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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

27.1.07

MONOCULTURAS PODEM DECRETAR O FIM DOS PAMPAS

Entrevista com Glayson Ariel Bencke
26/1/2007
O biólogo Glayson Ariel Bencke afirma: “As monoculturas podem decretar o fim do pampa como uma grande unidade natural e estamos diante de uma oportunidade para evitar que isso aconteça, o que não pôde ser feito com relação às nossas florestas e banhados, pois não havia consciência ecológica e não se falava em desenvolvimento sustentável quando esses ecossistemas foram explorados e degradados até quase sua exaustão”.
Bencke é graduado pela Unisinos e pós-graduado pela UNESP de Rio Claro (SP), em Zoologia. Especialista em aves (ornitólogo), atualmente trabalha como pesquisador do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. É um dos organizadores do Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Rio Grande do Sul, Edipucrs, 2003, e consultor da organização internacional de conservação das aves BirdLife International.
A entrevista a seguir foi concedida por e-mail e publicada na edição 190 da IHU On-Line de 7-8-2006.
IHU On-Line - Quais são as conseqüências da implantação de monoculturas em campos sulinos?
Glayson Ariel Bencke – Ao contrário das florestas de pinheiros do planalto, das florestas do Alto Uruguai, da Mata Atlântica em geral e dos banhados, o pampa é a única formação natural do Estado que ainda não sofreu uma redução significativa e ainda não foi totalmente fragmentada, em grande parte graças ao uso tradicional para a pecuária, atividade que não exige a supressão da vegetação natural, mas apenas a altera. As monoculturas podem decretar o fim do pampa como uma grande unidade natural e estamos diante de uma oportunidade para evitar que isso aconteça, o que não pôde ser feito em relação às nossas florestas e banhados, pois não havia consciência ecológica e não se falava em desenvolvimento sustentável quando esses ecossistemas foram explorados e degradados até quase sua exaustão. Ambientalmente, podemos falar em três categorias de impactos da implantação de monoculturas de árvores exóticas no pampa: redução da biodiversidade, redução da disponibilidade de água e salinização do solo. Não precisamos ter uma grande parte do pampa convertido em monoculturas para afetar nossa biodiversidade e nosso ambiente natural. Acontece que a maioria das espécies mais vulneráveis não ocorre em todo o pampa, mas ocupa uma região muito restrita de campos. Assim, se essa região em particular for saturada com plantios, podemos pôr em risco a sobrevivência de toda uma espécie. De forma semelhante, certas regiões têm menos água disponível do que outras, porque chove menos. Nessas regiões, grandes plantações podem reduzir o suprimento de água para os rios e arroios, transformando-os em cursos d´água temporários e causando ou intensificando as estiagens, o que traz graves conseqüências socioeconômicas e ambientais. Por fim, árvores têm raízes mais profundas do que capins e ervas dos campos nativos. Assim, movimentam depósitos de água subterrânea mais profundos, trazendo junto os sais lá acumulados. Isso pode causar a salinização do solo, algo já constatado no pampa argentino.
IHU On-Line - Para licenciar o plantio de árvores exóticas é necessário o zoneamento da área. Nos campos sulinos, isso vem sendo feito? As grandes indústrias concordam com esses zoneamentos? Efetivamente, resolve alguma coisa essa política de zoneamento?
Glayson Ariel Bencke – Sim. A Sema, através de seus órgãos executivos (Fepam, FZB e Defap), vem elaborando um zoneamento específico para orientar o licenciamento e a expansão das atividades de silvicultura no Rio Grande do Sul, visando principalmente a evitar que alguma região específica do Estado fique saturada com monoculturas de árvores exóticas (causando, por exemplo, perda de habitats importantes para espécies ameaçadas da fauna e da flora nativas) ou que haja redução na disponibilidade de água em alguma bacia hidrográfica por causa do excesso de plantios. Em geral, as grandes indústrias do setor concordam com a elaboração do zoneamento, já que não querem criar conflitos com os órgãos ambientais. Talvez as orientações do zoneamento conflitem ou até sejam incompatíveis com os planos que as indústrias têm para algumas regiões específicas do Estado. Por isso, é necessário que as regras do zoneamento sejam amplamente discutidas, para que as situações de maior conflito sejam identificadas e, na medida do possível, resolvidas, sempre tendo em mente o princípio da precaução, ou seja, não se pode expandir os plantios acima de níveis que possam representar um risco para o ambiente ou para a população. O zoneamento só será efetivo se resultar de uma discussão ampla com todos os setores envolvidos (inclusive sociedade, que, muitas vezes, se omite em questões como essa) e se houver interesse político para implementá-lo. O zoneamento não está sendo feito para atrapalhar a vida de ninguém, mas para garantir qualidade de vida à população gaúcha e a preservação do nosso rico patrimônio natural. Cabe também a nós, portanto, vigiar para que esse instrumento de gestão venha a ser bem utilizado.
Desenvolvimento e sustentabilidade Desenvolvimento pode ser sustentável, sim, mas sempre haverá uma perda ambiental até se atingir o desenvolvimento e a sustentabilidade pretendidas. É praticamente impossível pensar em ocupar e desenvolver toda uma região sem que se perca nenhum dos elementos de sua biodiversidade original, sem que se altere nenhum dos processos ecológicos dos quais ela faz parte, sem que se afete nenhuma de suas relações com regiões vizinhas. Daí entra uma questão fundamental, que é o ordenamento da ocupação do ambiente. Podemos conceber o desenvolvimento sustentável de uma região, com as perdas ambientais associadas, desde que resguardemos parte dela especificamente para a conservação da biodiversidade, onde fauna, flora e ecossistemas possam continuar existindo, evoluindo e mantendo suas relações ecológicas. O problema é que geralmente não estabelecemos limites para nossa expansão, ou seja, não estamos dispostos a abrir mão de áreas que poderiam ser desenvolvidas economicamente em favor da preservação da natureza. Nunca saímos da infância quando falamos em conservação da natureza, pois ainda não definimos bem nossos valores e nossos limites. Precisamos amadurecer como sociedade. Precisamos de “pais” que nos eduquem e nos dêem limites, senão quem nos mostrará o limite que deveríamos ter respeitado serão as catástrofes e privações do futuro.
IHU On-Line - O que vem mudando na paisagem do pampa nos últimos anos? As tradições dos homens que trabalham nos campos sulinos ainda são as mesmas?
Glayson Ariel Bencke – O que mais se vê é a conversão dos campos tradicionalmente usados para a pecuária em áreas de agricultura, o que inclui a recente introdução da silvicultura extensiva no sul do Estado. Essa transformação nos sistemas de produção certamente exige mudanças no perfil do trabalhador do campo, que acabam por desvinculá-lo de suas tradições seculares. As tradições se mantêm pelos usos e atividades tradicionais. Assim, há risco de perdermos parte de nossa identidade como gaúchos. Mas não podemos pensar na figura do gaúcho como algo estático, tipo peça de museu. A cultura e as tradições evoluem junto com as sociedades. O que não pode é mudarmos nossa cultura e nossas tradições pela imposição de interesses econômicos e pela falta de campos no futuro. É preciso garantir que nossa cultura evolua na presença de seu cenário mais típico: os campos de pecuária.
IHU On-Line - O que caracteriza (ambiental e culturalmente) o pampa gaúcho?
Glayson Ariel Bencke – O pampa gaúcho é parte de uma importante região natural com cerca de 760.000 km2, que cobre a metade sul do Rio Grande do Sul, o Uruguai e a região do Prata, na Argentina. O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro onde o bioma pampa está representado. No pampa, assim como em outras regiões de campos naturais, os ecossistemas são limitados pela disponibilidade de água. Assim, predominam na vegetação espécies da família das gramíneas (capins) e ervas. As florestas, por sua vez, são pouco expressivas, pois precisam de mais chuvas. Toda a fauna e flora dos campos está adaptada para viver em ambientes abertos, sendo intolerantes à sombra, por exemplo. Ninguém consegue imaginar uma ema ou uma perdiz vivendo dentro de uma floresta, não é mesmo? Longe de serem ecossistemas pobres em espécies, os pampas apresentam uma diversidade biológica muito grande e peculiar. A região é uma das áreas do planeta com maior diversidade de gramíneas (capins e afins). São 400 espécies só nos campos do Rio Grande do Sul. Outro dado importante é que 15% das 250 espécies ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul habitam somente campos, sendo seis mamíferos, 25 aves, um réptil, três anfíbios e três espécies de abelhas. Estão incluídos nesta lista o veado-campeiro, o gato-palheiro e águia-cinzenta, entre outros. Também há um número significativo de espécies de animais e plantas que são endêmicas do pampa, ou seja, não existem em nenhum outro lugar do planeta. No Rio Grande do Sul, destacam-se muitas espécies de cactos, de grande valor ornamental, que só existem aqui. Culturalmente, pode-se dizer que há uma identidade entre o povo gaúcho e o pampa, que são indissociáveis, pois nossas tradições estão centradas na figura do gaúcho, habituado às lidas campeiras.
IHU On-Line - Quais as alternativas que os produtores rurais podem buscar, tendo em vista o quadro atual do bioma pampa?
Glayson Ariel Bencke – Eu acredito que a alternativa ambientalmente mais saudável seja investir em uma pecuária forte, visando à produção de carne certificada, ou seja, carne gerada por meio de um sistema de manejo que mantenha as características naturais dos campos nativos e garanta a sobrevivência das espécies características desse ecossistema fantástico. Esse produto tem futuro, pois os mercados consumidores estão exigindo produtos ambientalmente “amigáveis”. Além disso, não é preciso alterar muito a cadeia produtiva já existente para produzir carne certificada e já avançamos muito em tecnologia para isso. A criação de emas consorciada à pecuária tradicional também me parece uma atividade bem promissora. O ecoturismo e o turismo cultural, explorando a paisagem dos nossos campos, as nossas tradições gaúchas e a rica história de batalhas e conquistas que envolvem o pampa é um prato cheio a ser explorado por algumas regiões. O “problema” é que essas soluções não caem prontinhas do céu como empresas de produção de celulose, mas exigem planejamento de longo prazo e investimentos para o futuro, coisa que nossos governantes ainda não estão acostumados a fazer, além de subsídios temporários.
IHU On-Line - Quando as grandes empresas não cumprem o código florestal do Estado elas são punidas? Como é essa relação entre as grandes empresas, governo, código florestal e campos sulinos?
Glayson Ariel Bencke – Prefiro falar em legislação ambiental em vez de apenas código florestal. Grandes empresas, qualquer que seja sua atividade, são punidas, sim, quando descumprem a legislação ambiental. O que acontece, às vezes, é que as empresas preferem arcar com o valor das multas a deixar de realizar uma obra ou atividade que cause impacto ambiental, pois têm um lucro maior com o dano do que sem ele. No entanto, eu tenho a expectativa de que as empresas de celulose que estão se instalando no Rio Grande do Sul irão respeitar o zoneamento, pois ele pode evitar problemas futuros para essas empresas. É preciso lembrar que em outras regiões do mundo onde a silvicultura extensiva foi desenvolvida sobre campos naturais, como na África do Sul, as empresas responsáveis precisam investir volumes de dinheiro da ordem de centenas de milhões de dólares na recuperação do ambiente que degradaram, pois esgotaram fontes de água importantes para a população e eliminaram o habitat de espécies de animais endêmicos e ameaçados. O mesmo poderia facilmente acontecer aqui. Portanto, as empresas também têm a ganhar seguindo regras claras que visem ao bem de todos, pois assim evitam conflitos futuros.

25.1.07

ESCOLA DE FORMAÇÃO FÉ, POLÍTICA E TRABALHO 2007

A "Escola de Formação Fé, Política e Trabalho 2007" da Diocese de Caxias do Sul (Coordenação Diocesana de Pastoral) em parceria com a UNISINOS, é destinada à lideranças comunitárias, sociais, sindicais, agentes de pastoral, professores, funcionários públicos, vereadores, estudantes e lideranças de organizações populares. Serão 10 etapas durante os meses de março a dezembro, sempre no terceiro final de cada mês, totalizando 170 horas/aulas, com certificado da UNISINOS. As inscrições podem ser feitas até dia 1º de março de 2007.

A Programação da Escola ou informações podem ser obtidas no telefone (54) 3211.50.32 ou no sítio:
http://www.diocesedecaxias.org.br/pastoral_fe_trabalho2007.php

Temas: Elementos para entender a estrutura eo funcionamento da sociedade; Visão histórica dos projetos de nação; Contexto cultural na pós-modernidade na sociedade capitalista; A crise contemporânea e as metamorfoses no mundo do trabalho; O pricípio da cooperação nas relações humanas, de produção e sociabilidade; A dignidade humana e a bio tecnologia; Metodologia e poder; Os projetos dos partidos políticos e políticas públicas: uma aposta na democracia; Sociedade sustentével e fundamento ético ético de uma consciência planetária; Desafios da relação "ética, fé e espiritualidade política".

23.1.07

As "surpresas" da América Latina

Para quem não conhece e não acompanha, a América Latina traz sempre “supresas” (O livro que estou escrevendo se chamará “A nova toupeira”, para designar esse fenômeno). O que acontece na Venezuela, na Bolívia, no Equador pega desprevenida a direita, que detesta a América Latina e que revela particular ignorância sobre o tema. (Noriega confundido com Daniel Ortega; afirmação de que a Bolívia seria o único país andino que não teria assinado tratado de livre comércio com os EUA, desconhecendo que foi tema central das grandes mobilizações de abril de 2006 no Equador, que desembocaram na vitória de Rafael Correa, que se propõe a ingressar no Mercosul: estas todas por conta de uma editora da FSP, entre tantas outras demonstrações de ignorância).
Passada a histeria antichavista – depois de terem sido pautados a semana inteira por Hugo Chávez -, a ressaca leva ao reconhecimento de que “algo de importante mudou na América Latina”. Não sabem o quê, como não entenderam porque Lula ganhou as eleições do ano passado e porque Cuba e a Venezuela são os dois únicos países do continente que, conforme a Unesco, terminaram com o analfabetismo.
Como é impossível pensar a América Latina sem a colonização e a escravidão que o capitalismo nos impôs – e portanto, sem pensar o capitalismo – e, atualmente, sem incluir o imperialismo estadunidense, a direita não consegue pensar a América Latina. Como não consegue pensar o nosso continente, tenta descaracterizá-lo: não haveria uma América Latina, como se as distâncias entre o Equador e o Haiti, o México e a Argentina, a Guatemala e o Brasil, fossem maiores das que existem entre a Bélgica e a Itália, Portugal e a Alemanha, a Espanha e a Grécia.Como querem entender a América Latina e o mundo se desconhecem o fenômeno mais abrangente e determinante do nosso tempo – o imperialismo -, não conseguem captar a atualidade do nacionalismo e sua dimensão integradora no continente.
Como não querem resistir ao neoliberalismo, ao contrário dos povos do continente, que reiteradamente têm votado contra os candidatos que pregam esse modelo – tal qual no Brasil -, não entendem o papel do Estado como regulador da economia, como garantia de direitos sociais, como afirmador da soberania, como instrumento da integraçáo latino-americana.
Aconteceram, então, duas reuniões na semana passada no Rio: a que realmente houve e a que foi noticiada pela imprensa oligárquica. Assim como também há duas América Latinas: a real, a de Hugo Chávez, de Evo Morales, de Fidel, de Krichner, de Lula, de Tabaré Vazquez, de Rafael Correa, de Daniel Ortega e dos povos que os elegeram e reelegeram, e a outra, a da direita, com a grande mídia incluída. Logo podem viver novas surpresas, com o Paraguai.
É um continente que não se deixa aprisionar pelos esquemas liberais e eurocentristas, que se rebela, que constrói e reconstrói suas alterantivas de novas maneiras, aprendendo das experiências passadas e refazendo sua história presente. Promovendo as surpresas que fazem da América Latina a nova toupeira do século XXI.

Postado por Emir Sader 22/01/2007 às 15:42

21.1.07

VII Foro Social Mundial

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Desde el Centro Deportivo Internacional Moi, en el corazón de Nairobi, se realizaron más de 300 actividades
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Este domingo continúan las jornadas de debate en el VII Foro Social Mundial (FSM) celebrado en Nairobi, Kenia. El encuentro que finalizará el jueves, pretende plantear propuestas concretas para lograr "un mundo mejor". Más de 300 actividades se realizaron durante el segundo día de esta importante cita mundial.

Foro Social Mundial: De Porto Alegre a Nairobi

TeleSUR _ 13/01/07 - 14:11
EL FSM tiene una corta vida de siete años. Nació en enero del 2001 en Porto Alegre, Brasil, cuando la sociedad civil planetaria se auto convocó por primera vez en tanto el "anti-Davos del Sur" con la consigna de "otro mundo es posible".
Desde entonces hasta el presente, el FSM logró un desarrollo casi explosivo.
Pasó de 20 mil participantes en su primera edición a más de 150 mil en su quinta convocatoria en el 2005. Se expandió en decenas de cónclaves continentales, en centenas de foros nacionales, regionales o temáticos, convirtiéndose en el más novedoso e importante espacio altermundialista. Luego de una pausa a nivel mundial en el 2006 – cuando se realizaron tres eventos descentralizados en Caracas, Bamako y Karachi-, el FSM volverá a encontrarse, nuevamente centralizado, en una convocatoria única. Será entre el 20 y el 25 de enero del 2007, por primera vez en África. "El FSM en Nairobi será portador de varias innovaciones importantes", señala Chico Whitaker. A nivel metodológico, explica Whitaker, los tres primeros días se realizarán actividadesautogestionadas agrupadas no más por temas teóricos sino por objetivos comunes de lucha. Y la cuarta jornada – la del 24 de enero- será dedicada "a planear y hacer más visible la agenda del para identificar nuevas convergencias, proponer nuevas luchas y campañas. Esto significará un salto cualitativo, concreto".
Por otra parte, "las actividades e iniciativas africanas tendrán un lugar primordial en el programa. África, cuña de la humanidad, se convertirá en Nairobi en el centro del mundo", sentencia. "Y todo indica que la cita kenyana será trascendente. Participarán varias decenas de miles de personas, muchas de las cuales llegarán de todo el continente. Las señales confirman que el FSM 2007 será uno de los mejores, un "verdadero encuentro de los pueblos y naciones africanas con todo el mundo y un reencuentro del mundo con África".

''Marcha por la Paz'' inauguró VII Foro Social Mundial

Con una multitudinaria marcha al corazón de Nairibi, se dió inicio a la cita social del mundo
La ciudad de Nairobi, capital de Kenia, es la anfitriona de la séptima edición del Foro Social Mundial (FSM), que éste sábado abrió sus puertas y durante cinco días reunirá a más de 100 mil participantes de todo el mundo con el desafío de proponer acciones específicas en contra de los males del mundo.
TeleSUR _ 20/01/07 - 12:05 CCS
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Este sábado inició en Kenia, el VII Foro Social Mundial (FSM) que hasta el próximo día 25 será el centro de debates de las más heterogéneas ideas que, desde hace siete años, buscan hacer frente a los impactos de la globalización neoliberal en el mundo.
La cita, que este año se realiza por primera vez en el continente africano, el más pobre del mundo, se inició en horas de la mañana de este sábado con una marcha multitudinaria que comenzó en el suburbio de Kibera, una de los mayores barrios de África, y llegó hasta el parque de Uhuru (libertad, en lengua swahili), a primera hora de la tarde, donde se celebraró la ceremonia oficial de apertura del Foro.
''El Foro debe permitir implicar mejor a los africanos en la lucha contra el liberalismo salvaje. Esta manifestación y el Foro atraerán a más gente a las organizaciones y nos harán más fuertes'', aseguró Tabitho Mutiso, una keniata que participa en el comité de organización del FSM.
Con una pancarta en la que rezaba ''es posible construir un mundo diferente'', los manifestantes, al ritmo de tambores, iniciaron la marcha. Entre otros letreros, también se podía leer ''Bush, terrorista número uno''.
Una vez en el parque, ubicado en el corazón de Nairobi, inició la gran celebración que estuvo amenizada por los conciertos de la sudafricana Yvonne Chaka Chaka, los kenianos Eric Wainaina y Suzanna Owiyo y el músico de Zimbabue Oliver Mtukudzi.
Más de mil 300 actividades se realizarán en este Foro, que este año asumirá la responsabilidad de proponer una alternativa frente al injusto orden económico internacional, catalizador de la pobreza.
Los debates, mesas redondas y exposiciones de la VII edición del FSM girarán en torno a doce tópicos, entre ellos el sida, paz y conflicto, juventud, la situación de las mujeres, migraciones y diáspora, deuda externa, pobreza, los desposeídos de tierras o la privatización de bienes comunes.
Está previsto que más de cien mil personas asistan a la cita, que este año contará con la participación de los Premios Nobel de la Paz Wangari Maathai (Kenya), Adolfo Pérez Esquivel (Argentina), el arzobispo anglicano Desmond Tuto (Sudáfrica), el presidente zambiano Kenneth Kaunda y la escritora maliense Aminata Traoré, según informó el comité organizador.
También confirmaron su asistencia a la cita mundial la ex esposa de Nelson Mandela, Winnie Madikizela Mandela; la antigua Alta Comisaria de la ONU para los derechos humanos y ex presidenta de Irlanda, Mary Robinson; y la figura del altermundialismo en Africa del Oeste y ex ministra de Cultura malí Aminata Traoré.
Agenda de debates
Según Oduor Ongweng, del comité organizador keniato, en la cita habrá más de 600 actividades diarias organizadas por los movimientos participantes durante los tres primeros días de debates, por lo que, a cualquier hora del día, el visitante podrá elegir entre 200 actos que se estarán desarrollando simultáneamente.
Luego de las actividades de éste sábado, el domingo, las actividades pasarán al complejo deportivo de Kasarani, a unos veinte kilómetros del centro de la ciudad, donde se han acondicionado 3 mil metros cuadrados de espacio para celebrar los actos y exposiciones.
''Esto no es una conferencia, sino un espacio abierto en el que celebrar actividades de forma descentralizada'', explicó Ongweng.
El cuarto día de debates se dedicará a exponer propuestas de acción y de campañas por parte de distintos colectivos y por la tarde, la Nobel keniana, Wangari Maathai, liderará una marcha con los participantes para plantar miles de árboles.
El jueves 25 , se realizará la ceremonia de clausura, que tendrá lugar de nuevo en el parque Uhuru, a donde llegarán los participantes en un maratón que partirá de la barriada de Korogocho, y los que opten por andar, en vez de correr, desde la barriada de Kariobangi.
Es la primera vez que el FSM se organiza en el continente más pobre del planeta, donde las protestas contra el impacto de la globalización son a menudo las más enérgicas.
Con el lema ''Otro mundo es posible'', el FSM se celebra desde 2001, en desafío al Foro Económico Mundial de la ciudad suiza de Davos, donde anualmente se reunen representantes de los círculos de poder transnacionales.
El FSM se define así mismo como ''un espacio de encuentro que favorezca la construcción internacional de alternativas al pensamiento único neoliberal''.
Nairobi completará en esta oportunidad, siete años de una iniciativa que nació en 2001 en Porto Alegre (Brasil), donde además sesionó 2002, 2003 y 2005; en 2004 se realizó en Bombay (India), y en 2006 se realizó de forma policéntrica en Karachi (Pakistán), Caracas (Venezuela) y Bamako (Mali).
Tras inaugurarse, en 2001, con una asistencia de 20 mil personas, este año se espera que más de 100 mil se den cita en esta séptima edición de Foro Social Mundial, que este año tiene el reto de proponer acciones específicas en contra de los males del mundo.

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL

15 mil abrem FSM 2007 em Nairóbi, Quênia
Encontro pretende marcar entrada da agenda africana no movimento altermundista. Objetivo não e conquistar mais solidariedade, mas fortalecer o continente e seus movimentos.
Bia Barbosa e Verena Glass
NAIROBI, QUÊNIA – Cerca de 15 mil pessoas participaram neste sábado (20) da cerimônia de abertura da sétima edição do Fórum Social Mundial em Nairóbi, capital do Quênia. A tradicional marcha que antecedeu o evento – e que reuniu por volta de 8 mil ativistas –, no entanto, deu aos participantes uma idéia mais exata do que se pode esperar deste FSM 2007. Partindo da favela Kibera, a terceira maior da África, apresentou uma predominância absoluta de organizações africanas, muitas delas ligadas a ordens religiosas ou de cooperação e solidariedade internacionais.
Às margens, caminhavam algumas crianças ou jovens, meio tontos pela inalação de cola, mas o tom das palavras de ordem apontou para uma nova reivindicação da região: a África não deve ser estigmatizada como um caos de pobreza, doenças e conflitos, dependente da solidariedade do mundo desenvolvido. E sim uma região com um histórico rico de resistência e lutas, que exige o direito de decidir seu destino.
Pelo sim, pelo não, os europeus da marcha em sua maioria eram envolvidos com trabalhos de cooperação e solidariedade. Massimo Barbiero, italiano que vive há sete anos em Nairóbi, trabalha na comunidade católica Papa João XXIII, na favela de Kahawa Ocidental, onde vivem atualmente cinco mil pessoas. Segundo ele, apesar dos grandes problemas sociais, há um enorme potencial de desenvolvimento. “Com tudo o que existe, as crianças aqui são mais felizes que na Itália”, acredita.
Sobre o FSM, suas expectativas estão divididas. “Espero que este Fórum seja o momento para se dar voz aos pobres. Em muitos processos, há um monopólio por parte das grandes organizações não governamentais. Espero que aqui não seja assim. Acho que o Fórum é um espaço para a construção de alguma mudança no quadro de pobreza criado pela política de globalização”. Cerca de 100 pessoas da comunidade em que Barbiero trabalha foram mobilizadas para a marcha de abertura do FSM. Mas o italiano avalia que poucas pessoas em Nairóbi tomaram conhecimento do Fórum.
O orgulho e o respeito pela história de resistência da África voltou a marcar as falas da cerimônia inicial. Segundo o senegalês Taufik Ben Abdallah, membro do Comitê Africano e do Conselho Internacional do FSM, o evento no continente é importante não para que se viabilize sua pobreza nem para que adquira um caráter de caridade, mas sim para fortalecer a África. “Hoje, o primeiro mundo saqueia e quer controlar nossas riquezas. Queremos vencer essas forcas que querem nos colonizar de novo”.
Wahu Kaara, membro da Marcha Mundial das Mulheres no Quênia, completa: “E hora de colocar a nossa agenda na mesa. Temos que dizer não à divida, ao livre comércio, a todos os poderes que querem falar em nosso nome. Temos que dizer não ao terrorismo de Bush, que não há membros da Al Qaeda entre nós, que somos vigilantes. E temos que dizer que queremos um mundo inclusivo, baseado nos valores essenciais da vida. Um mundo que diz não à comodificação dos recursos naturais e a tudo que estimula a guerra de negros contra negros. Já basta!”.
Gandhi da África
Uma das presenças mais aplaudidas na cerimônia de abertura deste sétimo FSM foi o ex-presidente da Zâmbia, Kenneth Kaunda. Ninguém ligou – ou, pelo menos, reclamou – quando, sambando, ele subiu ao palco e discretamente interrompeu o show de Martinho da Vila, a estrela musical da parte artística do evento, para fazer um longo discurso sobre os desafios do movimento altermundista.
aunda foi o fundador do Partido Unido da Independência Nacional da Zâmbia, criado em 1960, quando o país ainda vivia sob o domínio branco da então Rodésia – hoje Zimbábue. Quatro anos depois, a Zâmbia conquistou sua independência e Kaunda se tornou presidente. Por cerca de 25 anos, ele governou a nação com base numa política que foi chamada de inclusiva, por uns, e de autoritária, por outros. Nacionalizou empresas importantes, apoiou os movimentos rebeldes de independência do Zimbábue e só deixou a presidência da Zâmbia em 1991.
Neste Fórum africano, Kenneth Kuanda parece ser um símbolo daquilo que os africanos buscam ate hoje: liberdade. Emocionado, ele saldou a diversidade característica do encontro, em que estão presentes “homens e mulheres, jovens e idosos, de diferentes cores, passaportes, com diferentes culturas e línguas”. “Percorremos uma longa distancia para chegar ate aqui: do trafico negreiro e do colonialismo ao apartheid. Somos uma rica variedade da nossa humanidade, preocupada com o nosso futuro”, disse Kaunda.
Ao falar de lideranças mundiais contra a exploração e a violência, o ex-presidente da Zâmbia citou Martin Luther King, Che Guevara, o próprio Gandhi e ate Fidel Castro. Mas fez questão de ressaltar a importância da participação popular nos processos de libertação – qualquer que seja seu aspecto.
“Não estamos aqui por esses lideres, como disse Gandhi. Os lideres seguem o povo. Há muitos homens e mulheres que diariamente lutam pelos direitos de todos. Cada pessoa é importante. A luta se beneficia das habilidades de cada envolvido; depende do esforço de cada pessoa; não continuaria sem a intensa cooperação de homens e mulheres em todo o mundo”, disse. “Hoje ainda temos grandes desafios: pobreza, dívida, conflitos políticos, AIDS, conflitos pela terra. Para enfrentá-los, nossa luta na África nos mostrou que precisamos trabalhar em rede. A partir da nossa experiência, sabemos que esses desafios da injustiça e da exploração podem ser superados. É este esforço coletivo que pode garantir um mundo melhor. Nossa independência não será completa sem isso”, concluiu.
Contrastes
A primeira vista, a estrutura montada pelo comitê organizador de Nairóbi para o FSM 2007 pode parecer incongruente com o discurso de integração e fortalecimento da África adotado pelos quenianos.
Montado em um enorme e moderno complexo esportivo em um bairro abastado de Nairóbi, o FSM ate tem um aspecto que poderia lembrar um evento das Nações Unidas, com grandes tendas brancas e altos preços de inscrição para participantes e atividades.
Individualmente, a inscrição custa US$ 7 para africanos, 28 para o resto do Sul (incluindo jornalistas) e 110 para os países do Norte. Mas para registrar atividades, os preços podem subir para mais de US$ 400 para as organizações participantes. Nas conversas entre estrangeiros e nativos em Nairóbi, o custo do Fórum aparece como temática reincidente quando o assunto é a dificuldade de participação maior de organizações e movimentos de base.
Mas é preciso tomar cuidado com pré-julgamentos e leituras simplistas, alerta Moema Miranda, da secretaria brasileira e do Conselho Internacional (CI) do FSM. Completamente aos cuidados dos organizadores quenianos, a estrutura do FSM 2007 foi montada segundo as possibilidades e perspectivas dos anfitriões, sem intervenção dos demais membros do CI.
Sem suporte financeiro do governo local – que foi um grande patrocinador de outras edições do FSM, principalmente no Brasil em 2001, 2002, 2003 e 2005, e na Venezuela em 2006 -, e submetido ao conceito mercantil da cooperação internacional, os quenianos se viram diante do desafio de viabilizar o evento da melhor forma possível.
“No Brasil, em 2005, o preço de inscrição foi bastante baixo, e quebrou fazendo uma dívida milionária. Alguém se perguntou quem pagou por isso? Como vamos fazer então? Só se faz Fórum onde tem governo amigo? A verdade é que o nosso movimento ainda é elitista, temos ainda que radicalizar a solidariedade. Como podemos implementar alternativas juntos se não nos encontramos? Estes são questionamentos que necessitam de respostas”, pondera Moema Miranda.
Uma visão realista do FSM 2007 e de seus participantes só será possível a partir deste domingo, primeiro dia das atividades. A se tirar pela marcha e pela cerimônia de abertura, no entanto, ficou claro que a África terá seu merecido espaço no movimento altermundista. LEIA MAIS: Veja página especial do Fórum Social 2007 www.agenciacartamaior.com.br

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL VAI AO QUÊNIA PARA REFORÇAR PRESENÇA NA ÁFRICA

JANEIRO 20-25 Depois de ter aprofundado questões latino-americanas e asiáticas nas edições anteriores, FSM se debruçará sobre Aids, migrações e guerras na África. Martinho da Vila fará espetáculo dia 20. Leia cobertura completa na Carta Maior.
Verena Glass - Carta Maior
SÃO PAULO – Desde 2001, janeiro é mês de Fórum Social Mundial. Neste período, milhares de pessoas de todo o mundo têm se juntado ao fluxo migratório altermundista rumo a Porto Alegre, no Brasil, Mumbai, na Índia, Bamako, no Mali, Caracas, na Venezuela, e agora Nairóbi, no Quênia, para construir o maior movimento de articulação e debates contra-hegemônico e antineoliberal da história.
O Fórum Social Mundial 2007, que acontece entre os dias 20 e 25 deste mês, já conta com cerca de 1200 atividades inscritas e, de acordo com os organizadores, são esperados até 80 mil participantes – número difícil de ser confirmado, porque a grande maioria deve se inscrever in loco e não antecipadamente, como tem ocorrido nas edições anteriores do FSM. Segundo o último levantamento, até agora estão credenciados cerca de 3 mil participantes não-africanos e 7 mil africanos, dos quais 60% são do Quênia.
Este ano, todas as atividades do FSM estarão concentradas em um único espaço – o centro esportivo Moi International Sports Centre, cerca de 17 km ou 1,5 a 2 horas do centro da Nairóbi. No local também será organizado o Acampamento Internacional da Juventude que, além de concentrar as atividades políticas da juventude, é uma opção mais barata de alojamento, com um custo de 10 dólares por dia (segundo informações de jornalistas que estão em Nairóbi, não é preciso levar barraca, apenas saco de dormir ou colchonete e cobertor. Tem água quente e tendas separadas para meninos e meninas).
Nas redondezas do estádio, também haverá espaço para organizações e movimentos provenientes de vários países africanos que chegarão em caravanas e montarão suas próprias tendas para baratear os custos. A maior parte das caravanas vem da Zâmbia, Tanzânia, África do Sul, Malawi, Moçambique e Angola em ônibus e até de barco.
O evento em si terá algumas novidades em relação às edições anteriores do FSM. Depois de uma larga consulta feita aos participantes do FSM em todo o mundo, a organização estabeleceu nove eixos temáticos – veja os detalhes na página www.forumsocialmundial.org.br – que serviram de referência para a inscrição de atividades (seminários, oficinas, conferências etc) por parte das entidades participantes (as chamadas atividades autogestionadas).
A novidade é que o Comitê Organizador também propôs uma série de atividades em parceria com o Conselho Internacional do FSM. Serão espaços de convergência mais ampla para aprofundar os debates sobre temas específicos – Dívida, Memória das lutas, Paz e conflito, Comércio, Mulheres, Conhecimento e informação, Meio ambiente global, Habitação, Soberania dos povos, Migrações, Trabalho, HIV/Aids, e Privatização dos bens comuns. E, por fim, no quarto e último dia do evento, reforçando a perspectiva de definição de “objetivos de ações”, as organizações deverão apresentar e socializar propostas elaboradas no decurso do Fórum.
Em resumo, o FSM terá a seguinte dinâmica: abertura com grande marcha no centro de Nairóbi e espetáculo de Martinho da Vila no dia 20; atividades auto e co-gestionadas nos dias 21, 22 e 23. No dia 24 pela manhã, ocorrerão assembléias de vários segmentos – em especial a tradicional Assembléia dos Movimentos Sociais – e serão sistematizados os debates dos dias anteriores. Pela tarde, serão organizados cinco grandes “fóruns de luta, alternativas e ações” para apresentar as propostas de ações referentes aos temas trabalhados, seguidos da marcha de encerramento.
Temas prementes
Depois de ter se aprofundado nas questões latino-americanas e asiáticas nas edições anteriores, o FSM deve expor as veias abertas da África no encontro deste ano. Em visita ao Brasil na última semana, o ativista Ntsie Bernard Mohloai, membro do Comitê Africano do FSM pela África do Sul, explicou que os temas aids, as migrações e as guerras no continente deverão ter destaque especial.
Atualmente, a região conhecida como “chifre da África” – formado por Eritréia, Somália, Etiópia e Quênia – vive um conflito agudo por conta de disputas pelo poder na Somália (com envolvimento da Etiópia e da Eritréia, e mais recentemente dos EUA, que bombardearam o país no início deste ano alegadamente para atingir núcleos da Al Qaeda). A Somália não tem um governo central desde 1991, quando bandos armados derrubaram o ditador Mohammed Siad Barre e, em seguida, voltaram-se uns contra os outros.
Os conflitos na região impedem inclusive o deslocamento de participantes do FSM por caravana por terra ou água pelo norte e oeste do Quênia, e toda a fronteira com a Somália está fechada.
Segundo Mohloai, este conflito e as últimas guerras em países como Serra Leoa, Ruanda, Angola, Libéria e República Democrática do Congo devem ser debatidas na perspectiva de apontar os atores originadores e fomentadores dos conflitos, ou seja, multinacionais que exploram as riquezas e recursos naturais e que utilizam divergências tribais como arma para defender seus interesses.
15/01/2007

20.1.07

TRATANDO DE CRECER

Fito Paez
Como decía un catalán, voy tratando de crecer
y no de sentar cabeza,
pibe de barrio buen tropero en la partida
un miembro mas del circo desesperado
un punto en un planeta, un bicho que camina
oh, oh, oh.
. Aun resuenan los acordes, de una guerra en si bemol
sin ninguna melodía, una mamá le pone nombre a su machito
y así las flores crecen junto a los cardos
y derrotan las tormentas, y se caen y levanta
noh, oh, oh.
. Todavía me emocionan ciertas voces
todavía creo en mirar a los ojos
todavía tengo en mente cambiar algo
todavía y a Dios gracias todavía.
.
El sol quema la lengua de los lagartos
la verdad es buen veneno pa' las tripas
todavía hay mucha gente que esta viva
todavía y Dios gracias todavía.
multiplicar, es la tarea, es la tarea ...
. Como canción de carnaval, se metió por el bolsillo
un cielito pa' mis hijos, un tiempo nuevo y bueno
pincelado de otras formas, tirando un poco mas
a los colores fuertes, donde el mar salude a todos
donde un beso sea moneda corriente.
.
Todavía me emocionan ciertas voces
todavía creo en mirar a los ojos
todavía tengo en mente cambiar algo
todavía y a Dios gracias todavía.
.
El sol quema la lengua de los lagartos
la verdad es buen veneno pa' las tripas
todavía hay mucha gente que esta viva
todavía y Dios gracias todavía.
Multiplicar, es la tarea, es la tarea ...

VOTOS PARA 2007

Dou o pontapé de partida:
Que o governo Lula saia do modelo neoliberal.
Que no segundo mandato se governe realmente para os pobres e que os banqueiros não sigam ganhando como nunca e especulando como sempre.
Que as políticas sociais do governo sejam seu eixo articulador, sem depender da decisão dos ministros da área econômica.
Que se fortaleça a mídia alternativa e a tiragem e audiência dos jornais, revistas, TVs e rádios da mídia tradicional sigam despencando, consolidando sua perda de capacidade de impor seus pontos de vista conservadores à mente dos brasileiros.
Que os derrotados “formadores de opinião” dessa mídia sigam falando cada vez mais para si mesmos.
Que a resistência iraquiana se una, ao invés de combater entre si, e construa uma alternativa, para que a derrota dos EUA seja a vitória do povo iraquiano.
Que os palestinos, da mesma maneira, se unam, para fortalecer a luta por um Estado palestino.
Que alguma força, ou um conjunto delas, ou o Fórum Social Mundial, assuma a responsabilidade de buscar a paz justa e duradoura que os conflitos de guerra disseminados pela “guerra infinita” dos EUA necessitam para desaparecer.
Que o Mercosul avance no processo de integração, construindo uma moeda única, um Parlamento, integre definitivamente a Bolivia e o Equador, aproxime Cuba e conquiste o Perú, e se constitua em uma conquista irreversível como alternativa aos tratados de livre comércio com os EUA.
Que se convoque um plebiscito continental para decidir se os povos da América Latina e o Caribe preferem os tratados de livre comércio ou os processos de integração regional.
Que os jogadores jovens deixem de ir ainda meninos para os times do exterior.
Que tenhamos grandes e democráticos Jogos Panamericanos no Rio e que os países da América Latina e do Caribe conquistem o máximo de medalhas possiveis.
Que o Ministério de Cultura consiga recursos equivalentes a pelo menos 1% do Orçamento da União.
Que as taxas de juros baixem rapidamente para os patamares dos outros países do continente, pelo menos.
Que siga diminuindo o superávit fiscal e aumentando os recursos para as políticas sociais.
Que a Bolívia aprove o projeto de Constituição proposto pelo governo de Evo Morales.
Que a internet continue a ser mais lida do que a imprensa escrita.
Que não existam mais reality shows, nem Criança Esperança.
Que acabem os horríveis e inúteis programas de economia na televisão.
Que o futebol feminino consiga ter um campeonato nacional.
Que acabem esquemas como o do MSI no Corinthians.
Que a lei de fomento da cultura não perca espaço diante do fomento ao esporte.
Que as listas dos livros mais vendidos tenham menos mercadorias comerciais e mais livros do pensamento crítico e de ficção criativa.
Que Jaques Wagner, Marcelo Déda, Sergio Cabral e Eduardo Campos comecem muito bem seus governos.
Que a coordenação entre os governos federal e do Rio permita uma poítica efetiva de segurança pública.
Que a música, o cinema, o teatro, a literatura, as artes plásticas brasileiros nos brindem com grandes obras e manifestações artísticas públicas.
Que o Brasil enfim abra, definitiva e irrestritamente, todos os arquivos da ditadura.
Que as rádios comunitárias não somente deixem de ser reprimidas, como sejam incentivadas.
Que o governo apóie generalizadamente a difusão mais ampla possível dos programas de software alternativos.
Que a agricultura familiar seja incentivada, ao invés das grandes empresas de agronegócios, com os transgênicos.
Que Kirchner se reeleja na Argentina e que o Paraguai eleja, pela prmeira vez, um presidente progressista.
Que Lula não perca o primeiro ano, que deve ser o mais importante do seu segundo mandato.
Postado por Emir Sader 28/12/2006 às 18:17

15.1.07

Mujeres...

"Pero existe otra soledad, una que nos es propia (...), y que no se relaciona con el amor de pareja. Es aquella, inmensa, insondable, que resulta de haber nacido en un mundo ajeno, en un mundo diseñado para otros que nos son los de tu especie. Es abrir los ojos al instante mismo de nacer y percibir el aterrizaje en un lugar donde no te esperaban, donde no fuiste bienvenida, donde a priori te instalaron como un ser de segunda categoría. No importa tu classe ni tu raza: naciste castigada. Tu anatomía sólo por ser femenina, será talagrada por la desigualdad milenaria: en ella golpeará la injusticia por ser la anatomía de una mujer. Y con ella a cuestas - lo sepas o no, tengas o no conciencia de ello - recorrerás la tierra como la perenne exiliada, como la última desheredada, maldita por habitar un espacio ya apropriado por otros, por ser arrojada al patio de atrás, a los rincones, siempre rincones retraídos y postergados. Ésa es la soledad de las mujeres desde que el mundo se creó. Invisibles. Suprimidas. Desoídas. Silenciadas. Habladas, escritas y contadas por otros, sin lenguaje, con uma media modulación. Normadas sin haber dado su parecer. Hipotecadas. La capacidad escondida, la inteligencia subterránea. Ésa es la trayectoria de nuestros genes; ésos, los modelos hacia donde volver la vista. Ése es el libro de la historia. Y en él, un par de páginas para las otras, las que nadie logró domesticar, las que no se avinieron con las virtudes femeninas, las que quisieron distinguirse, las que no se sometieron. Sí, un par de páginas para las satanizadas, las que no alcanzan a aplacar nuestro desamparo ya que no contienen un solo happy end, sólo los altos precios que pagaron por su desacato, con sus propias vidas en los peores momentos, con su cordura en otros, pero pagando. Y siempre, siempre con la soledad sobre las espaldas. Hubiera querido realizar un acto de magia: escribir el prólogo para un libro de cuentos de mujeres solas del próximo siglo y que éste incluyera sólo relatos nuevos. Si Elias Canetti tuvo razón y los escritores somos los centinelas de la metamorfosis, los testigos de los cambios sociales, ¿qué narraciones contendría ese libro? Sólo entonces podríamos comprobar si las últimas décadas de historia llegaron para quedarse, si el avance espetacular que las mujeres han protagonizado es irreversible o no, y sólo en ese instante seríamos capaces de desentrañar si la soledad era otra."
Marcela Serrano

Escritora chilena Ciudad de México, junio de 2002. (Prólogo de "Cuentos para mujeres solas")

8.1.07

Reflexões sobre o tempo...

Os critérios de avaliação da idade, da juventude ou da velhice, não podem ser os do calendário.
Ninguém é velho só porque nasceu há muito tempo ou jovem porque nasceu há pouco.
Somos velhos ou moços muito mais em função de como pensamos o mundo, da disponibilidade com que nos damos ao saber, cuja procura jamais nos cansa e cujo achado jamais nos deixa imovelmente satisfeitos.
Somos moços ou velhos muito mais em função da vivacidade, da esperança com que estamos prontos a começar tudo de novo e se o que fizemos continua a encarnar sonho nosso, sonho etnicamente válido e politicamente necessário.
Somos moços ou velhos se nos inclinarmos ou não a aceitar a mudança como sinal de vida e não a paralisação como sinal de morte... [...] Somos moços na medida em que, lutando, vamos superando os preconceitos.
FREIRE, 1995
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Fazer aniversário é bom. Nem tanto para somar mais um ano. Mas para a agradecer a Deus o dom da vida, que ultrapassa qualquer contagem de tempo.
D. Demétrio Valentini

Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz