O escritor e professor Armindo Trevisan assinou o Manifesto pela Cultura lançado pela Unidade Popular pelo Rio Grande e aproveitou para encaminhar um texto em que justifica o seu voto em tarso Genro. Confira:
Tarso é um dos raros políticos que tem condições de avaliar a problemática cultural. Ele é, inclusive, uma garantia de que é possível tirar nossa cultura do impasse em que se encontra, subvencionando-a e tornando-a, por assim dizer, um ítem da cesta básica de qualquer cidadão.
A verdade é que estamos atravessando uma fase de desânimo, de desinteresse, de desestímulo, que se reflete, de modo particular, na nossa educação, e nos setores da expressão artística: cinema, artes visuais, música, literatura, tradicionalismo, artesanato, etc.
Ao mesmo tempo que tem consciência da importância da Globalização e das inovações da Internet, Tarso conhece o lado ardiloso de tais inovações, e de seus prazeres voláteis. Ele é um dos únicos políticos que conheço para quem o binônio ética-estética é mais do que um acessório de maquiagem política…
Ética e estética, para Tarso, se complementam na incorruptibilidade do desempenho público, e na obrigação moral de promover todas as formas de criação cultural, pessoais ou coletivas.
Investir em política – sejamos razoáveis – é responsabilidade. Significa garantir um mínimo de espaço à liberdade pessoal dos cidadãos, e promover mitos e utopias do inconsciente coletivo. Porque, sem a memória histórica, sem a sensibilidade e a imaginação criadoras dos cérebros e dos corações mais lúcidos e projetivos, o exercício político acaba esterilizando-se em miragens sócio-econômicas que não preservam nem a identidade do povo, nem sua capacidade de enfrentar os desafios da distribuição de renda.
FOTO: Site da Editora L&PM
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