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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

21.12.11

NATAL

Natal 2010

 

Dom Pedro Casaldáliga

 

É difícil detectar O Anúncio
em meio a tantos anúncios que nos invadem.

Ainda existe Natal?
Natal é a Boa Nova?
Natal é também Páscoa?

Sabemos que «não há lugar para eles».
Sabemos que há lugar para todos,
até para Deus...

O boi e a mula,
fugindo do latifúndio,
se refugiaram nos olhos desta Criança.

A fome não é só um problema social,
é um crime mundial.

Contra o Agro-Negócio capitalista,
a Agro-Vida, o Bem Viver.

Tudo pode ser mentira,
menos a verdade de que Deus é Amor
e de que toda a Humanidade
é uma só família.

Deus continua entrando por debaixo,
pequeno, pobre, impotente,
mas trazendo-nos a sua Paz.

A dona Maria e o seu José
continuam na comunidade.
A Veva continua sendo tapirapé.
O sangue dos mártires
continua fecundando a primavera alternativa.
Os cajados dos pastores
(e do Parkinson também),
as bandeiras militantes,
as mãos solidárias
e os cantos da juventude
continuam alentando a Caminhada.

As estrelas só se enxergam de noite.
E de noite surge o Ressuscitado.

«Não tenhais medo».

Em coerência, com teimosia e na Esperança,
sejamos cada dia Natal,
cada dia sejamos Páscoa.

Amém, Axé, Awire, Aleluia.

 

Pedro Casaldáliga,

 

 

 

Fonte:

http://www.cebi.org.br/noticia.php?secaoId=7&noticiaId=1652

 

Articulos, textos y entrevistas de èdro Casaldáliga:

http://servicioskoinonia.org/Casaldaliga/textos/

http://www.prelaziasaofelixdoaraguaia.org.br/poesias_pedro.htm

 

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz