Páginas

pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

21.7.17

Júlio Lancellotti: ‘A população tem que reagir, porque num dia é o pobre e no outro são todos’

DIREITOS HUMANOS

Júlio Lancellotti: 'A população tem que reagir, porque num dia é o pobre e no outro são todos'

Padre da Pastoral do Povo de Rua destacou como fator positivo a reação indignada dos moradores de Pinheiros que testemunharam o assassinato de Ricardo Silva Nascimento
por Redação RBA publicado 20/07/2017 13h41, última modificação 20/07/2017 13h58
ROBERTO PARIZOTTI / CUT
missa na se197.jpg

"Essa cidade será linda e humana se os pobres forem defendidos", diz Júlio Lancellotti

São Paulo – "O que o prefeito precisa fazer é dar ordem para não tirar os cobertores. Porque tem muitas pessoas que estão dando cobertores e tem um grupo só que tira: a prefeitura de São Paulo." É assim que o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, avalia a ação do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), que na quarta-feira (19) distribuiu cobertores a moradores de rua. A iniciativa aconteceu após a repercussão negativa do episódio em que a equipe de limpeza urbana da prefeitura acordou pessoas em situação de rua na Praça da Sé com jatos de água.

"Tristemente, a limpeza urbana jogou água fria nos moradores de rua que estavam lá e o prefeito disse que foi por acaso, que erraram o alvo. É inaceitável. Há um decreto nesse sentido de tirar as coisas do povo da rua durante o inverno e só tem uma palavra para explicar isso: covardia", aponta o religioso, em entrevista concedida à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

O padre também comentou a respeito da retirada dos pertences de moradores de rua feita pela prefeitura. Em 21 de janeiro, Doria alterou decreto do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) que proibia a Guarda Civil Metropolitana de recolher colchões e cobertores. "Pedi, supliquei, exigi que não se tirem as coisas dos moradores de rua, especialmente no inverno. Não é para ser feito nunca, mas no inverno significa iniquidade. Mais do que o prefeito sair pela rua dando cobertores, ele tem que sair exigindo que os funcionários da prefeitura não tirem remédios, cobertores, calçados, agasalhos. Isso é crime de lesa-humanidade."

Lancellotti, que participou ontem da missa de sétimo dia em homenagem a Ricardo Silva Nascimento, o Negão, morto pela polícia na semana passada, analisou como um fato positivo moradores do bairro de Pinheiros, de classe média, terem reagido contra o assassinato do catador.

"Foi uma coisa muito boa esse grupo ter reagido, e por isso eles tiraram rapidamente o corpo de lá. A reação estava muito forte e ontem também o povo da rua reagiu quando foram distribuir cobertores na Marechal Deodoro. Aqueles mesmos que tiram, o povo disse para ir embora. E aconteceu isso em Pinheiros, a população se revoltou e a população tem que reagir, porque num dia é o pobre e no outro são todos", pondera. "Essa cidade será linda e humana se os pobres forem defendidos".


Entrevista do padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, na Rádio Brasil Atual:

'Jogar água fria em moradores de rua nesse frio é crime de lesa-humanidade': 

https://soundcloud.com/redebrasilatual/jogar-agua-fria-em-moradores-de-rua-nesse-frio-e-crime-de-lesa-humanidade 



http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2017/07/julio-lancellotti-populacao-tem-que-reagir-porque-num-dia-e-o-pobre-e-no-outro-sao-todos







Nenhum comentário:


Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz