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"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

16.8.10

Propostas emancipatórias, a voz das mulheres no Fórum Social das Américas

Publicada em: 13.08.2010


"Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres" é o principal lema da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), movimento internacional que está presente no IV Fórum Social Américas 2010 – Assunção- território de diálogo e debate sobre as propostas das mulheres para derrotar o patriarcado, na busca de alternativas de justiça e liberdade.

As propostas alternativas frente ao neoliberalismo, não são alheias aos movimentos de mulheres, que em diversos espaços lideram propostas que oferecem transformações para alcançar sociedades equitativas. Tal é a situação da Marcha Mundial das Mulheres, movimento que neste fórum desenvolveu espaços de debate para apresentar ditas discussões, convergindo as visões de mulheres de diversos países do continente e que são militantes da MMM.

"Construindo lutas e alternativas feministas nas Américas", foi o tema que reuniu a diversas militantes da MMM de países como o Brasil, o Paraguai, o México, o Chile, o Equador o Peru e Cuba, espaço que vinculou as realidades das mulheres no continente e suas estratégias para alcançar a liberdade nas suas diversas você forma.

"Eu me pergunto quanto tempo passará até que as mulheres sejam livres? E acho que para isso têm que haver povos livres", foi a reflexão que realizou Francisca Rodríguez (Chile) de Via Camponesa (VC), que exaltou a importância das mulheres nos processos de transformação social, em suas palavras "sem feminismo não há socialismo". Assim, Francisca Rodríguez, explicou a relevância em que as mulheres participem dos processos políticos e a importância que os movimentos sociais tem na instauração de idéias transformadoras e propostas que mudam a vida dos povos, como o é o princípio da "soberania alimentar" conceito instalado pelas mulheres camponesas, e que hoje, se instala pelas diversas latitudes dos campos do mundo.

O diálogo de experiências e propostas que o movimento de mulheres levantou, também contou com a experiência de Leonor Aida da Rede de Mulheres Transformando a Economia (REMTE) no México, que explicou como ambas articulações se fortaleceram durante anos para mudar a situação das mulheres mexicanas. "A Marcha Mundial das Mulheres nos propôs uma estratégia diferente e foi a mobilização como maneira de visibilizarnos", explica Aida, quem além disso assinala que tanto a REMTE como a MMM tiveram no México a capacidade de fazer alianças estratégicas com os movimentos de mulheres para o crescimento da rede.


Este ano 2010, a MMM estabeleceu o ano da "Terceira Ação Internacional", onde o principal lema é a denúncia dos países e territórios que vivem em situação de militarização e os efeitos disto sobre a vida e territórios das mulheres.

Adriana Viera militante da MMM do Brasil, explica que esta Terceira Ação Internacional "reflete os valores da Carta das Mulheres à Humanidade os quais são a igualdade, liberdade, solidariedade, justiça e paz". As ações se iniciaram no dia 8 de março, com a recuperação do significado do dia internacional da mulher e "finalizará em outubro com um encontro em massa de militantes da MMM na República Democrática do Congo, onde se expressará a solidariedade com as mulheres do a África que vivem situações de guerra e militarização", explica Adriana.

As propostas e lutas desenvolvidas pelas mulheres da MMM, são formas de visibilizar a situação de opressão que vivem nos diversos cantos do mundo, instalando olhadas alternativas às visões hegemônicas da realidade.

No entanto, os desafios para alcançar a liberdade das mulheres são diversas, e entre elas, está a disputa pelos meios de comunicação, na busca de novas formas para transformar os meios de comunicação estruturantes do capitalismo, que oprimem e ridicularizam as mulheres não respondendo as necessidades dos povos. Assim o explica Nalú Faria, da[MMM do Brasil, quem além disso, identifica outros nós no processo emancipador] das mulheres como o são "a necessidade de construir movimentos sociais, com uma visão crítica do modelo, resignificar as estratégias de alianças para construir processos de luta comum, sendo o ponto de partida, para ditas transformações, a construção da força das mulheres, força organizada na busca de mudar as relações de poder existentes".

"Queremos que todas sejamos livres, que a igualdade, a justiça, a paz, a solidariedade e a liberdade seja para todas ou para nenhuma", concluiu Nalú.

Rocío Alorda Zelada/ Minga Informativa

Fonte: http://www.movimientos.org/fsa2010/show_text.php3?key=17901

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz