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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

8.4.14

Altamiro Borges: Ninguém crítica os serviços privados?

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Ninguém crítica os serviços privados?


Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Cena de domingo: um carro quebrado, na pista da esquerda na altura do quilômetro 30 da Castelo Branco, chegando a São Paulo, e um caminhão guincho particular estacionado no acostamento do lado oposto. Por cima das pistas os dois motoristas gritam e não se entendem. Nenhum sinal da presença de algum agente público ou da concessionária responsável pela rodovia, uma das mais movimentadas do país. Cada um que se vire.

Resultado: um congestionamento que se estende por mais de 15 quilômetros, que a gente leva mais de uma hora para atravessar. Ninguém reclama. A estrada é uma campeã de pedágios por quilometro rodado e todos estão funcionando perfeitamente, o dinheiro só pingando no caixa. Tirar aquele carro da pista que é bom, nada: desde que instalaram os radares, outra boa fonte de arrecadação, a Polícia Rodoviária sumiu das estradas e, pelo jeito, seus postos não foram ocupados pela empresa privada que venceu a concessão da rodovia para ajudar os motoristas nas emergências.

Todos nós criticamos muito o mau funcionamento dos serviços públicos em geral, e temos montanhas de motivos para isso, como demonstram todas as pesquisas, mas este é um caso emblemático de parceria público-privada que não funciona, nem de um lado, nem de outro. E, no entanto, nos habituamos a só falar mal só do que é público, esquecendo os péssimos serviços prestados por muitas empresas privadas ou privatizadas nas mais diferentes áreas.

A quem devemos nos queixar? Ao Procon ou ao governador? Um bom exemplo são os planos de saúde, que tardam uma eternidade para pagar os gastos com médicos e nem não dão satisfação sobre os valores ridículos. Fiquei quase dois meses esperando que a Medial (parece que agora foi incorporada por outra seguradora), da qual sou cliente e pagador fiel faz muitos anos, fizesse o favor de me reembolsar pelo menos uma parte, de acordo com suas modestas tabelas, daquilo que gastei na cirurgia no braço que durou mais de seis horas.

Do total de R$ 36.000,00 que desembolsei, conforme comprovantes enviados à seguradora, recebi o reembolso de R$ 1.575,00, ou seja, 4,3% da despesa médica.

Tenho certeza de que não sou uma exceção. Cada leitor do Balaio deve ter um monte de histórias como essas para contar. Fiquem à vontade, usem a área de comentários: já que não tem outro jeito, só nos resta o direito de espernear.

Seja o serviço público ou privado, somos maltratados do mesmo jeito. As próximas pesquisas poderiam incluir também perguntas sobre o desmazelo dos serviços das empresas privadas, que são boas para cobrar, mas nem tão eficientes para pagar que o nos é de direito.

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/04/ninguem-critica-os-servicos-privados.html

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz