"Jamais em 200 anos se mentiu tanto sobre um homem", diz Maduro sobre Chávez
Atualizada às 16h42.
“Não teve líder na história de nossa pátria mais vilipendiado, mais atacado que Hugo Chávez”, afirmou Nicolás Maduro, nesta sexta-feira (08/03), durante a cerimônia oficial de funeral do líder venezuelano. “Jamais em 200 anos se mentiu tanto sobre um homem, nem aqui nem no mundo”, disse o presidente em exercício, em seu discurso de homenagem.
Com a participação mais de 30 chefes de Estado - inclusive a do iraniano Mahmud Ahmadinejad, que beijou o caixão de Chávez e foi aplaudido de pé pelos presentes -, o ato foi realizado na Academia Militar do país e contou com cerimonial regilioso, musical e minutos de silêncio por grupos de representantes de diferentes países.
Agência Efe
Em seu discurso, realizado ao final da cerimônia, Maduro afirmou que Chávez superou os ataques contra si porque “tinha dentro de si o escudo mais poderoso que um ser humano pode ter, sua pureza, sua verdade. Seu amor o salvou da injúria”, expressou, antes de ter a voz embargada pelo choro.
Maduro disse ainda que “Chávez foi embora vitorioso” e, se dirigindo ao falecido, expressou: “Você continuará sendo presidente em função”. O político também ressaltou que “a vida inteira” do líder bolivarianista “foi seu testamento”, e que os humildes do mundo, os desesperançados, os oprimidos “de todos os tempos e todas as horas” e os netos dos escravos “são seu testamento vivo”.
“Se alguém quer saber quem é Hugo Chávez de verdade, leiam a constituição, essa é sua letra e sua ação. A constituição aprovada pelo povo, aqui está o nosso guia. Tudo o que hoje somos está aqui”, disse, exibindo o grosso livreto da Constituição venezuelana.
Maduro encerrou o discurso com a exclamação "Missão cumprida, comandante!" e com a expressão que vem sendo frequentemente repetida nas ruas por simpatizantes do líder venezuelano: "Chávez Vive, a luta segue!". "Hasta la victoria siempre, comandante", disse o então vice de Chávez, que jurará ainda nesta sexta-feira como presidente interino do país.
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