Publicada em: 13.08.2010
"Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres" é o principal lema da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), movimento internacional que está presente no IV Fórum Social Américas 2010 – Assunção- território de diálogo e debate sobre as propostas das mulheres para derrotar o patriarcado, na busca de alternativas de justiça e liberdade.
As propostas alternativas frente ao neoliberalismo, não são alheias aos movimentos de mulheres, que em diversos espaços lideram propostas que oferecem transformações para alcançar sociedades equitativas. Tal é a situação da Marcha Mundial das Mulheres, movimento que neste fórum desenvolveu espaços de debate para apresentar ditas discussões, convergindo as visões de mulheres de diversos países do continente e que são militantes da MMM.
"Construindo lutas e alternativas feministas nas Américas", foi o tema que reuniu a diversas militantes da MMM de países como o Brasil, o Paraguai, o México, o Chile, o Equador o Peru e Cuba, espaço que vinculou as realidades das mulheres no continente e suas estratégias para alcançar a liberdade nas suas diversas você forma.
"Eu me pergunto quanto tempo passará até que as mulheres sejam livres? E acho que para isso têm que haver povos livres", foi a reflexão que realizou Francisca Rodríguez (Chile) de Via Camponesa (VC), que exaltou a importância das mulheres nos processos de transformação social, em suas palavras "sem feminismo não há socialismo". Assim, Francisca Rodríguez, explicou a relevância em que as mulheres participem dos processos políticos e a importância que os movimentos sociais tem na instauração de idéias transformadoras e propostas que mudam a vida dos povos, como o é o princípio da "soberania alimentar" conceito instalado pelas mulheres camponesas, e que hoje, se instala pelas diversas latitudes dos campos do mundo.
O diálogo de experiências e propostas que o movimento de mulheres levantou, também contou com a experiência de Leonor Aida da Rede de Mulheres Transformando a Economia (REMTE) no México, que explicou como ambas articulações se fortaleceram durante anos para mudar a situação das mulheres mexicanas. "A Marcha Mundial das Mulheres nos propôs uma estratégia diferente e foi a mobilização como maneira de visibilizarnos", explica Aida, quem além disso assinala que tanto a REMTE como a MMM tiveram no México a capacidade de fazer alianças estratégicas com os movimentos de mulheres para o crescimento da rede.
Este ano 2010, a MMM estabeleceu o ano da "Terceira Ação Internacional", onde o principal lema é a denúncia dos países e territórios que vivem em situação de militarização e os efeitos disto sobre a vida e territórios das mulheres.
Adriana Viera militante da MMM do Brasil, explica que esta Terceira Ação Internacional "reflete os valores da Carta das Mulheres à Humanidade os quais são a igualdade, liberdade, solidariedade, justiça e paz". As ações se iniciaram no dia 8 de março, com a recuperação do significado do dia internacional da mulher e "finalizará em outubro com um encontro em massa de militantes da MMM na República Democrática do Congo, onde se expressará a solidariedade com as mulheres do a África que vivem situações de guerra e militarização", explica Adriana.
As propostas e lutas desenvolvidas pelas mulheres da MMM, são formas de visibilizar a situação de opressão que vivem nos diversos cantos do mundo, instalando olhadas alternativas às visões hegemônicas da realidade.
No entanto, os desafios para alcançar a liberdade das mulheres são diversas, e entre elas, está a disputa pelos meios de comunicação, na busca de novas formas para transformar os meios de comunicação estruturantes do capitalismo, que oprimem e ridicularizam as mulheres não respondendo as necessidades dos povos. Assim o explica Nalú Faria, da[MMM do Brasil, quem além disso, identifica outros nós no processo emancipador] das mulheres como o são "a necessidade de construir movimentos sociais, com uma visão crítica do modelo, resignificar as estratégias de alianças para construir processos de luta comum, sendo o ponto de partida, para ditas transformações, a construção da força das mulheres, força organizada na busca de mudar as relações de poder existentes".
"Queremos que todas sejamos livres, que a igualdade, a justiça, a paz, a solidariedade e a liberdade seja para todas ou para nenhuma", concluiu Nalú.
Rocío Alorda Zelada/ Minga Informativa
As propostas alternativas frente ao neoliberalismo, não são alheias aos movimentos de mulheres, que em diversos espaços lideram propostas que oferecem transformações para alcançar sociedades equitativas. Tal é a situação da Marcha Mundial das Mulheres, movimento que neste fórum desenvolveu espaços de debate para apresentar ditas discussões, convergindo as visões de mulheres de diversos países do continente e que são militantes da MMM.
"Construindo lutas e alternativas feministas nas Américas", foi o tema que reuniu a diversas militantes da MMM de países como o Brasil, o Paraguai, o México, o Chile, o Equador o Peru e Cuba, espaço que vinculou as realidades das mulheres no continente e suas estratégias para alcançar a liberdade nas suas diversas você forma.
"Eu me pergunto quanto tempo passará até que as mulheres sejam livres? E acho que para isso têm que haver povos livres", foi a reflexão que realizou Francisca Rodríguez (Chile) de Via Camponesa (VC), que exaltou a importância das mulheres nos processos de transformação social, em suas palavras "sem feminismo não há socialismo". Assim, Francisca Rodríguez, explicou a relevância em que as mulheres participem dos processos políticos e a importância que os movimentos sociais tem na instauração de idéias transformadoras e propostas que mudam a vida dos povos, como o é o princípio da "soberania alimentar" conceito instalado pelas mulheres camponesas, e que hoje, se instala pelas diversas latitudes dos campos do mundo.
O diálogo de experiências e propostas que o movimento de mulheres levantou, também contou com a experiência de Leonor Aida da Rede de Mulheres Transformando a Economia (REMTE) no México, que explicou como ambas articulações se fortaleceram durante anos para mudar a situação das mulheres mexicanas. "A Marcha Mundial das Mulheres nos propôs uma estratégia diferente e foi a mobilização como maneira de visibilizarnos", explica Aida, quem além disso assinala que tanto a REMTE como a MMM tiveram no México a capacidade de fazer alianças estratégicas com os movimentos de mulheres para o crescimento da rede.
Este ano 2010, a MMM estabeleceu o ano da "Terceira Ação Internacional", onde o principal lema é a denúncia dos países e territórios que vivem em situação de militarização e os efeitos disto sobre a vida e territórios das mulheres.
Adriana Viera militante da MMM do Brasil, explica que esta Terceira Ação Internacional "reflete os valores da Carta das Mulheres à Humanidade os quais são a igualdade, liberdade, solidariedade, justiça e paz". As ações se iniciaram no dia 8 de março, com a recuperação do significado do dia internacional da mulher e "finalizará em outubro com um encontro em massa de militantes da MMM na República Democrática do Congo, onde se expressará a solidariedade com as mulheres do a África que vivem situações de guerra e militarização", explica Adriana.
As propostas e lutas desenvolvidas pelas mulheres da MMM, são formas de visibilizar a situação de opressão que vivem nos diversos cantos do mundo, instalando olhadas alternativas às visões hegemônicas da realidade.
No entanto, os desafios para alcançar a liberdade das mulheres são diversas, e entre elas, está a disputa pelos meios de comunicação, na busca de novas formas para transformar os meios de comunicação estruturantes do capitalismo, que oprimem e ridicularizam as mulheres não respondendo as necessidades dos povos. Assim o explica Nalú Faria, da[MMM do Brasil, quem além disso, identifica outros nós no processo emancipador] das mulheres como o são "a necessidade de construir movimentos sociais, com uma visão crítica do modelo, resignificar as estratégias de alianças para construir processos de luta comum, sendo o ponto de partida, para ditas transformações, a construção da força das mulheres, força organizada na busca de mudar as relações de poder existentes".
"Queremos que todas sejamos livres, que a igualdade, a justiça, a paz, a solidariedade e a liberdade seja para todas ou para nenhuma", concluiu Nalú.
Rocío Alorda Zelada/ Minga Informativa
Fonte: http://www.movimientos.org/fsa2010/show_text.php3?key=17901
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