Sesampe apoia a 15ª Feira Estadual de Economia Solidária
Apoiar atividades voltadas ao empreendedorismo solidário é uma das ações da Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa. Com este objetivo a Sesampe está patrocinando a 15ª Feira Estadual de Economia Popular e Solidária do Rio Grande do Sul, que acontecerá de 02 a 07 de dezembro, no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico de Porto Alegre. A abertura oficial do evento, que acontece nesta terça-feira (03/12) às 10 horas, contará com a presença do titular da pasta, Maurício Dziedricki.
A diretora do Departamento de Incentivo e Fomento à Economia Solidária da Sesampe, Nelsa Nespolo, lembra que 400 pessoas estão trabalhando durante o evento e cerca de 2.000 serão beneficiadas direta e indiretamente com esta atividade. "Os visitantes terão a oportunidade de conhecer e trocar experiências com esta proposta de outra sociedade, em que os cidadãos optam pelo trabalho associado e cooperado, nos princípios da autogestão, da democracia, do respeito e cuidado com o meio ambiente, do consumo consciente e do desenvolvimento local e sustentável", ressalta Nelsa.
A feira, que acontece das 8h30min às 20 horas, em uma área de 600 metros quadrados congrega 110 bancas de empreendimentos solidários das regiões: Norte, Sul, Litoral, Metropolitana, Central, Vale do Rio dos Sinos, Médio Alto Uruguai, Serra e Hortênsias. Os produtos expostos vão desde artesanato, confecção, brinquedos, alimentação até produtos da agricultura familiar.
JUSTIÇA SOCIAL
Economia solidária é alternativa à exclusão social do capitalismo
Além de alternativa de empreendedorismo, economia solidária também contribui para a autonomia de mulheres
Brasília – Diante de uma plateia formada por catadores de materiais reciclados, artesãos, rendeiras e pequenos produtores rurais, o secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer, disse que o maior desafio desse ramo da atividade é tornar o país mais "justo, igual e democrático". Singer discursou para os quase 1,5 mil participantes da 3ª Conferência Nacional de Economia Solidária (Conaes), aberta hoje (27).
"A economia solidária ainda tem muito o que dar, temos que estender a economia solidária ao ensino das crianças e dos jovens, temos que aprimorar todos os esforços coletivos para que os brasileiros tenham a vida que merecem, tornando o país mais justo, mais igual e democrático", defendeu.
Singer, que, desde 2003, comanda a secretaria ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego, defende a economia solidária como alternativa à exclusão social promovida pelas chamadas políticas neoliberais. Segundo ele, a economia solidária surge como reação "à exclusão social, à penúria, à perda do autorrespeito e da esperança, o que leva alguns a encará-la como compensação às injustiças do capitalismo."
A conferência reúne, até o dia 30, representantes do poder público, de organizações da sociedade civil, empreendimentos econômicos solidários e suas organizações, e tem como um dos principais objetivos elaborar um Plano Nacional de Economia Solidária, que estabeleça políticas públicas de acesso ao crédito, pelo pequeno empreendedor, bem como as garantias de participação dos micro e pequenos empreendedores, em condições de igualdade, nos pregões públicos e nas compras governamentais.
De acordo com a integrante do Fórum Brasileiro de Economia Solidária Ana Lourdes de Freitas, essas políticas são importantes, pois, apesar de gerar renda, os empreendimentos solidários têm a capacidade de produção limitada, devido ao grande percentual de informalidade. Ela defendeu a criação de um marco regulatório que reconheça as especificidades do segmento e a criação de "fundos solidários, cooperativas de crédito e fomento, com recursos que possam chegar diretamente aos investimentos econômicos solidários, por meio dos bancos oficiais".
Durante a abertura do evento, a presidenta Dilma Rousseff destacou a importância da economia solidária para a autonomia de mulheres, no Brasil e no mundo. Dilma parabenizou e elogiou a intensa participação das mulheres na conferência – em torno de 65%.
Ela enumerou algumas ações promovidas pelo governo federal em prol do setor, como investimentos e a estratégia de integrar a economia solidária desde 2011 ao Programa Brasil sem Miséria. "É com muito orgulho que nós, no Brasil, temos um modelo de desenvolvimento que reconhece a importância da economia solidária", disse.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o segmento emprega mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 60% são mulheres.
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