Dezessete manifestantes e mais dois policiais ficaram feridos durante a 13° Marcha dos Sem, realizada na cidade de Porto Alegre (RS), nesta quinta-feira (16).
.
A mobilização, que começou no Parque da Redenção, foi reprimida quando chegou em frente ao Palácio Piratini, sede do governo estadual.
.
A Brigada Militar impediu a passagem do carro de som e, em meio a uma discussão geral, balas de borracha e bombas de gás foram atiradas sobre os manifestantes.
.
O secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Quintino Severo, afirmou que todas as edições anteriores da marcha foram pacíficas e que, neste ano, a marcha seguia tranqüila até chegar ao palácio. Segundo Quintino, o episódio confirmou a truculência como uma marca do governo Yeda Crusius (PSDB).
.
“Eu não tenho dúvida de que essa forma que a governadora trata os movimentos sociais é uma política deliberada. Na verdade, isso é uma concepção de governo, é uma concepção de como tratar os movimentos sociais, de como tratar as diferenças. É assim que essa concepção, essa política, tem tratado aqueles que discordam ou reivindicam alguma coisa do governo. E lamentavelmente, ontem, quando a gente denunciava isso, mais uma vez se repetiu na prática essa política.”
.
Além do protesto contra a repressão que os movimentos sociais vêm sofrendo, Quintino afirmou que a marcha também reivindicava o fortalecimento das políticas públicas voltadas para a produção de alimentos e o investimento em educação.
.
“A governadora tem se mostrado contrária à implantação do piso nacional de educação, aprovado no Congresso Nacional e sancionado pelo presidente da república.”
.
De São Paulo, da Radioagência NP, Vinicius Mansur.
Nenhum comentário:
Postar um comentário