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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

7.3.17

Milhares de professores vão às ruas na Argentina e iniciam paralisação de 48 horas por aumento nacional de salários

7/mar/2017, 10h45min

Milhares de professores vão às ruas na Argentina e iniciam paralisação de 48 horas por aumento nacional de salários

Organizadores estimam que marcha de professores em Buenos Aires reuniu 50 mil pessoas. |Foto: CTA/Facebook

Do Opera Mundi

Milhares de professores argentinos da rede pública de ensino iniciaram nesta segunda-feira (06/03) uma paralisação de 48 horas em todo o país, exigindo um aumento de salário para a categoria em nível nacional que compense a inflação de 40% no ano passado.

Segundo a Frente Nacional Docente, que agrupa os cinco maiores sindicatos de professores do país, a adesão à greve chega a 92%.

Em Buenos Aires, a marcha de professores, apoiados por representantes da ATE (Associação de Trabalhadores do Estado), percorreu as principais ruas da capital argentina e se dirigiu desde o Congresso Nacional até o Ministério da Educação. "Esta marcha com mais de 50 mil professores deve fazer o governo refletir", declarou a representante sindical Sonia Alesso.

Os professores exigem uma negociação salarial em nível nacional, se opondo à existência de salários diferentes nas 23 províncias e na capital federal, depois da decisão do Executivo nacional de deixar nas mãos das gobernaciones (Estados) o montante do mínimo salarial segundo as possibilidades de cada uma.

A grande maioria dos governos locais propõe 18% a pagar em quatro quotas, atreladas ao índice da inflação, enquanto os professores pedem um reajuste de 35% para compensar a perda pela inflação, que em 2016 se elevou a mais de 40%.

Após várias tentativas frustradas de diálogo com o governo de Mauricio Macri, os professores convocaram a paralisação de 48 horas nos dois primeiros dias do ano letivo de 2017 na Argentina.

Enquanto Macri inaugurava o ano letivo na província de Jujuy junto ao ministro da pasta, Esteban Bullrich, no restante do país, neste primeiro dia de aulas, as salas das escolas públicas permaneceram vazias.

Apenas três províncias, Jujuy, Santiago do Estero e San Luis, começaram as aulas. No resto, em todos os níveis, 12 milhões de alunos ficaram em suas casas.

Os professores apontaram que depois da paralisação de 48 horas e a outra marcha a ser realizada amanhã acompanhando a Confederação Geral do Trabalho, preparam um plano de luta por melhores salários e condições de trabalho.

"Paritária nacional ou segue a greve", declarou Hugo Yasky, da CTA (Confederação de Trabalhadores da Argentina). "Ir contra a escola pública é analfabetismo político, seja na Casa Rosada ou no Ministério da Educação. Não há nada mais nobre para os argentinos do que a escola", disse o sindicalista.

 

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz