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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

30.3.07

A BOLÍVIA PRECISA FRACASSAR








A Bolívia não pode dar certo. Um índio não pode ser um bom presidente da república. A economia do país não pode crescer sob a direção de um partido fundado nos movimentos sociais. Os recursos naturais não podem ser dirigidos por um governo composto por dirigentes indígenas e sindicais.
A Assembléia Constituinte tem que fracassar, não pode dar lugar à construção de uma Bolívia multicultural, multinacional e multiétnica, porque isto fere as teorias liberais. O governo de Evo Morales tem que fracassar na construção de uma imensa democracia social, econômica e cultural. A Bolívia tem que fracassar, para que se comprove o lema fundamental do capitalismo: “Civilização ou barbárie”, em que a civilização foi definitivamente assumida e identificada com a cultura branca, ocidental, cristã, anglo-saxã. O resto – a África, a Ásia, os índios, os negros, os mestiços da América Latina, os negros dos EUA – enfim, todos os não brancos.
Hollywood já nos ensinou: os “mocinhos” são os “cow-boys”, que lutam contra os maus – os índios os “peles vermelhas”, traiçoeiros, expressão da barbárie em pleno solo yankee. Hollywood já criminalizou os japoneses, os chineses, os coreanos, os africanos, os árabes, os mexicanos – e, através destes, todos os latino-americanos.
Já aprendemos quem é bom e quem é ruim, quem é feio e quem é bonito, quem (supostamente) ganha e quem perde.
De repente, um índio se torna presidente da república. É inaceitável. Bastou John Wayne – o “americano indômito” – descansar, para que os índios ataquem novamente. Ocupem o Palacio Quemado, dirijam ministérios, uma Assembléia Constituinte, falem em nome do povo boliviano, se apropriem das riquezas naturais – da terra, da água, do gás, do petróleo.
Se o governo da Bolívia der certo, haveria que revisar tantas coisas, haveria que rediscutir o que é civilização e o que é barbárie, haveria que questionar a dominação capitalista do mundo, a hegemonia européia e norte-americana. A ditadura do dinheiro, das armas e da palavra estaria ameaçada.
Por tudo isso e por muito mais, a Bolívia de Evo Morales não deve e não pode dar certo. Mas está dando certo. Aí começam os problemas.


Postado por Emir Sader, em 29/03/2007 às 11:32

28.3.07

REALIDAD O SUEÑO

"Creo en los sueños verdaderos
que corren sin rumbo ni dueño,
y a los que nadie puso un precio.
.
.
Son los sueños realidad o sueños.
Es la realidad verdad o un sueño.
Qué hay de malo en perseguir los sueños.
Qué hay de malo en soñar despierto.
Son los sueños realidad o sueños.
Es la realidad verdad o un sueño."
.
.
JARABE DE PALO

22.3.07

FÓRUM DE JUVENTUDES POLÍTICAS DO MERCOSUL

A Juventude do PT organiza na cidade gaúcha de São Leopoldo, entre os dias 22 e 25 de março, o quarto encontro do Fórum de Juventudes Políticas do Mercosul (FJPM). Organizado a partir de 2003 o FJPM tem como objetivo reunir e articular ações comuns entre as juventudes políticas de esquerda da região.
Na edição brasileira do Fórum um dos destaques é a sua ampliação, tanto do ponto de vista político como territorial. A partir deste encontro outras juventudes partidárias da esquerda Mercosuriana passam a fazer parte deste processo. Além da ampliação política teremos também uma ampliação territorial com a participação de organizações da Venezuela, Bolívia e Equador que também são membros do Mercosul e de delegações da América Central, Caribe e Europa.
As discussões do Fórum serão centradas em dois temas principais: a juventude, seus movimentos e sua realidade e o momento pelo qual passa a América Latina com diversos governos de esquerda e progressistas.
A programação do IV FJPM conta com quatro tipos de atividades, Mesas Centrais, Oficinas, Atividade de Integração e Atividades Culturais.

As mesas terão os seguintes temas: “A luta pela integração Latino Americana, Caribenha e Antiimperialista”, “A realidade das juventudes na América Latina”, “As organizações juvenis e seus movimentos no Mercosul”, “A integração energética e o desenvolvimento sustentável no Mercosul”, “Experiências de cooperação e articulação entre organizações políticas e sociais em nível internacional” e “Políticas Públicas de Juventude no contexto do Mercosul”.

Já as oficinas terão 12 diferentes temas: “Cultura”, “Movimento Sindical”, “Juventude Rural”, “Economia Solidária”, “Cidadania Mercosuriana”, “Direitos Humanos”, “Lutas estudantis nacionais e o desafio da integração educacional”, “Comunicação”, “Mulheres”, “GLBTT”, “Negros” e “Indígenas”.

Um dos pontos altos da quarta edição do Fórum será a Atividade de Integração, na qual se pretende socializar as expressões culturais e históricas de cada país do Mercosul, com a exibição de filmes, peças de teatro dentre outras formas de expressão cultural. Cada uma das atividades de integração contará com um debate sobre o tema escolhido.

No fim de cada dia de trabalho serão realizadas grandes festas e apresentações culturais nas quais pretende-se exaltar a diversidade da cultura latino americana.

A participação no Fórum de Juventudes Políticas do Mercosul é aberta a toda a militância dos partidos membros, porém, as inscrições serão feitas por delegações, desta forma, os militantes interessados em participar do encontro devem entrar em contato com a suas organizações.
Mais informações podem ser adquiridas entrando em contato com a organização do IV FJPM pelo telefone (11) 3243-1392 ou
clicando aqui.

CONTRA O PESSIMISMO





A crítica radical do mundo tem uma ampla avenida pela frente, mas isso também implica em riscos. Nunca a humanidade dispôs de tantos avanços técnicos e científicos para transformar o mundo conforme os sonhos humanistas, mas nunca se sentiu tão impotente diante de um mundo que parece funcionar por uma lógica absolutamente autônoma.
Entra governo, sai governo, as leis do mercado parecem dominar irreversivelmente o mundo, o estilo de vida norte-americano devasta espaços nunca antes alcançados – seja na China ou na periferia das grandes metrópoles do sul do mundo –, a Europa consolida uma hegemonia conservadora, parece não surgir um bloco de forças que se enfrente aos poder imperial dos EUA.
Tudo parece empurrar-nos para o pessimismo. A crise da URSS não deu lugar a um socialismo superador dos problemas desse modelo e, ao contrário, disseminou o neoliberalismo nas terras de Lênin. O capitalismo abandonou seu modelo keynesiano por um modelo de extensão inaudita da mercantilização de todos os rincões do mundo. Podemos perguntar-nos se vivemos um período de derrotas e retrocessos tão grandes como o que se viveu a partir dos anos 20, caracterizado por contra-revoluções de massas e por derrotas estratégicas dos projetos revolucionários.
Nos anos 20, diante da ascensão fulminante do fascismo e do nazismo e da consolidação do stalinismo nos partidos comunistas, Adorno e seus companheiros da Escola de Frankfurt aderiram a um pessisimo melancólico. Aprofundaram suas análises sobre as raízes da virada conservadora no mundo, dando especial destaque às tendências autoritárias na personalidade das pessoas. Wilhelm Reich concentrava essa tendência na impotência da pequena burguesia, enquanto Lênin havia apontado para a aparição e consolidação de uma aristocracia operária no seio da classe trabalhadora dos países centrais do capitalismo.
A diferença entre a crítica realista das condições concretas que a esquerda tinha de enfrentar, bloqueada melancolicamente pelo pessimismo e a responsabilidade de buscar alternativas, de decifrar os espaços de acumulação de forças que pudessem reverter, é o que diferencia os enfoque de Adorno e de Gramsci.
Este notabilizou-se pela frase “pessimismo da razão, otimismo da vontade”. Mas não se tratava apenas de agregar um estado de espírito de esperança – de “otimismo” – a uma situação sem saída, em que o bloqueio interno à esquerda – do stalinismo – e externo – dos fascismos – condenava a esquerda à imobilidade ou às visões de denúncia e de testemunha.Assumindo-se não como intelectual revolucionário – ao estilo dos que seriam chamados de “marxistas ocidentais” –, mas com a responsabilidade de dirigente revolucionário ao estilo das gerações anteriores dele, que necessariamente envolviam a capacidade intelectual de elaboração (Nova: Ver: Anderson, Perry, “Considerações sobre o marxismo ocidental”, Boitempo Editorial, São Paulo, 2004). Responsabilidade que obrigava a captar a realidade concreta, incluindo suas contradições, essenciais para definir os elos mais fortes e mais fracos de cada campo, para poder desembocar nos espaços mais favoráveis à acumulação de forças a fim de reverter as condições desfavoráveis.
As análises que não desembocam nessa direção terão deixado de captar as contradições vivas da realidade, tendendo a se manter em visões descritivas, com os riscos do funcionalismo. Costumam destacar aspectos da realidade e absolutizá-los, ou pelo menos tirá-los de contexto e, principalmente, não dando conta da totalidade do fenômeno, com a contradição como seu motor.
A crítica, simplesmente, não remete à prática, resigna-se a uma visão externa ao objeto analisado. A crítica sempre foi, para o marxismo, para a dialética, uma forma de limpeza de campo de concepções que refletem de forma parcial ou completamente equivocada a realidade, não para deter-se aí, mas para incorporar seus elementos de verdade, negá-los nas suas inverdades e poder, assim, estar em condições de superá-las.
A crítica sem a prática superadora correspondente leva à inação, ao pessimismo, à desmobilização e, no limite, à desmoralização.

Postado por Emir Sader- 18/03/2007 às 08:34

14.3.07

DIREITO DE RESPOSTA


Mulheres acionarão Justiça contra estereótipos veiculados pela mídia

Movimento feminista moverá Ação Civil Pública contra discriminação, sub-representação e veiculação de uma imagem estereotipada da mulher nos meios de comunicação. Protestos do 8 de Março foram, mais uma vez, ignorados pela grande imprensa.

Bia Barbosa – Carta Maior
SÃO PAULO – Pouca coisa foi diferente dos anos anteriores. Se neste 8 de Março a grande imprensa brasileira não ignorou solenemente, como sempre faz, as mobilizações do movimento feminista no Dia Internacional da Mulher, desta vez a passeata por igualdade, autonomia e liberdade das mulheres realizada na Avenida Paulista na última quinta-feira foi abafada pelos conflitos da polícia com um grupo de manifestantes anti-Bush. Planejado para acontecer logo após o encerramento da marcha do 8 de Março, o ato contra a presença do presidente americano no Brasil acabou se somando à passeata feminista – e, devido a ação de bem poucos de um universo de cerca de 20 mil pessoas, diminuindo o brilho da ação das mulheres.
Assim a Folha de S. Paulo registrou o fato, no dia 9 de março: “Uma passeata na avenida Paulista (centro de SP), em protesto contra a visita do presidente George W. Bush terminou em um confronto entre manifestantes e a Polícia Militar com pelo menos 23 feridos por fragmentos de bombas de efeito moral, balas de borracha, pedradas e pauladas. Segundo a polícia, 18 dos 23 feridos eram policiais – a maioria deles atingidos por pedradas. [...] Foi convocado por ONGs, entidades sindicais e partidos de esquerda.” Nenhuma palavra sobre o 8 de Março.
Em outra reportagem, no mesmo dia, ainda sobre as manifestações contra Bush: “O protesto foi convocado pela Marcha das Mulheres, em virtude do Dia Internacional da Mulher, comemorado ontem, e teve adesão do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), do PSTU, da Conlutas (entidade que reúne sindicatos diversos), do PC do B, e de várias organizações não-governamentais”. Historicamente, o 8 de Março é construído por dezenas de organizações feministas, não somente a Marcha Mundial das Mulheres.
A Folha achou curioso o fato do protesto ter várias bandeiras: “Manifestantes criticaram Bush, açúcar e até a falta de delegacias para mulher”, dizia o título de um dos artigos. “Convocada para ser um ato em comemoração ao dia da mulher, a passeata que interditou ontem parte da avenida Paulista e acabou em conflito com a PM reuniu partidos de esquerda e entidades não-governamentais. Eles protestaram contra temas tão diversos quanto a visita do presidente Bush ao Brasil, a cana-de-açúcar, a falta de delegacias 24 horas para mulheres e a guerra entre Israel e Líbano, ocorrida em 2006”.
Em O Estado de S.Paulo, a Marcha Mundial das Mulheres foi responsabilizada pelo conflito com a polícia. “O que começou como uma manifestação pacífica para combinar comemorações do Dia Internacional da Mulher e protestos contra o presidente dos EUA, George W. Bush, acabou em confronto na Avenida Paulista, com pelo menos 17 feridos. Os milhares de participantes da Marcha Mundial das Mulheres - guiada pelo grito “fora, Bush” - entraram em choque com os pouco mais de 100 policiais que cuidavam da segurança no local”, disse o jornal.
No rádio e na TV não foi diferente, as bandeiras e reivindicações das mulheres, que levaram milhares à Avenida Paulista na última quinta, não mereceram a atenção da imprensa. Na avaliação das organizações da área, a invisibilidade e as distorções da imagem da mulher na mídia não se restringem, no entanto, ao jornalismo. São parte de uma concepção de comunicação que não respeita a pluralidade e diversidade da sociedade brasileira e que, por isso, acaba reforçando estereótipos e incentivando o preconceito.
Para contrabalançar este cenário histórico de discriminação contra a mulher na mídia, o movimento feminista entrará em breve na Justiça com uma Ação Civil Pública solicitando um direito de resposta aos meios de comunicação. A idéia é veicular, durante uma semana, em um horário específico e em todos os canais, um programa que retrate a mulher de maneira diferente.
“Não devemos focar o direito de reposta a um programa ou emissora específica. Em todos os canais temos o mesmo problema, de sub-representação ou de veiculação de uma imagem estereotipada da mulher. Ou somos valorizadas da maneira inadequada, quando se quer vender algo através da nossa imagem – como acontece nas propagandas de cerveja – ou somos caricaturadas. Falta um confronto maior com a realidade, que é múltipla”, explica Rachel Moreno, da Campanha Pela Ética na TV, uma das articulações envolvidas na ação.
Em um manifesto lançado este mês para a coleta de assinaturas a serem enviadas ao Ministério Público Federal, as feministas afirmam que não se reconhecem nas produções da programação televisiva. “Pior do que isso é, na maior parte do tempo, nos sentirmos vilependiadas, ridicularizadas, usadas para promover valores, padrões e produtos os mais variados, em detrimento de nossa realidade e aspirações”, dizem no texto.
“A relativa invisibilidade das mulheres trabalhadoras, intelectuais, especialistas, profissionais liberais e outras, a falta de espaço para a discussão de nossas reivindicações e ideais, bem como de nossas conquistas e das mudanças que conseguimos introduzir no mundo, perpetua a reprodução dos estereótipos limitantes que influem na formação de uma subjetividade empobrecida e resultam no rebaixamento da auto-estima das mulheres e na busca de sua afirmação através da perseguição dos modelos, valores e produtos veiculados”, continua o documento.
Dossiê de violações
Um dossiê com casos de violação dos direitos das mulheres pela mídia, que será entregue junto ao pedido de direito de resposta, também está sendo elaborado. Ele trará o resultado de pesquisas nacionais e internacionais sobre a imagem da mulher na TV e o impacto que este modelo de valores têm provocado nas brasileiras.
Um dos estudos apresentados será o relatório de 2005 do Projeto Global de Monitoramento da Midia, desenvolvido internacionalmente pela WACC (World Association for Christian Communication). A pesquisa mostrou que, mesmo constituindo 52% da população mundial, as mulheres aparecem em apenas 21% das notícias. Ou seja, para cada mulher que aparece no noticiário, cinco homens são retratados. No rádio este percentual é ainda menor: 17%. Quando é feita uma análise qualitativa da presença das mulheres como fonte de reportagens, a opinião feminina é retratada em somente 14% dos artigos sobre política e em 20% sobre economia, os dois temas que dominam a agenda dos países. A voz feminina também é preterida quando se trata de ouvir a opinião de especialistas: 83% deles são homens.
O estudo mostrou também que há duas vezes mais reportagens que reforçam estereótipos de gênero do que matérias que os desafiam. Ao mesmo tempo, a própria desigualdade de gênero não é considerada digna de ser notícia: 96% das matérias do mundo inteiro não ressaltam este tema, sendo que as demais estão concentradas em áreas como direitos humanos, relações familiares ou ativismo feminista - assuntos que geralmente recebem pouco destaque dentro do conjunto de artigos de um veículo, em matérias predominantemente escritas por jornalistas mulheres.
“É preciso que a sociedade tenha acesso a uma visão diferente da que a mídia ora nos impõe. Queremos poder efetivamente usufruir de nosso direito à comunicação e mostrar a vida e a realidade das mulheres como nós a percebemos e vivemos. Queremos poder mostrar as mulheres em seus mais diversos contextos, na lida do cotidiano, em seus sonhos, em suas lutas, em suas conquistas, em suas contradições e problemas. Por isso, exigimos o nosso direito de resposta. Queremos oferecer uma alternativa a esta imagem plasmada que as emissoras de TV veiculam como sendo a única e verdadeira”, conclui o manifesto.
Até o momento, mais de 100 entidades assinaram o documento. O objetivo é formalizar o pedido de direito de resposta junto à Justiça até o final de março. Clique aqui para saber mais sobre o manifesto. Os interessados em endossar o documento podem assinar a petição on-line ou enviar um e-mail para moreno@postbox.com.br, com o nome, RG e entidade (se houver).

9.3.07

Hugo Chávez: América Latina se levanta contra el imperio

TeleSUR _09/03/07

Chávez calificó a Bush como un "cadáver político"


Con una asistencia que sobrepasa las 40 mil personas, se desarrolla este viernes en el estadio Ferrocarril Oeste, del barrio Caballito en la ciudad de Buenos Aires, el acto por la "Integración Latinoamericana y Contra el Imperialismo" con el que rechazan la gira que emprendió el jueves el presidente estadounidense George W. Bush por varias regiones latinoamericanas.

El Acto organizado por las Abuelas de la Plaza de Mayo, movimientos sociales y de derechos humanos, cuenta con la participación del presidente de Venezuela, Hugo Chávez quien aseguró que los pueblos de América Latina se "levantan contra el imperio".

El jefe de Estado de Venezuela ratificó su posición respecto a la visita de su homólogo estadounidense George W. Bush, asegurando que con esta iniciativa (acto) se rechaza una vez más "la invasión imperialista".

Chávez, calificó a Bush como un "cadáver político" al tiempo de reafirmar que su "viaje nada tuvo que ver con la gira de él (Bush)".

"Ya ni siquiera huele a azufre, lo que inhala es el olor de los muertos políticos y dentro de muy poco tiempo se convertirá en polvo cósmico y desaparecerá del escenario, no hace falta ningún sabotaje, es una coincidencia la visita (...) No hace falta sabotear una gira que ya está perdida", aclaró Chávez.

El presidente de Venezuela ratificó además que la unión de los pueblos es imprescindible para lograr la liberación política, económica, cultural e integral y así poder construir la gran nación suramericana.

"Ser libre o morir esa es nuestra consigna, no tenemos alternativa hoy en América Latina, libre o muerto", reflexionó.

Chávez convocó a la multitud a "darle un saludo al caballerito del norte que estuvo en Brasilia y ahora debe estar del otro lado del Río" (de La Plata fronterizo con Uruguay) y la multitud estalló en una silbatina.

Apuntó que el objetivo del acto no es lesionar a "nuestros amigos de Brasilia y Montevideo" y agregó que "reconocemos la soberanía de esos gobiernos hermanos para invitar al caballerito del norte".

"Este acto es para decirle no a la presencia del caballero imperial en las tierras heroicas de (José de) San Martín y (Simón) Bolívar", dijo Chávez y citó a varias personalidades, entre ellas a Eva Perón, la ex primera dama y esposa del tres veces presidente argentino Juan Perón.

Al proseguir su discurso, Chávez exhorto a su par estadounidense, "si usted (Bush) de verdad quiere que haya justicia social en el mundo demuéstrelo, no lo diga, hágalo y ordene de inmediato la salida de las tropas de Irak".











8.3.07

Viva o 8 de março!

Salve todas as mulheres, lutadoras do mundo !!

UM DIA PARA MUITAS LUTAS

por jpereira — Última modificação 07/03/2007 18:18

Para grande parte das mulheres, a participação no 8 de Março é a primeira experiência em algum movimento

Débora Dias, 07/03/2006, de Fortaleza (CE)

Tecelãs e costureiras ganham as ruas por pão e paz na Rússia de 1917. Feministas buscam igualdade, direito ao prazer e de decidir sobre o próprio corpo na década de 1960. Camponesas ocupam a empresa Aracruz, em defesa do meio ambiente, contra o desemprego, êxodo rural e a concentração fundiária no Brasil em 2006. O Dia Internacional da Mulher transforma-se em marco de conquistas e reivindicações construídas ao longo da história. Tempo de memória das que revolucionaram a política, a estética, os costumes e defenderam a liberdade na arte, na imprensa ou nas fábricas. Em meio às diferenças e interesses específicos, a data unifica urbanas, rurais, lésbicas, negras, intelectuais...

Controvérsias sobre as origens da comemoração à parte, a professora titular do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina, Joana Maria Pedro, ressalta: mais importante é como o movimento de mulheres se apropriou do Dia, oficialmente criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975. Naquele ano, o direito de manifestação pública era legitimado pelo organismo internacional. "Esse respaldo foi importante em um momento de ditadura no Brasil, quando se realizar manifestações era algo complicado", observa Joana.
.
A simbologia desse dia ganha força, ao mesmo tempo em que fortalece as lutas. De acordo com a socióloga Maria Dolores Mota, grande parte das mulheres, da área urbana e rural, participa pela primeira vez de algum movimento durante o 8 de Março. "É uma data inaugural, tem efeito mobilizador e reconstrutor de histórias individuais e coletivas", acrescenta ela, que é coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero, Idade e Família (Negif) e professora do Departamento de Economia Doméstica da Universidade Federal do Ceará (UFC).

O momento é de visibilidade e legitimação. Durante pesquisas com camponesas cearenses, Dolores observou que essa é uma oportunidade de muitas saírem do espaço privado para o público e se iniciarem na agenda de discussões políticas. Nas passeatas organizadas na sede dos municípios, aquelas que ficam na zona rural ganham as ruas, se fazem vistas. "É um espaço legítimo. Quando elas passam por essa experiência, geralmente, não tem retorno".

Resistência

A opressão se torna impulso para a reação das mulheres em diferentes tempos. Seja nas fábricas do século XIX por redução da jornada de trabalho ou nos campos brasileiros contra o latifúndio, o avanço do agronegócio, o cultivo de produtos transgênicos. Em terrenos difíceis, elas levantam bandeiras pelo direito ao voto, contra a pobreza, em oposição à ordem estabelecida. Rompem as convenções.

Um desafio duplo para as socialistas que lançaram as sementes das transformações políticas e pela libertação feminina em ambientes tradicionalmente masculinos. Encontram resistência no mundo de fora e entre os próprios companheiros. "Para muitos comunistas, a luta feminista só atrapalhava a luta geral do proletariado. Tirava forças da luta principal", aponta o escritor Vito Giannotti, do Núcleo Piratininga de Comunicação. Partido e sindicato, ele lembra, eram "coisas de homem".

Mesmo em terreno desfavorável, ainda no fim do século XIX, mulheres, como Rosa Luxemburgo, Alexandra Kollontaï e Clara Zetkin, deixam marca na organização feminina e nas forças revolucionárias. Divórcio, aborto, libertação econômica e emancipação sexual são temas lançados em meio ao conservadorismo, inclusive dos socialistas. Elas ousavam nos estudos teóricos, na militância política, sem perder a perspectiva subjetiva das relações humanas. Como ensina o ideal de Rosa em "viver cada momento da vida em humana plenitude".

UMA DATA CONTESTADA

por jpereira — Última modificação 07/03/2007 18:21

Débora Dias, 07/03/2007de Fortaleza (CE)

No dia 8 de março de 1857, operárias da indústria têxtil de Nova York entraram em greve reivindicando redução da jornada de trabalho e direito à licença maternidade. Como forma de reprimir o movimento, as mulheres foram trancadas e a fábrica incendiada, matando 129 delas. A data se tornou referência para todas as mulheres do mundo celebrarem e comemorarem suas lutas.

Com algumas variações, essa é a versão mais recorrente sobre a origem do Dia Internacional da Mulher. Porém, pesquisadores apontam que esse é um dos mitos construídos em torno da data. Para Joana Maria Pedro, a professora da Universidade Federal de Santa Catarina, é possível reunir as narrativas em torno da origem do 8 de Março em três blocos, todos do campo de esquerda.

O primeiro trata das greves e martírios de operárias nos Estados Unidos em 1857 e 1908. No segundo, a data teria origem a partir da greve de mulheres que deflagrou a primeira fase da Revolução Russa. O outro bloco atribui a criação do dia à iniciativa da socialista alemã Clara Zetkin. Membro do Partido Comunista Alemão e militante do movimento operário, ela teria proposto, em 1910, a instituição de um Dia Internacional da Mulher, sem definir data. Certo é que a comemoração de um dia da mulher é uma prática anterior à escolha do 8 de Março, em 1975, pelas Nações Unidas.
.
A socióloga Maria Dolores Mota, da Universidade Federal do Ceará (UFC), considera que a data surgiu de uma colcha de retalhos. Diversas mobilizações promovidas por organizações feministas em vários países do mundo, ao longo da história, deságuam em um dia unificado para marcar a luta das mulheres. "Entender o mito não é desfazer a força da história ou do próprio mito. O que importa é o efeito dele de realidade, o que provoca de ação concreta", avalia Dolores.

5.3.07

Para nos informarmos melhor - Lista de endereços







A consulta sobre fontes alternativas de informação recebeu um grande número de respostas, superando os 100 comentários.

Disponibilizamos agora a todos a lista elaborada a partir das sugestões. Esperamos que possa ser útil para todos e que possam reenviá-las para outras listas.

Se puderem, nos informem dos reenvios que consigam fazer, para sabermos que grau de divulgação estamos conseguindo.

Informar-nos melhor é condição de compreendermos melhor a realidade e podermos intervir de forma mais profunda e radical para a construção do outro mundo possível que buscamos.

Indicações dos leitores

SITES

www.fazendomedia.com

www.correiocidadania.com.br

www.sinpermiso.info

www.rebelion.org

www.telesurtv.net

www.resistir.info

http://linhasnomades.zip.net

www.diariogauche.zip.net

www.rsurgente.zip.net

www.adital.org.br

www.imprensamarrom.com.br

www.franklinmartins.com.br

http://terramagazine.terra.com.br

www.novae.inf.br

http://viomundo.globo.com/

http://www.lainsignia.org/

http://www.tie-brasil.org/noticias.php

http://www.zerofora.hpg.ig.com.br/

http://www.herramienta.com.ar/

http://www.afyl.org/articulos.html

Centro de Estudos Sociais Laboratório Associado Faculdade de Economia - Universidade de Coimbra - http://www.ces.fe.uc.pt

CUBA Debate - http://www.cubadebate.cu

Núcleo de Estudos do Futuro - http://www.nef.org.br

RedMarx - www.redmarx.net

Voltaire.net - http://www.voltairenet.org/pt

GRANMA – português - www.granma.cu/portugues/index.html

Observatório Latino Americano - http://www.ola.cse.ufsc.br

Alfarrábio - Paulo Bicarato – http://www.alfarrabio.org

Noam Chomsky - http://www.chomsky.info

Esquerda NET - http://www.esquerda.net

Agência Bolivariana de Notícias - http://www.abn.info.ve

HTTP://ENGLISH.ALJAZEERA.NET

www.anovademocracia.com.br

www.fpa.org.br

www.monthlyreview.org/

Marxists Internet Archive - http://www.marxists.org/

Revista Espaço Acadêmico (REA) - http://www.espacoacademico.com.br/

Journal of World-Systems Research - http://jwsr.ucr.edu/index.php

Socialist Register - http://socialistregister.com/

Socialist Worker - http://www.socialistworker.org/

World Socialist Web Site - http://www.wsws.org/

Revista Sem Terra - http://www.mst.org.br/mst/revista.php?ed=32

Jornal Sem Terra - http://www.mst.org.br/mst/jornal.php?ed=33

Revista Crítica Marxista - http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/
http://www.portside.org/

www.abcdmaior.com.br

http://rascunho.ondarpc.com.br

www.cecac.org.br

www.letraselutas.com.br

www.revistadobrasil.net

www.bahiadefato.com.br

www.novojornal.com.br

www.aporrea.org

www.rits.org.br

www.radiocom.org.br

www.ansa.it/ansalatinabr

www.horadopovo.com.br

www.expressaopopular.com.br

www.vermelho.org.br

www.diplo.com.br

BLOGS

http://blogdobourdoukan.blogspot.com (Georges Bourdoukan, colunista da Caros Amigos)

www.blogdogadelha.blogspot.com

www.blogentrelinhas.blogspot.com

http://blogdokayser.blogspot.com/

http://blog.contrapauta.com.br/

http://www.blogdoonipresente.blogspot.com/

Bombordo - http://www.verbeat.org/blogs/bombordo

Blog do IBASE - http://www.ibase.br/blog/index.php

http://edu.guim.blog.uol.com.br

www.mercado-global.blogspot.com

Blog de Antonio Ozaí (REA) - http://antoniozai.blog.uol.com.br/
(OBS: é preciso solicitar a inscrição pelo e-mail antoniozai@gmail.com)

http://fastosenefastos.blogspot.com/

http://blog-do-robson-camara.blogspot.com

http://www.votolula.blogspot.com

http://blogdodirceu.blig.ig.com.br/

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http://conversa-afiada.ig.com.br


Postado por Emir Sader em 03/03/2007 às 12:15


Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz