pergunta:
Emir Sader
29.12.22
Festival do Futuro: cortejo popular e espetáculo serão 'abre-alas' da posse do Lula
14.12.22
Humanizar nossa prioridade
11.12.22
Fwd: Bajulando big techs às suas custas
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5.11.22
29.10.22
Amanhã será um lindo dia
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28.10.22
“Mito, mito”! > Pedrinho Guareschi
Nada como pensar um pouco...assim eu consigo ver melhor, discernir, descobrir coisas que saltam aos olhos, chocam... mas insistimos em não ver. Por exemplo (vão me desculpando):
Que pensar quando vemos grupos de gente que, ao ver determinada pessoa começam a gritar: "Mito, mito"! Então penso: que é mito? Confiro, vou ver o que seria, vejo o que é mitologia, o estudo dos mitos, e constato que o significado primeiro e direto é que mito seria um deus, uma divindade... Então logo concluo: esses que estão gritando atrás de alguém "mito, mito"! devem estar clamando por uma divindade, certamente para louvá-la, ou pedir-lhe socorro, ajuda... Tudo bem! Cada um procura o mito, o deus que o possa aliviar, socorrer...
Agora: fico estarrecido quando vejo aglomerações desse tipo, por exemplo, diante da Basílica de Aparecida, que o povo chama carinhosamente de "Casa da Mãe", e supõe-se que terão ido lá para orar, se encontrar, pedir graças... e certamente ao Filho dessa Mãe querida, Jesus de Nazaré, filho de nosso bom Pai do céu. Mas não! Estão lá gritando para outro, um "mito"! Mas então não pode ser o Jesus de Nazaré...deve ser outro! Quem seria esse novo deus, essa nova divindade, ao qual gritam e chamam de mito? Não é de ficar estarrecido? Quem consegue ainda pensar, vai logo perceber. Impressionante!
Fiquei feliz quando vi e ouvi o Padre Redentorista, colega meu, Padre Camilo, tentando explicar: "aqui dentro a gente vem para rezar...para pedir graças!" E a Jesus da Nazaré, na Casa da Mãe. Ele não diz, mas fica logo claro que os que estão gritando "mito, mito" estão se referindo a um outro deus, outra divindade. Ou não?
Termino: nas Escrituras muitas vezes o povo tentou criar outros deuses, como o bezerro de ouro, e outras divindades, que eram chamados de "ídolos", mitos. E os idólatras passavam a venerar esses "mitos", criados e instituídos como novos deuses! Agora já dá para entender um pouco,não? Feliz de quem consegue ainda pensar, meditar!
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Uma Meditação em três passos
pessoas da elite portavam um cartaz em que se lia: "Fora Paulo Freire!" Tremi. Pois Paulo Freire é um símbolo. Um novo projeto. Entendi tudo. Vi que o processo estava ferozmente sendo estraçalhado. E era verdade. Momento de destruição e de paixão! E os acontecimentos e sucederam de roldão. Cunha, a definição do corrupto, impedindo que o projeto de libertação continuasse e se retornasse à dominação escravocrata. E a elite teve sucesso. As falas dos que votavam o impeachment são preciosíssimas, pois cada uma delas revelava, hipocritamente, os interesses e os valores da elite: pela propriedade, pela família, por MINHA mulher, por MEUS filhos, por Deus...que Deus? E uma suprema blasfêmia: por um TORTURADOR convicto! (Gente! A tortura, na maioria absoluta das nações democráticas, é crime contra a humanidade!) E alguém, ainda próximo a nós, dedica seu voto a esse torturador! Pensem! E o descalabro de nosso querido país foi progredindo, através da traição de Temer – é preciso sempre gritar isso, traição, e nunca esquecer. O resto são conseqüências... E para evitar que o projeto pudesse ressurgir, prendeu-se o principal defensor desse projeto, cujo único crime fora tirar da pobreza mais de 30 milhões de brasileiros, nossas irmãs e irmãos! Foram 560 dias da prisão injusta de um inocente – reconhecida depois de todo esse tempo pelo Supremo Tribunal de Justiça! Se nós não tivermos esse segundo passo
presente em nossa mente, não compreenderemos o momento presente!
Abramos os olhos: agora, exatatamente agora, nesses dias, estamos dando um passo a mais nessa triste história que começa nos inícios de nosso século! A consciência das brasileiras e brasileiros está se dando conta de que é possível segurar a catástrofe total. E esse é o momento CRUCIAL! Permitam-me partilhar, com humildade, por onde vejo que seria importante e possível caminhar. Vejo muitas pessoas amedrontadas. Não consigo identificar por quê. O medo em nada contribui. O medo paralisa. Contra o medo, retorno de novo a Paulo Freire, temos de esperançar. Esperançar é agir na certeza de que é possível mudar. Com a história da mão. Quem não conhece a história fica cego. Nessa caminhada já avançamos muito. Penso até que além do que se imaginava. Desde a Constituinte muitos ideais e projetos começaram a ser materializados. Mas depois do golpe, muitas dessas conquistas foram sendo carcomidas e minadas, através de PECs traiçoeiras, apresentadas em conluio com os últimos governos e congressistas mancomunados para um evidente retorno à senzala, e agora mais uma subordinação vergonhosa a um capitalismo financeiro internacional. Direitos trabalhistas, direito universal à saúde, a uma educação pública e gratuita, a um salário que vai minguando...
A GRAVIDADE DO SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES 2022
Em carta, bispos brasileiros afirmam que "não cabe neutralidade" perante projeto autoritário do atual governo
Segundo os Bispos do Diálogo pelo Reino, a Igreja não tem um partido, mas tem um lado: do amor, da justiça, da liberdade religiosa e da inclusão social
"O segundo turno das eleições presidenciais de 2022 nos coloca diante de um dramático desafio. Devemos escolher, de maneira consciente e serena, pois não cabe neutralidade quando se trata de decidir sobre dois projetos de Brasil, um democrático e outro autoritário". Esse é o posicionamento dos Bispos do Diálogo pelo Reino – composto por bispos da Igreja Católica de várias regiões do Brasil –, em carta publicada no dia 24 de outubro de 2022.
No documento, os bispos denunciam a gravidade das ações do atual presidente e afirmam que seu governo é "comprometido com a 'economia que mata'" e que "menospreza as políticas públicas, porque despreza os pobres".
"Enquanto dizia 'Deus acima de tudo', o presidente ofendia as mulheres, debochava de pessoas que morriam asfixiadas, além de não demonstrar compaixão alguma com as quase 700 mil vidas perdidas para a covid-19 e com os 33 milhões de pessoas famintas em seu país. Lembramos que o Brasil havia saído do mapa da fome em 2014, por acerto dos programas sociais de governos anteriores", diz outro trecho da carta.
Os bispos afirmam, ainda, que o segundo turno "não se trata de uma disputa religiosa, nem de mera opção partidária e, tampouco, de escolher o candidato perfeito, mas de uma decisão sobre o futuro de nosso país, da democracia e do povo". Segundo eles, a Igreja não tem um partido, mas tem um lado: da justiça, da paz, da solidariedade, do amor, da igualdade, da liberdade religiosa, do Estado laico, da inclusão social e do bem viver para todas as pessoas.
Confira a íntegra da carta:
A GRAVIDADE DO SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES 2022
Irmãos e irmãs,
Somos bispos da Igreja Católica de várias regiões do Brasil, em profunda comunhão com o Papa Francisco e seu magistério e em plena comunhão com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB que, no exercício de sua missão evangelizadora, sempre se coloca na defesa dos pequeninos, da justiça e da paz. Lideramos a escrita de uma primeira Carta ao Povo de Deus, em julho de 2020. Diante da gravidade do momento atual, nos dirigimos novamente a vocês.
O segundo turno das eleições presidenciais de 2022 nos coloca diante de um dramático desafio. Devemos escolher, de maneira consciente e serena, pois não cabe neutralidade quando se trata de decidir sobre dois projetos de Brasil, um democrático e outro autoritário; um comprometido com a defesa da vida, a partir dos empobrecidos, outro comprometido com a "economia que mata" (Papa Francisco, A Alegria do Evangelho, 53); um que cuida da educação, saúde, trabalho, alimentação, cultura, outro que menospreza as políticas públicas, porque despreza os pobres. Os dois candidatos já governaram o Brasil e deram resultados diferentes para o povo e para a natureza, os quais podemos analisar.
Iluminados pelas exigências sociais e políticas de nossa fé cristã e da Doutrina Social da Igreja Católica, precisamos falar de forma clara e direta sobre o que realmente está em jogo neste momento. Jesus nos mandou ser "luz do mundo" e a luz não deve ficar escondida (Mt 5,15).
Somos testemunhas de que o atual Governo, que busca a reeleição, virou as costas para a população mais carente, principalmente no tempo da pandemia. Apenas às vésperas da eleição, lançou um programa temporário de auxílio aos necessitados. A 59ª Assembleia Geral da CNBB constatou "os alarmantes descuidos com a Terra, a violência latente, explícita e crescente, potencializada pela flexibilização da posse e porte de armas […]. Entre outros aspectos destes tempos, estão o desemprego e a falta de acesso à educação de qualidade para todos. A fome é certamente o mais cruel e criminoso deles, pois a alimentação é um direito inalienável" (Mensagem da CNBB ao Povo Brasileiro sobre o Momento Atual). A vida não é prioridade para este governo.
O chefe de Governo e seus apoiadores, principalmente políticos e religiosos, abusaram do nome de Deus para legitimar seus atos e ainda o usam para fins eleitorais. O uso do nome de Deus em vão é um desrespeito ao 2º mandamento. O abuso da religião para fins eleitoreiros foi condenado em nota oficial da presidência da CNBB (11/10/2022), para a qual "a manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil".
Enquanto dizia "Deus acima de tudo", o Presidente ofendia as mulheres, debochava de pessoas que morriam asfixiadas, além de não demonstrar compaixão alguma com as quase 700 mil vidas perdidas para a covid-19 e com os 33 milhões de pessoas famintas em seu país. Lembramos que o Brasil havia saído do mapa da fome em 2014, por acerto dos programas sociais de governos anteriores. Na prática, esse apelo a Deus é mentiroso, pois não cumpre o que Jesus apresentou como o maior dos mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (Mt 22, 37). Quem diz que ama a Deus, mas odeia o seu irmão é "mentiroso" (1Jo 4,20).
Os discursos e as medidas que visam armar todas as pessoas e eliminar os opositores estão em contradição tanto com o 5º mandamento, que diz "não matarás", quanto com a Doutrina Social da Igreja, que propõe o desarmamento e diz que "o enorme aumento das armas representa uma ameaça grave para a estabilidade e a paz" (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 508).
Vivemos quatro anos sob o reinado da mentira, do sigilo e das informações falsas. As fake news (notícias falsas veiculadas como se fossem verdades) se tornaram a forma "oficial" de comunicação do Governo com o povo. Isso fere o 8º mandamento, de não levantar falso testemunho, mas mostra também quem é o verdadeiro "senhor" dos que, perversamente, se dedicam a espalhar falsidades e ocultar informações de interesse público. Jesus diz que o Diabo é o pai da mentira (Jo 8, 44), enquanto Ele é o "caminho, a verdade e a vida" (Jo 14,6).
A Mensagem ao Povo Brasileiro, da 59ª Assembleia Geral da CNBB, alertou-nos, também, de que "nossa jovem democracia precisa ser protegida, por meio de amplo pacto nacional". No entanto, o atual governo e os parlamentares que o apoiam ameaçam modificar a composição do Supremo Tribunal Federal para criar uma maioria de apoio aos seus atos. O controle dos poderes Legislativo e Judiciário sempre foi o passo determinante para a implantação das ditaturas no mundo.
Os cristãos têm capacidade para analisar qual dos dois projetos em disputa está mais próximo dos princípios humanistas e da ecologia integral. Basta analisar com dados e números e perguntar: qual dos candidatos concorrentes valorizou mais a saúde, a educação e a superação da pobreza e da miséria e qual retirou verbas do SUS, da educação e acabou com programas sociais? Quem cuidou da natureza, principalmente, da Amazônia e quem incentivou a queima das florestas, o tráfico ilegal de madeiras e o garimpo em terras indígenas?
Não se trata de uma disputa religiosa, nem de mera opção partidária e, tampouco, de escolher o candidato perfeito, mas de uma decisão sobre o futuro de nosso país, da democracia e do povo. A Igreja não tem partido, nem nunca terá, porém ela tem lado, e sempre terá: o lado da justiça e da paz, da verdade e da solidariedade, do amor e da igualdade, da liberdade religiosa e do Estado laico, da inclusão social e do bem viver para todos. Por isso, seus ministros não podem deixar de se posicionar, quando se trata de defender a vida do ser humano e da natureza. Nossa motivação é ética e não decorre do seguimento de um líder político, nem de preferências pessoais, mas vem da fidelidade ao Evangelho de Jesus, à Doutrina Social da Igreja e ao magistério profético do Papa Francisco.
Deus abençoe o povo brasileiro e o Espírito Santo de sabedoria e verdade ilumine nossas mentes e corações, na hora de votarmos nesse segundo turno das eleições de 2022. Vejamos Jesus no rosto de cada pessoa, especialmente dos pobres que sofrem e não em autoridades humanas que os manipulam em nome de um projeto ideológico de poder político e econômico.
Em 24 de outubro de 2022, Memória de Santo Antônio Maria Claret, bispo.
Bispos do Diálogo pelo Reino
29.9.22
Uma oportunidade histórica de derrotar o golpe
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Cancion con todos
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.
Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.
Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz