Dou o pontapé de partida:
Que o governo Lula saia do modelo neoliberal.
Que no segundo mandato se governe realmente para os pobres e que os banqueiros não sigam ganhando como nunca e especulando como sempre.
Que as políticas sociais do governo sejam seu eixo articulador, sem depender da decisão dos ministros da área econômica.
Que se fortaleça a mídia alternativa e a tiragem e audiência dos jornais, revistas, TVs e rádios da mídia tradicional sigam despencando, consolidando sua perda de capacidade de impor seus pontos de vista conservadores à mente dos brasileiros.
Que os derrotados “formadores de opinião” dessa mídia sigam falando cada vez mais para si mesmos.
Que a resistência iraquiana se una, ao invés de combater entre si, e construa uma alternativa, para que a derrota dos EUA seja a vitória do povo iraquiano.
Que os palestinos, da mesma maneira, se unam, para fortalecer a luta por um Estado palestino.
Que alguma força, ou um conjunto delas, ou o Fórum Social Mundial, assuma a responsabilidade de buscar a paz justa e duradoura que os conflitos de guerra disseminados pela “guerra infinita” dos EUA necessitam para desaparecer.
Que o Mercosul avance no processo de integração, construindo uma moeda única, um Parlamento, integre definitivamente a Bolivia e o Equador, aproxime Cuba e conquiste o Perú, e se constitua em uma conquista irreversível como alternativa aos tratados de livre comércio com os EUA.
Que se convoque um plebiscito continental para decidir se os povos da América Latina e o Caribe preferem os tratados de livre comércio ou os processos de integração regional.
Que os jogadores jovens deixem de ir ainda meninos para os times do exterior.
Que tenhamos grandes e democráticos Jogos Panamericanos no Rio e que os países da América Latina e do Caribe conquistem o máximo de medalhas possiveis.
Que o Ministério de Cultura consiga recursos equivalentes a pelo menos 1% do Orçamento da União.
Que as taxas de juros baixem rapidamente para os patamares dos outros países do continente, pelo menos.
Que siga diminuindo o superávit fiscal e aumentando os recursos para as políticas sociais.
Que a Bolívia aprove o projeto de Constituição proposto pelo governo de Evo Morales.
Que a internet continue a ser mais lida do que a imprensa escrita.
Que não existam mais reality shows, nem Criança Esperança.
Que acabem os horríveis e inúteis programas de economia na televisão.
Que o futebol feminino consiga ter um campeonato nacional.
Que acabem esquemas como o do MSI no Corinthians.
Que a lei de fomento da cultura não perca espaço diante do fomento ao esporte.
Que as listas dos livros mais vendidos tenham menos mercadorias comerciais e mais livros do pensamento crítico e de ficção criativa.
Que Jaques Wagner, Marcelo Déda, Sergio Cabral e Eduardo Campos comecem muito bem seus governos.
Que a coordenação entre os governos federal e do Rio permita uma poítica efetiva de segurança pública.
Que a música, o cinema, o teatro, a literatura, as artes plásticas brasileiros nos brindem com grandes obras e manifestações artísticas públicas.
Que o Brasil enfim abra, definitiva e irrestritamente, todos os arquivos da ditadura.
Que as rádios comunitárias não somente deixem de ser reprimidas, como sejam incentivadas.
Que o governo apóie generalizadamente a difusão mais ampla possível dos programas de software alternativos.
Que a agricultura familiar seja incentivada, ao invés das grandes empresas de agronegócios, com os transgênicos.
Que Kirchner se reeleja na Argentina e que o Paraguai eleja, pela prmeira vez, um presidente progressista.
Que Lula não perca o primeiro ano, que deve ser o mais importante do seu segundo mandato.
Postado por Emir Sader 28/12/2006 às 18:17
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