Em vídeo, Lindbergh Farias pede mobilização social contra pauta neoliberal do Senado
Lindbergh: "É um conjunto de propostas articuladas que significam um grande retrocesso" | Foto: Reprodução/Facebook
Da RBA
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) postou vídeo em sua página no Facebook no início da tarde desta segunda-feira (15) demonstrando preocupação com a pauta da Casa, que será retomada amanhã. "Não é uma pauta qualquer, na verdade, é um conjunto de propostas articuladas que significam um grande retrocesso. A volta das políticas neoliberais que fracassaram nos anos 90 no Brasil e na América Latina. Ataque a direito dos trabalhadores, ataque a direitos constitucionais, ataques a tudo que é público e a volta do discurso das privatizações."
O petista disse ter gravado o vídeo porque acha que o movimento sindical, os movimentos sociais, o movimento estudantil precisam se mobilizar. "Nossa resistência no Senado vai depender muito da mobilização da sociedade para impedir que esta pauta regressiva contra direitos dos trabalhadores e de ataque à soberania nacional seja aprovada no Congresso.
Lindbergh lembrou do primeiro projeto da pauta, o PLS 555, o Projeto de Lei das Responsabilidades das Estatais, de autoria do senador Tasso Jereissati (PSDB), que "acaba com empresas públicas". Ele defende que o Senado derrote o PLS. "Transforma todas as empresas públicas em sociedades anônimas, que têm o lucro e as regras do mercado como prioridade. Só que a Caixa Econômica Federal têm um conjunto de atividades que são políticas públicas. Ela não ganha quando faz o Bolsa Família, quando faz o Minha Casa, Minha Vida. O BNDES, por exemplo, empresta com juros abaixo do mercado, porque sua finalidade principal é o desenvolvimento econômico nacional, ele tem que fazer desenvolvimento regional. Qual a finalidade de transformar uma empresa importante como a Embrapa em sociedade anônima?"
O senador menciona também projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que coloca limites para a dívida líquida e para a dívida bruta. "Só que do jeito que ele fez, os limites são tão rígidos que para alcançar, nós teríamos que fazer superávits primários superior a 3% do PIB. E aí, meu amigo, não tem jeito. Tem que cortar programas sociais, cortar investimentos."
"O terceiro projeto é um absurdo, é o Banco Central independente. Eu pergunto: independente de quem? Só se for do povo e da democracia, porque do jeito que está o projeto, um presidente da República eleito não vai poder nomear o presidente do Banco Central", acrescenta o parlamentar.
"O quarto ponto de pauta é a discussão do pré-sal. Você sabe que quem descobriu o pré-sal foi a Petrobras. Foram os brasileiros que descobriram o pré-sal. E hoje, a Petrobras é operadora única do consórcio e tem 30% de todas as reservas do pré-sal. Pois bem, eles querem tirar isso da Petrobras."
Lindbergh destacou também o projeto da terceirização, aprovado na Câmara e agora em discussão no Senado. "Eles querem colocar na pauta do Senado e, eu digo, este projeto só tem uma finalidade, que é reduzir salários de trabalhadores para aumentar os lucros dos empresários."
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