porco, então o advogado não quer que haja denúncia. Sem a denúncia fica difícil. É muito difícil punir juiz. Eu era magistrada de carreira, era uma ministra, estava na Corregedoria, eu sofri horrores. Para fazer uma investigação financeira de desembargador, quase fui crucificada. Mas eu fazia inspeção, cadê o imposto de renda? Aqui a gente não entrega, mas tem que entregar. 48h para entregar o imposto de renda. Pega aí esse imposto de renda. Pegava o auditor que acompanhava a inspeção, ele num instante: patrimônio era descoberto. O que ganha não dá para ter esse patrimônio. 10 dias para explicar. Casou com mulher rica, tirou na loteria, e qualquer outra coisa. Não explicava. Ora, o que não se explica no patrimônio vem de onde? Caiu do céu? Vamos investigar. Sabe o que meus colegas do CNJ diziam? É inconstitucional investigar juiz".
http://www.nocaute.blog.br/brasil/eliana-calmon-me-diziam-que-e-inconstitucional-investigar-juiz.html
...
Sepúlveda Pertence: Nem na ditadura havia a intolerância de hoje
Ex-presidente do STF, advogado de defesa de Lula critica os atuais "tempos de punitivismo"
Por Nocaute em 10 de Março às 13h07
Foto: EBC
Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, o advogado de Lula Sepúlveda Pertence afirma que nem na ditadura militar havia a intolerância que se tem hoje.
"Quero falar de uma angústia da qual participo, que é com o ambiente de intolerância que se tem nesses tempos de punitivismo. Seja nas assembleias, na imprensa, na conversa de botequim. Isso é o maior risco para a democracia. Passei 20 anos batalhando contra o regime autoritário. Acredito que nem nas fases mais agudas tenha havido tanta intolerância", declarou em entrevista à Folha de S. Paulo.
Pertence contou que conhece Lula "há quase 40 anos" e que tem uma relação de amizade com o ex-presidente, de quem não está cobrando pelos serviços como advogado. "Para presidenciáveis e ex-presidentes eu trabalho de graça", diz ele, que também advoga para José Serra, José Sarney e na criação da Rede, com Marina Silva.
Para Pertence, o julgamento no STJ que negou o habeas corpus a Lula foi uma opção pela "posição conservadora", quando "poderia avançar e recuperar a força do princípio constitucional da presunção de inocência ou da não culpabilidade".
O advogado também afirmou que a defesa entrará com um pedido de habeas corpus no STJ em caso de prisão do ex-presidente, e também ingressará com recursos para rever a condenação do TRF-4.
Sepúlveda Pertence: Nem na ditadura havia a intolerância de hoje
Ex-presidente do STF, advogado de defesa de Lula critica os atuais "tempos de punitivismo"
Por Nocaute em 10 de Março às 13h07
Foto: EBC
Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, o advogado de Lula Sepúlveda Pertence afirma que nem na ditadura militar havia a intolerância que se tem hoje.
"Quero falar de uma angústia da qual participo, que é com o ambiente de intolerância que se tem nesses tempos de punitivismo. Seja nas assembleias, na imprensa, na conversa de botequim. Isso é o maior risco para a democracia. Passei 20 anos batalhando contra o regime autoritário. Acredito que nem nas fases mais agudas tenha havido tanta intolerância", declarou em entrevista à Folha de S. Paulo.
Pertence contou que conhece Lula "há quase 40 anos" e que tem uma relação de amizade com o ex-presidente, de quem não está cobrando pelos serviços como advogado. "Para presidenciáveis e ex-presidentes eu trabalho de graça", diz ele, que também advoga para José Serra, José Sarney e na criação da Rede, com Marina Silva.
Para Pertence, o julgamento no STJ que negou o habeas corpus a Lula foi uma opção pela "posição conservadora", quando "poderia avançar e recuperar a força do princípio constitucional da presunção de inocência ou da não culpabilidade".
O advogado também afirmou que a defesa entrará com um pedido de habeas corpus no STJ em caso de prisão do ex-presidente, e também ingressará com recursos para rever a condenação do TRF-4.
Nenhum comentário:
Postar um comentário