https://youtu.be/qrtvZ1toN1Y
Universidade Já - Velório do Reitor Luiz Carlos Cancellier na reitoria
https://youtu.be/6XmRGa1pfqE
Bate Pronto #2: O primeiro cadáver do Lavajatismo
Conversa Afiada com Paulo Henrique Amorim - Transmitido ao vivo em 2 de out de 2017
https://youtu.be/uhRqokWT0qQ
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"A UNIVERSIDADE SE DESPEDE DO SEU REITOR, PROFESSOR LUIZ CARLOS OLIVO.
ELE DEIXOU A VIDA, MAS SUA GRATA LEMBRANÇA E SEU MARTÍRIO SE INCORPORARAM À MINHA PERSONALIDADE.
CADA DESGRAÇA COMO ESTA "QUEBRA" A TODOS NÓS, QUE SOMOS HUMANISTAS E SENSÍVEIS À DOR ALHEIA. Vejam o vídeo com respeito e emoção
ESTOU SINCERAMENTE TRISTE. ESTOU DECEPCIONADO COM AS PESSOAS QUE O LEVARAM A ESTE ATO DE DESESPERO.
Se ele pudesse me ouvir, eu diria de forma amistosa e informal: "Valeu companheiro" !!!
Afranio Silva Jardim, professor associado de Direito da Uerj.
https://www.youtube.com/watch?v=qrtvZ1toN1Y"
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ESTADO DE EXCEÇÃO
Artigo | Não foi fraqueza, foi fascismo
A ditadura de hoje não é militar. É judiciária. O desembargado Lédio Rosa tem razão: "Mataram meu amigo Cao"
José Sardá* - Santa Catarina - 3 de Outubro de 2017 às 17:01
Durante o velório do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no final da tarde de hoje (ontem), no hall da Reitoria da UFSC, uma dedução predominou: nem durante a ditadura militar a Universidade foi tão chacoteada como agora pela justiça federal e Polícia Federal. A vice-reitora Alacoque Erdmann, resumiu a tragédia: "Luiz Carlos Cancellier deu seu sangue pela UFSC".
Sim, claro. Na entrevista que concedeu há cerca de uma semana, Luiz Carlos afirmou a Moacir Pereira: nunca fui tão humilhado.
Vamos refletir. O reitor foi preso e conduzido à penitenciária da Agronômica, igualado a bandidos e corruptos, sob a acusação de ter obstruído a investigação judicial. Nenhum reitor foi sequer admoestado durante a ditadura e hoje estamos assistindo à prepotência do judiciário, que se acha no direito de governar a Nação pela imposição de julgamentos pessoais ou de grupos de circunstâncias sociais e políticas brasileiras.
O que é obstruir a justiça? Ora, há bandidos governando dentro de penitenciárias o tráfico de drogas no Brasil, e a justiça entende que o reitor pode obstruir as ações de investigação dentro da UFSC. Cinematográfico ou circense?
Conheci Luiz Carlos em 1981, quando foi iniciar sua vida jornalística em O Estado. A sua jornada foi brilhante. Paralelo ao jornalismo, cursou Direito e ingressou na carreira de professor, crescendo como diretor do Departamento Jurídico e diretor do Centro de Ciência Jurídicas da UFSC. Há cerca de dois anos, em um encontro casual, ele me confessou: "vou trabalhar por um candidato a reitor que recupere a dignidade da UFSC". O seu movimento culminou com uma decisão consensual de apoio ao seu nome. E ele se elegeu com sinais vitoriosos de mudanças.
Aos poucos, ao lado da professora Alacoque Erdmann, Luiz Carlos restaurou o clima de diálogo, reciprocidade de confiança e de relações com a sociedade.
De repente, é preso, como em uma situação de guerra, de ditadura. Levado à Penitenciária da Agronômica, Luiz Carlos perde-se na agressão a um mandato que deveria ser, sobretudo, considerado pela autonomia e respeitabilidade de uma universidade. Mas, não. Dane-se a instituição! O que vale são os novos princípios da justiça e da Polícia Federal, que poderiam terexigido de Luiz Carlos o comparecimento a uma audiência, prestação de provas, etc.etc. Mas, não. Preferiram humilhá-lo, ou seja, dizer-lhe que a justiça e a PF estão bem acima das instituições de ensino. Ou seja, uma caça a bruxas como se toda a Nação precisasse provar que não é corrupta. Do geral para o particular, todo o brasileiro é por natureza corrupto. E viva a autoridade judicial e policial que tem os holofotes e aplausos populares.
Até que prove o contrário, Luiz Carlos, o Cao, não suportou a humilhação, tanto a ele quanto à UFSC.
Sintam-se como Cao: a imprensa dizendo que ele estava sendo acusado de desvio de recursos. Aliás, os jornais Folha de S. Paulo e O Globo, e seus sites de hoje, repetem isso ao anunciar a sua morte.
Não se trata de fraqueza humana, mas, sobretudo, de uma defesa – quem sabe frágil – da sua moral, dignidade e do direito que a PF e a justiça não lhe concederam, de provar a sua inocência antes de ser jogado numa prisão, na mesma vala de Eduardo Cunha, Joesly Batista, etc.etc.etc.
A ditadura de hoje não é militar. É judiciária.
* Laudelino José Sardá é jornalista e professor da Unisul, Universidade do Sul de Santa Catarina e publicou o texto em seu Facebook.
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Cancellier não se suicidou; foi suicidado
3 de Outubro de 2017
Assim como o Zé do Burro de "O Pagador de Promessas" entrou, carregado sobre uma cruz, morto, na igreja em que fora impedido de entrar vivo pela Igreja, o reitor Luiz Carlos Cancellier entrou dentro de um caixão na Universidade Federal de Santa Catarina onde fora proibido de entrar vivo pela Justiça, agora há pouco.
Sob aplausos para ele e protestos contra os que provocaram o seu suicídio.
Cancellier não se suicidou; foi suicidado.
Preso intempestivamente por agentes da Polícia Federal, a 25 de setembro último, antes de sequer ser ouvido a respeito de acusações infundadas que lhe fizeram, passou 30 horas encarcerado numa cela "com os piores bandidos de Santa Catarina", segundo um amigo, em situação vexatória – "fomos despidos de nossas roupas", escreveu ele em artigo-desabafo publicado em "O Globo", dias antes de sua morte.
Esse é o tratamento que o sistema prisional dá a um reitor no Brasil.
Foram "apenas" 30 horas na prisão - para quem está de fora; mas para quem está lá dentro são intermináveis 108.000 segundos nos quais ninguém imagina o que pode acontecer, dado que as condições dos presídios brasileiros são medievais.
Preso algum tem garantia alguma de vida ou de integridade física, nem mesmo quem tem diploma universitário, como Cancellier.
Já em liberdade, foi proibido de voltar à instituição onde era querido, se graduou e fez carreira, sem ter o direito de se defender.
Seu "suicídio" tem tantas aspas quanto o atribuído a Vlado Herzog, em 1975, que foi, na verdade, assassinado nos porões da ditadura militar.
Esse crime não pode ficar impune.
ALEX SOLNIK - Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"
https://www.brasil247.com/pt/blog/alex_solnik/320541
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Irmão de reitor que se suicidou desabafa no Facebook: "Quem matou meu irmão?"
2 de outubro de 2017
Acioli de Olivo, irmão de Luiz Carlos Cancellier de Olivo, citou em uma postagem "os grandes canalhas" e "os pequenos canalhas" responsáveis pelo suicídio do ex-reitor da UFSC, que estava em tratamento psicológico após uma investigação da PF que culminou em sua prisão. Leia
Acioli de Olivo, irmão do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier de Olivo, desabafou pelo Facebook, na noite desta segunda-feira (2), sobre o suicídio do irmão.
Na postagem, Olivo cita "os grandes canalhas" e os "pequenos canalhas" responsáveis pelo o que ele chamou de "crime premeditado".
"Quem matou meu irmão, o reitor da UFSC, Luís Carlos Cancellier de Olivo? São vários os autores. Os principais sabemos nomes, sobrenomes, endereço e ocupações. Mas além destes grandes canalhas, são cúmplices deste crime premeditado, os pequenos canalhas, os vermes rastejantes, que dentro da UFSC divulgaram mentiras", escreveu.
Cancellier, desde que foi preso e afastado da UFSC, vinha passando por tratamento psicológico. Em uma carta escrita no mês passado, o ex-reitor denunciou os "métodos" do MP e da Polícia Federal ao julgá-lo, sem apresentar provas ou dar chances de defesa, e a humilhação a que fui submetido. Saiba mais aqui.
Confira, abaixo, a íntegra do texto do irmão de Cancellier.
QUEM MATOU MEU IRMÃO, O REITOR DA UFSC, LUÍS CARLOS CANCELLIER DE OLIVO?
SÃO VÁRIOS OS AUTORES. OS PRINCIPAIS SABEMOS NOMES, SOBRENOMES, ENDEREÇO E OCUPAÇÕES. MAS ALÉM DESTES GRANDES CANALHAS, SÃO CÚMPLICES DESTE CRIME PREMEDITADO, OS PEQUENOS CANALHAS, OS VERMES RASTEJANTES, QUE DENTRO DA UFSC DIVULGARAM MENTIRAS, ENXOVALHARAM SUA HONRA, VIOLARAM O QUE ELE TINHA COMO VALOR MAIS PRECIOSO, SUA HONESTIDADE E A DEDICAÇÃO ÍMPAR PELA SUA ALMA MATER, A UNIVERSIDADE EM QUE SE FORMOU E GALGOU DEGRAU A DEGRAU ATÉ ALCANÇAR O POSTO MÁXIMO.
ESTES VERMES NÃO FICARÃO IMPUNES, POIS A UNIVERSIDADE DA TOLERÂNCIA E DA DIVERSIDADE QUE MEU IRMÃO SONHOU E TRABALHAVA TODOS OS DIAS PARA TORNAR UMA REALIDADE, NÃO PODE ABRIGAR OS SEDENTOS DE ÓDIO, POIS FORA DELA JÁ SE REPRODUZEM POR TODA A PARTE COMO RATOS.
A TODOS CONCLAMO, NÃO VERTAM LÁGRIMAS, O CAU NÃO APROVARIA.
TRANSFORMEM SUAS LÁGRIMAS NUM BRADO DE INDIGNAÇÃO, O ÚNICO SENTIMENTO QUE PODE SE CONTRAPOR À INJUSTIÇA QUE O VITIMOU.
https://www.revistaforum.com.br/2017/10/02/irmao-de-reitor-que-se-suicidou-desabafa-no-facebook-quem-matou-meu-irmao/
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DENÚNCIAS
Procurador-Geral: Morte de Cancellier expõe a perversidade de um sistema de justiça criminal sedento de luz e fama
02 de outubro de 2017 às 21h30
http://www.viomundo.com.br/denuncias/procurador-geral-morte-de-cancellier-expoe-a-perversidade-de-um-sistema-de-justica-criminal-sedento-de-luz-e-fama-especializado-em-martirizar-inocentes.html
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