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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

11.1.08

Sobre a vida...

"Que continuemos acreditando nos sonhos, nas pessoas, num outro mundo possível, fruto da luta diária de cada mulher e homem. Que a esperança, a qual estamos proibidos de pecar contra (Galeano) continue nos dizendo para avançar para águas mais profundas, arriscando nos caminhos ainda não trilhados. Vivamos intensamente, com alegria, bom humor, mente e coração."
José Antonio Somensi, janeiro de 2008

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"Os critérios de avaliação da idade, da juventude ou da velhice, não podem ser os do calendário. Ninguém é velho só porque nasceu há muito tempo ou jovem porque nasceu há pouco. Somos velhos ou moços muito mais em função de como pensamos o mundo, da disponibilidade com que nos damos ao saber, cuja procura jamais nos cansa e cujo achado jamais nos deixa imovelmente satisfeitos. Somos moços ou velhos muito mais em função da vivacidade, da esperança com que estamos prontos a começar tudo de novo e se o que fizemos continua a encarnar sonho nosso, sonho etnicamente válido e politicamente necessário. Somos moços ou velhos se nos inclinarmos ou não a aceitar a mudança como sinal de vida e não a paralisação como sinal de morte... [...] Somos moços na medida em que, lutando, vamos superando os preconceitos."
FREIRE, 1995 ............................................................................................

2008: eleições municipais

Escrito por Frei Betto
10-Jan-2008 Chamar de novo o ano que se inicia me deixa de pé atrás. Mineiro, sobra-me desconfiança. Porque novo só mesmo o avanço de um dígito no calendário anual deste século XXI.
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Ano que se inicia é como casa nova, vem junto toda a tralheira da velha. Parece aniversário, a gente muda de idade e conserva os mesmos vícios, as mesmas manias, os mesmos (des)propósitos. E ainda acha, de quebra, que não ficou mais velho. Porque ruga só se enxerga em rosto alheio.
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Este novo ano convergirá para as eleições municipais. Vai rachar na base citadina a coalizão articulada nas lúlicas altitudes do Planalto. Partidos que se bicam em Brasília haverão de quebrar o pau na disputa municipal pela cadeira de prefeito. E uma avassaladora multidão de candidatos estará de olho no mandato de vereador. Uns, porque, imbuídos de espírito cívico, aspiram sinceramente a servir à população. Outros sonham em ganhar sem trabalhar.
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Ser vereador no Brasil é prêmio da loteria eleitoral. O eleito comparece uma ou duas vezes por semana à Câmara Municipal e, graças ao cargo, dedica o resto do tempo ao que lhe dá na telha. Uns poucos se interessam de fato pela cidade; outros cuidam de seus negócios pessoais; e há ainda os que preferem a ociosidade bem remunerada, turistando mundo afora à custa do contribuinte e do erário público.
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A maioria faz tráfico de influência. É o chamado nacotraficante. De cada jeitinho dado o sujeito arranca um naco em proveito próprio: um saco de cimento aqui, a matrícula do menino ali, uma passagem rodoviária interestadual acolá...
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O bom pra eles é que nós, eleitores, votamos e, quinze dias depois, nem mais recordamos o nome do candidato. Se eleito, o sujeito fica à vontade, sem sofrer pressão de quem o elegeu. É a democracia delegativa. Nem chega a ser representativa. E está a mil anos-luz da participativa – aquela em que a sociedade civil organizada interage permanentemente com o poder público. E tem consciência de que político não é autoridade, é servidor. Nós o elegemos e lhe pagamos o salário. Autoridade é o povo, a quem ele deve prestar contas. O eleitor tem o direito de cobrar, propor, pressionar; o político, o dever de prestar contas.
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Bom seria que escolas, associações, sindicatos, igrejas, empresas etc. promovessem debates com partidos e candidatos, e exigissem, por escrito, a garantia de que cumprirão determinados compromissos. Fiz isso na última eleição para deputado federal. Houve quem se recusasse a assinar... E olha que era gente de partido pretensamente progressista. É assim, na hora do discurso, uma beleza; na hora do compromisso, uma tristeza...
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E é bom ter presente também que, neste ano, comemoram-se os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O que a direita raivosa considera “coisa de bandido”. Falta incluir na Declaração os direitos internacionais, planetários e ambientais, de modo a obrigar o governo dos EUA a tirar as patas de Cuba (Guantánamo + bloqueio) e de Porto Rico (colônia USA desde 1898, quando o processo de descolonização já ocorreu no resto do mundo).
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Bons votos e feliz 2008, querido (a) leitor (a)!

Tortura Nunca Mais!

MOVIMENTO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS

Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos
Diocese de Caxias do Sul/RS

cepdh@correios.net.br

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A população da Serra Gaúcha foi fortemente abalada pelos fatos violentos ocorridos no dia 26/12/2007 na cidade de Flores da Cunha. Diante de tais acontecimentos queremos manifestar nosso descontentamento e indignação.

Lamentamos a morte do Sargento da Brigada Militar de Flores da Cunha, Sr. Luiz Ernesto Quadros Mazui, assim como repudiamos, por inaceitáveis, os acontecimentos que se seguiram com os atos de torturas praticados pela Policia Militar contra jovens, amplamente publicados nos meios de comunicação locais.

O afastamento dos policiais militares (servidores) envolvidos e o inquérito instaurado indicam que a corporação e a sociedade não são indiferentes ante as práticas violentas.

É fundamental que haja transparência nas investigações e que se torne de conhecimento público o processo, assim como a conclusão do inquérito.

Repudiamos tais atos e apelamos para que atitudes como essas não façam parte das práticas da Brigada Militar.

Os policiais militares são operadores do direito e garantidores da justiça, e devem receber formação adequada para agir de forma a garantir os direitos dos brasileiros e brasileiras.

Nesse sentido, destacamos as palavras do Professor Dalmo Dallari[1] “a segurança não é simplista como segurança armada, isso é o último argumento. Segurança é segurança jurídica, certeza de que os direitos serão respeitados. E o papel da policia é na busca da segurança jurídica para toda a cidadania.”[2]

É de extrema importância evitar que o relacionamento da sociedade com as forças da ordem seja marcado pelo medo (como é próprio nos regimes ditatoriais), mas sim pelo respeito.

Nesse sentido, afirmamos que Segurança Pública e Acesso à Justiça são Direitos Humanos e como tal devem ser compreendidos e respeitados, sempre, por todos os agentes do Estado, as operadoras e os operadores do direito, as cidadãs e os cidadãos. Essa é uma premissa fundamental do Estado Democrático de Direito.

Que nossa segurança não venha das armas. Que nossa força não seja a violência, mas o respeito.

Caxias do Sul, 09 de janeiro de 2008.

Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos – CEPDH
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[1] Palestra proferida no ENCONTRO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 2007 - SEGURANÇA PÚBLICA, JUSTIÇA E CIDADANIA, dias 25 e 26 de setembro de 2007, no Auditório Nereu Ramos – Plenário do Anexo II da Câmara dos Deputados.
[2] Cf. Ibidem.

Insensibilidade à vivência quaresmal da comunidade cristã católica

Para estar à frente e coordenar eventos que envolvem toda a cidade é preciso ter presente o pluralismo, a tradição, a cultura, a fé de um povo. Desconsiderar um dos principais momentos da fé cristã revela uma falta de atenção à comunidade como um todo. Promover carnaval na quaresma e no inicio da Semana Santa (dias 14, 15 e 16 de março de 2008), demonstra uma falta de sensibilidade à prática religiosa que reserva este tempo para a meditação, oração, penitência. O Vigário Geral da Diocese de Caxias do Sul, Pe Leonel Pergher, sintetiza este momento: “A quaresma é um período de oração, reflexão e penitência. Tempo que dedicamos para acompanhar os passos de Jesus Cristo, seguir com Ele até o calvário e compartilhar a alegria da Ressurreição”.
"Carnaval significa "festa da carne" e era, em seus primórdios, uma festa religiosa. Às vésperas da Quaresma, diante da perspectiva de passar quarenta dias em abstinência de carne, os cristãos fartavam-se de assados e frituras entre o domingo e a "terça-feira gorda". Na quarta, revestiam-se de cinzas, evocando que do pó viemos e para o pó retornaremos, e ingressavam no período em que a Igreja celebra a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. A Quarta-feira de Cinzas instiga-nos a refletir sobre esta experiência inelutável: a morte" (Fernando Altemeyer Jr.)
Houve atenção à Festa da Uva, por ser um marco cultural da cidade, mas não houve a mesma sensibilidade e bom senso para a prática da comunidade cristã católica. “Lamentamos que numa comunidade como Caxias, que se diz de maioria católica, haja carnaval em plena Quaresma”, salienta ainda Pe. Leonel Pergher.
Pe. Gilnei Fronza, Coordenador de Pastoral
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SEMANA SANTA
Dentro da Igreja Católica, as datas religiosas são sempre muito comemoradas pelos fiéis como uma maneira de recordar, resgatar e atualizar fatos num clima de ação de graças e de louvor.
O ano litúrgico é o apêndice de todas as comemorações. Ele surgiu e se desenvolveu a partir da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A sociedade de consumo tem dado, ao longo dos anos, um caráter especial para a festa de Natal, porém, o principal evento do calendário litúrgico, é o Mistério Pascal.
O Mistério Pascal, que é a mais importante celebração cristã, constitui a Semana Santa. A Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor constituem essa semana sagrada para a Igreja e, cada um desses fatos, reúne características importantes dentro da história da Igreja. A SEMANA SANTA A origem da festa está nos costumes judaicos. Inicialmente era a festa da passagem das pastagens. O rebanho era levado de um pasto fraco para um pasto de capim viçoso. Chamava-se \"Dia da Páscoa\".
Esta festa existe antes de Moisés. Ela se combinou com a festa dos ázimos expressando o momento em que o povo de Israel passou para a agricultura, e então celebrava esta festa no princípio da colheita. O texto fundamental da narrativa da páscoa judaica está no livro do Êxodo (12, 1-13) e descreve a luta de Javé pela libertação de seu povo da escravidão do Egito, para levá-lo sobre suas asas ao encontro do Sinai e da Aliança. É uma festa de família, celebrada na noite de lua cheia no início da primavera, no 14º dia do mês das espigas, que depois do exílio, passou a se chamar Nisan.
As comunidades neotestamentárias celebravam o Mistério Pascal juntamente com a festa da Páscoa judaica. Os cristãos da Síria e Ásia Menor celebravam o mistério no dia 14 do mês Nisan, independentemente de um dia certo da semana e, em Roma, na maior parte das igrejas, o mistério era comemorado no domingo seguinte ao 14 de Nisan. Essa controvérsia quanto à data correta de comemoração do Mistério Pascal dificultava a unificação da Igreja.
A fim de diminuir as disputas sobre essa data, em 325, o Concílio Ecumênico de Nicéia prescreveu que a Páscoa deveria ser celebrada no domingo depois da primeira lua cheia da primavera daquele hemisfério, evitando assim, que ela fosse comemorada no mesmo dia da Páscoa judaica. Mais tarde, surgiu a necessidade de estabelecer uma data para essa comemoração, em função do estreitamento dos povos das mais diversas regiões.
Por causa disso, o Concílio Vaticano II estabeleceu um código que tinha como objetivo dar à festa da Páscoa um Domingo determinado e estabelecer um calendário fixo.
Com o tempo, a palavra Tríduo Sacro (Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor) foi adotada, constituindo assim, o núcleo da celebração do Mistério Pascal que, juntamente com o Domingo de Ramos e os três dias que o seguem constituem a Semana Santa. É nela que ocorre a preparação espiritual mais próxima da grande festa da Ressurreição.
A Semana Santa, que inclui o Tríduo pascal, visa recordar a Paixão e a Ressurreição de Cristo, desde a sua entrada messiânica em Jerusalém. Os ritos especiais da Semana Santa, isto é, a bênção e procissão de ramos, a transladação do Santíssimo Sacramento depois da Missa da Ceia do Senhor, a ação litúrgica da Sexta-feira da Paixão do Senhor e a Vigília pascal, podem celebrar-se em todas as igrejas e oratórios. Mas convém que, nas igrejas que não são paroquiais e nos oratórios, sejam somente celebrados se puderem ser realizados dignamente, isto é, com número conveniente de ministros, com a possibilidade de se executar ao menos algumas partes em canto, e uma suficiente freqüência de fiéis. Senão, conviria que as celebrações fossem realizadas somente na igreja paroquial e em outras igrejas maiores. Um domingo antes da Páscoa é celebrado o Domingo de Ramos. DOMINGO DE RAMOS No Domingo de Ramos, da Paixão do Senhor, a Igreja entra no mistério do seu Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado. O Domingo de Ramos foi instituído, desde o século IV, como uma maneira de recordar a entrada de Jesus de Nazaré na cidade de Jerusalém. Vários outros costumes foram empregados ao Domingo de Ramos, porém foi somente na segunda metade do século VII que o Vaticano restaurou a ordem dos Domingos da Quaresma. Atualmente, a Celebração de Ramos tem dois momentos: o primeiro, em que é feita a Bênção dos Ramos e, o segundo, onde é realizada uma missa, sendo que neste momento é feita uma reflexão sobre a Morte e Ressurreição do Senhor. Ao final da Celebração, os ramos de oliveira ou palmeira são abençoados e levados pelos fiéis para serem colocados em uma cruz nas suas casas ou sobre alguma tumba no cemitério, como um sinal de compromisso com Cristo e simbolizando a força da vida e a esperança da ressurreição. O Domingo de Ramos não é um dia apenas de contemplação, mas sim, um dia de se entregar ao caminho de Cristo e se alegrar com a chegada dele em sua vida. É nesse Domingo que a Igreja vive dois mistérios da vida de Jesus: o primeiro é representado pela procissão de ramos e relembra a entrada de Cristo em Jerusalém; o outro é a Paixão de Jesus, que vai continuar sendo celebrado durante a Semana Santa. Na Bíblia a chegada de Jesus a Jerusalém é contada nos Evangelhos de São Mateus 21, 1-11; São Marcos 11, 1-11; São Lucas 19, 28-44 e São João 12, 12-19. SEGUNDA, TERÇA E QUARTA-FEIRA SANTAS A Segunda e Terça-feira da Semana Santa não remontam aos primeiros tempos da liturgia da Igreja Católica. Porém, na Quarta-feira Santa duas celebrações faziam parte da programação: pela manhã, uma reunião comunitária simples com a liturgia da palavra e, ao anoitecer, uma missa. Segundo os princípios da Igreja, esses três dias são uma preparação para o Tríduo Sacro, ou seja, para os dias da Crucificação, Morte e Ressurreição de Jesus. QUINTA-FEIRA SANTA O significado da Quinta-feira vem ao longo dos séculos, evoluindo, principalmente devido às reformas litúrgicas introduzidas pela Igreja. Na Igreja Romana, até o século VII, a Quinta-feira Santa marcava o fim da Quaresma e do jejum penitencial, e o início do jejum na espera da Ressurreição do Senhor, a partir da Sexta-feira. Durante a manhã, a Igreja Romana só realizava a reconciliação dos penitentes e não havia a Ceia do Senhor. A partir do século VII, em Roma, eram realizadas três missas, sendo uma pela manhã, outra ao meio-dia e outra à noite. Em meados do século V, o ritual do Lava-pés passou a ser realizado em Jerusalém. A liturgia da Quinta-feira Santa ainda sofreu dois acréscimos, um deles foi a criação de um \"tabernáculo provisório\" com a função de transportar o que restou da espécies sagradas, seguindo um ritual de honra. Esse tabernáculo foi considerado pela devoção popular como sendo o sepulcro de Cristo. O outro acréscimo estabeleceu que o altar não deveria conter toalhas, flores e ornamentos a fim de representar o Despojamento de Cristo na Cruz. Alguns séculos depois as reformas continuaram. Uma celebração eucarística foi acrescentada ao início da noite, pelo Papa Pio XII, em 1955, representando a Ceia do Senhor. A benção dos santos óleos, realizada na manhã da Quinta-feira tornou-se um dia sacerdotal em que os sacerdotes renovam suas promessas. A cerimônia do Lava-pés foi uma outra celebração exigida pelo Concílio de Toledo (634) e recorda o gesto de Jesus em lavar os pés de seus discípulos, e a dizer: \"Sede assim uns com os outros\" - significando que devemos servir uns aos outros, com total humildade, gratuidade e amor. Ao final da missa da Quinta-feira Santa há a cerimônia de adoração ao Santíssimo Sacramento, geralmente com o tradicional canto em latim Tantum Ergo, ou Pange Língua em latim ou em português.
. SEXTA-FEIRA SANTA Na Sexta-feira Santa (também conhecida como Sexta-feira da Paixão ou Sexta-feira Maior) a Igreja celebra esse dia como a Morte do Senhor. É um dia de respeito, silêncio e simplicidade quando se deve recordar e compreender a dor e o sofrimento de Jesus, e refletir sobre a absolvição de todos os pecados da humanidade. Atualmente, não se celebra a Eucaristia porque a Igreja não realiza missas ou qualquer sacramento nesse dia. A celebração é dividida em Paixão Proclamada, com a liturgia da palavra; Paixão Invocada, com a solene oração universal, realizada pela Igreja para as comunidades do mundo inteiro; Paixão Venerada, com a adoração da cruz, local onde está centrada as dores de Jesus; e Paixão Comungada, com a comunhão eucarística. É nesse dia também que lê-se o relato da Paixão e se faz as procissões da Via-Sacra - ou Caminho da Cruz, com as suas quinze estações, em grandes preces pela Igreja pelo mundo, e a seguir, a adoração da Cruz. SÁBADO SANTO É chamado de Vigília Pascal, ou Sábado de Aleluia. No início do cristianismo, o Sábado Santo não tinha liturgia, e a eucaristia não era celebrada. Nesse dia, havia apenas o último exorcismo solene feito pelo bispo. No século II, a Vigília Pascal era marcada pela celebração da palavra, o batismo e a celebração eucarística. A partir do século IV, teve início a celebração do Sacratíssimo Tríduo do Senhor Crucificado, Sepultado e Ressuscitado. A utilização da expressão Tríduo Pascal só passou a ser usada em 1930. Mais tarde, no século VII, a Vigília Pascal passou a ter início na tarde do Sábado e a eucaristia era celebrada no começo da noite. As leituras começavam a partir das duas horas da tarde, havia a benção do fogo e o canto \"Exulted\". Por se passar em plena luz do dia, essa celebração passou a ter um caráter negativo pois falava em \"feliz noite\". Assim o Papa Pio V proibiu a celebração da eucaristia durante a tarde, e algumas pessoas passaram a realizar a Vigília no Sábado cedo. A fim de extinguir o conceito da festa, o Papa Urbano VIII acabou com a popularidade da Vigília. Todas essas proibições fizeram com que as celebrações sofressem mudanças radicais com a reforma litúrgica de Pio XII e o Vaticano II. Antes da reforma, a primeira parte da liturgia era reservada quase somente ao clero, aos ministros e a um pequeno grupo de convidados. Somente depois das reformas, as celebrações tomaram outro caráter. Segundo antiquíssima tradição, esta noite deve ser comemorada em honra do Senhor, e a Vigília que nela se celebra, em memória da noite santa em que Cristo ressuscitou, deve ser considerada a mãe de todas as santas Vigílias (Sto. Agostinho). Pois nela, a Igreja se mantém de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, e celebra-se com os sacramentos a Iniciação cristã. Toda a celebração da Vigília Pascal se realiza de noite; mas de maneira a não começar antes do início da noite e a terminar antes da aurora do Domingo. Esta Vigília é o cume do ano litúrgico. A noite do Sábado Santo passou a ter as seguintes partes: · A Celebração da Luz - Realiza-se perante a fogueira acesa, na qual se acende o círio pascal. A reunião dos fiéis ao redor da fogueira manifesta a participação comunitária. A antiga tradição de acender a fogueira através do atrito entre pedras tem a ver com a alusão a Cristo, que é a pedra angular e que, do túmulo escuro de pedras, nasce como luz para o mundo. · A Celebração da Círio - O Círio Pascal nasce da tradição de iluminar a noite com tochas de fogo ou muitas lâmpadas. Elas representam o Senhor ressuscitado como luz nas trevas humanas. Seguir o Círio Pascal em procissão tem grande valor simbólico, pois representa o seguimento, pois representa o seguimento de Jesus, que se apresenta como a luz do mundo e lembra o povo de Israel que seguia Moisés na escuridão em busca da libertação, iluminando somente pela fé em Javé. · A Liturgia da Palavra - Nove leituras bíblicas, sendo sete do Antigo Testamento e duas do Novo Testamento (epístola e evangelho), que podem ser diminuídas por razões pastorais. Todas estas leituras são entremeadas por salmos ou cânticos, que devem ter, além da proclamação de seu conteúdo específico, a função de dinamizar e animar a assembléia celebrante. · A Liturgia Batismal - A Igreja, desde os primeiros séculos, ligou a celebração do batismo à noite pascal, pois esta foi sempre a celebração, por excelência, da realização do batismo na comunidade cristã primitiva. · A Liturgia Eucarística - É o coração da vigília pascal. Embora as circunstâncias das comunidades urbanas sejam menos propícias, por questão de transporte e mesmo de violência, muitas comunidades rurais ou de bairros realizam um ágape ou uma confraternização após a celebração da vigília, para comemorar e celebrar de forma festiva este acontecimento fundamental da fé cristã. Quando preparado pela equipe de liturgia ou pelos membros da comunidade, deve-se estimular a participação de todos, pois este evento constitui parte integrante da celebração.
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DOMINGO DE PÁSCOA No início do cristianismo, como a Celebração Pascal celebrada no Sábado Santo durava até a madrugada não existia uma liturgia própria para o Domingo. Somente após a reforma de 1955 foi que o Domingo de Páscoa passou a ter um caráter verdadeiro. Em uma celebração muito alegre, a comunidade se reúne para exaltar Jesus Cristo que venceu as barreiras da Morte e convida todos a Ressurreição.
Fonte: www.sagrada.net.

Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz