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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

4.2.07

VIVER (MORRER) NO IRAQUE




Nada sintetiza melhor o mundo de hoje do que viver no Iraque. Dezenas de mortos por dia, em qualquer lugar, a qualquer hora, de qualquer maneira. Corpos de mulheres, de crianças, de idosos, povoam os noticiários, sem provocar qualquer sentimento de horror e de indignação. No entanto, quem não conseguir se identificar com o inferno a que estão reduzidos os iraquianos, não tem o direito de se chamar ser humano.

Viver – e morrer – em um país invadido, massacrado, humilhado, em estado de decomposição. Viver em um país em que a primeira coisa destruída depois da invasão foram os museus, a memória da mais antiga civilização do mundo. E a primeira coisa protegida foram os poços de petróleo, combustível das guerras infinitas do império insaciável de petróleo e de destruição. Porque é uma invasão para acabar com um país e nada melhor do que acabar com sua memória, com sua história, com sua identidade, com seu passado, para que não cogite pensar em seu futuro.
Como viver um cotidiano feito de explosões, de bombardeios, de bombas, de disparos, de tropas ocupando ruas, praças, mesquitas, uma vida cheia de morte? Que mundo é este, que convive com as dezenas de mortes cotidianas, como se fosse uma catástrofe natural? Como se não tivesse sido produzida por uma guerra, por uma invasão, por mais uma agressão de um império?
O Che falou da solidão do Vientã e pediu energicamente pela unidade em apoio ao Vietnã, que lutava contra invasão do mesmo poder imperial. Houve unidade dentro do Vietnã e no apoio, o povo dos EUA se deu conta das monstruosidades que estavam cometendo.
Aquela tremenda solidão não é nada comparada com a solidão do povo iraquiano e do povo palestino. Quem, no mundo de hoje, acorrerá para impedir o extermínio desses povos? Quem lhes garantizará o direito a viver, o direito a existir? Quem perderá o medo ao império e levantará a voz, o punho, para dizer: BASTA!
Enquanto se morre diariamente no Iraque, na Palestina, não temos direito à paz, à tranqüilidade, ao presente e ao futuro. Não temos o direito a nos considerarmos humanos. Ou somos todos iraquianos e palestinos ou nos teremos tornado irremediavelmente desumanos.


Postado por Emir Sader em 02/02/2007, às 15:09

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Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz