Terça-feira, 26 de janeiro de 2010 às 22:22
Sugestão ao 10º Fórum Social Mundial: estabelecer um ano de solidariedade ao Haiti
Em vez de tomar diversas decisões, o 10º Fórum Social Mundial deveria tomar apenas uma em 2010: dedicar o ano ao povo do Haiti e à reconstrução do país que foi arrasado no início do mês por um terremoto. A sugestão foi feita nesta terça-feira (26/1) pelo presidente Lula em discurso no plenário do evento realizado no ginásio Gigantinho, em Porto Alegre (RS):O presidente lembrou que o que acontecia no Haiti até hoje era puro descaso, falta de respeito com o direito sagrado da população haitiana de ter cidadania, e que o Brasil tem trabalhado para resgatar esse direito e consolidar a democracia no país caribenho.
Ouça aqui a íntegra do discurso do presidente no evento:
Lula afirmou que tem orgulho de estar promovendo no Brasil a mais consolidada política de inclusão social do mundo, mesmo sabendo que ainda falta muita coisa a ser feita. Talvez, afirmou o presidente, sejam precisos mais 10 anos, 15 anos, mas já é possível ver o significado das coisas que estão acontecendo no Brasil: de que é possível consolidar um novo Brasil, uma nova América Latina, uma nova África.
Da mesma forma, o Brasil tem estabelecido políticas voltadas para a África, cujo povo ajudou a construir o nosso País, a nossa cor, a nossa gente, afirmou Lula. E essa divida com a África não pode ser paga apenas com dinheiro, mas também em gesto e em solidariedade. Citou o trabalho desenvolvido pela Embrapa em alguns países africanos, como Gana, para ajudar a África a alimentar seu povo e a se tornar até mesmo em exportador de alimentos. A potencialidade da savana africana, afirmou Lula, é a mesma do centro oeste brasileiro. Mas para isso, a Europa precisa abrir suas fronteiras aos produtos agrícolas africanos e abrir mão de subsídios aos seus produtores, como vem fazendo.
Lula falou ainda de sua ida à reunião de Davos, na Suíça, sexta-feira (29/1), que reúne representantes de grandes corporações e países desenvolvidos -- a exemplo do que fez em 2003. Este ano Lula receberá em Davos o prêmio de "Estadista Global".
O presidente afirmou que mostrará orgulhoso aos participantes da reunião de Davos que ele, um torneio mecânico, foi quem mais criou universidades e escolas técnicas profissionais no Brasil. Disse ainda que o sistema financeiro internacional, que estará representado no encontro na Suíça, não pode mais ditar as regras do jogo, porque tem responsabilidade direta pela crise econômica do ano passado.
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