Faltando um mês para o plebiscito sobre a anulação da privatização da Vale do Rio Doce, os movimentos sociais realizam campanha pela anulação da venda da companhia. Os debates estão acontecendo em todos os 27 estados do Brasil. A reportagem é da Agência de Notícias Chasque, 1-08-2007.
No Rio Grande do Sul, a campanha começou no dia 13 de julho, com a realização de um seminário com organizações sociais de várias partes do estado. Na ocasião, ficou definido que cada região terá autonomia para fazer os trabalhos de conscientização, como explica Clarice Dal Medico, integrante da Pastoral Operária.
"Cada região vai ter sua autonomia para poder fazer o trabalho. O objetivo não é centralizar todo ele no regional. Tem uma secretaria que é operativa, de distribuição de material. Mas, enquanto debate político e a importância de realização do plebiscito, ela vai se dar em cada região, em cada município, puxado pelas entidades, movimentos, pastorais, que têm no Estado do Rio Grande do Sul", afirma.
O ponto alto da campanha vai ser o plebiscito, que ocorre entre os dias 1º e 7 de setembro, junto com a Semana da Pátria. Nestes dias, a população pode votar em cinco perguntas, quatro referentes à Vale do Rio Doce e uma específica para o Rio Grande do Sul, sobre os pedágios.
Clarice fala sobre a importância da Vale ser uma empresa pública. "O objetivo central do plebiscito é esse, é mostrar qual é o interesse do povo brasileiro quando se fala de patrimônio público. Patrimônio público não é para ficar na mão das empresas privadas, é para ficar na mão da população, e que possa gerar resultados econômicos na área social, na área de educação, na área de reforma agrária, na área de saúde", diz.
A Companhia Vale do Rio Doce foi vendida em um leilão em 1997 por 3 bilhões e 300 milhões de reais. Hoje, seu valor de mercado está avaliado em mais de 200 bilhões de reais, com faturamento bruto de mais de 70 bilhões de reais.
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