Por que os médicos cubanos assustam
Publicado em: 09/05/2013 18:38:00
             Elite corporativista teme mudança de foco que abale                o nosso sistema mercantil de saúde 
              
              A virulenta reação do Conselho Federal de Medicina contra a              vinda de 6 mil médicos cubanos para trabalhar em áreas              absolutamente carentes do país é muito mais do que uma              atitude corporativista: expõe o pavor que uma certa elite da              classe médica tem diante dos êxitos inevitáveis do modelo              adotado na ilha, que prioriza a prevenção e a educação para              a saúde, reduzindo não apenas os índices de enfermidades,              mas sobretudo a necessidade de atendimento e os custos com a              saúde. 
              
              Essa não é a primeira investida radical do CFM e da              Associação Médica Brasileira contra a prática vitoriosa dos              médicos cubanos entre nós. 
              
              Em 2005, quando o governador de Tocantins não conseguia              médicos para a maioria dos seus pequenos e afastados              municípios, recorreu a um convênio com Cuba e viu o quadro              de saúde mudar rapidamente com a presença de apenas uma              centena de profissionais daquele país. 
              
              A reação das entidades médicas de Tocantins, comprometidas              com a baixa qualidade da medicina pública que favorece o              atendimento privado, foi quase de desespero. 
              
              Elas só descansaram quando obtiveram uma liminar de um juiz              de primeira instância determinando em 2007 a imediata              “expulsão” dos médicos cubanos.
              
              
              No Brasil, o apego às grandes cidades
              
              Dos 371.788 médicos brasileiros, 260.251 estão nas regiões              Sul e Sudeste
               
              Neste momento, o governo da presidenta Dilma Rousseff só              está cogitando de trazer os médicos cubanos, responsáveis              pelos melhores índices de saúde do Continente, diante da              impossibilidade de assegurar a presença de profissionais              brasileiros em mais de um milhar de municípios, mesmo com a              oferta de vencimentos bem superiores aos pagos nos grandes              centros urbanos.
            
Fonte: Blog do Briguilino
http://www.cebes.org.br/internaEditoria.asp?idConteudo=4398&idSubCategoria=30
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