Assisti a abertura do PAN pela televisão, e li os textos publicados no IHU On-line de 14/07/2007 - "As vaias no Pan" e "A vaia do Rio de Janeiro branco", e diante disso, gostaria de expressar minha opinião sobre os fatos ocorridos, intitulados como "quebra de protocolo" ou a "gafe do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Co-Rio, Carlos Arthur Nuzman".
Acho ingênuo acreditar que em um evento como o PAN possa ter havido "quebra de protocolo" ou "gafe", mas na verdade o que ocorreu foi mais uma demonstração do "ódio de classe da burguesia brasileira", como já bem se pronunciou Jorge Borhausen (DEM), cuja declaração foi muito bem analisada pelo sociólogo Emir Sader (em artigo publicado na Agência Carta Maior, em 28/8/2005), a quem respeito e admiro pela clareza de idéias.
Como descreve David Coimbra (artigo "A vaia do Rio de Janeiro branco"), as pessoas que estavam presentes no Maracanã no dia 13/07/2007 eram as que formam "o Rio de Janeiro branco", os "bem nascidos e bem alimentados". Não haviam pobres, negros, e todos os excluídos do sistema capitalista mundial..., nem na platéia e muito menos no Comitê Olimpico Brasileiro.
Por isso, reitero que não acredito no que a mídia oligárquica ousa chamar de "quebra de protocolo" ou "gafe". Mas, os fatos que marcaram a abertura do PAN como uma "festa" excludente e burguesa, devem-se a divisão do Brasil em dois: "o Brasil branco, que trabalha, ri, se diverte e protagoniza uma festa tão magnífica como a de ontem. E o Brasil que vive à margem, subnutrido, revoltado, muitas vezes de fuzil na mão, como nas favelas do Rio", como definiu Coimbra.
mfernandams
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