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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

19.1.23

E a coragem...

E a coragem...


"É muito fácil servir à Palavra sem perturbar o mundo: uma palavra muito espiritualizada, uma palavra sem nenhum compromisso com a história, uma palavra capaz de ressoar em qualquer parte da Terra porque não pertence a nenhuma parte do mundo. Uma palavra assim não cria nenhum problema, não dá origem a nenhum problema. O que causa conflito e a perseguição, o que distingue a Igreja genuína, é a Palavra que, ao arder como a Palavra dos profetas, proclama e acusa (...) esse é o árduo serviço da Palavra. Mas o Espírito de Deus acompanha o profeta, o pregador, porque ele é Cristo, que continua a proclamar o seu Reino para as pessoas de todas as épocas." Óscar Arnulfo Romero 

 

Em texto anterior (Não chora, menina.), afirmamos que a Escola de Formação, Fé, Política e Trabalho da Diocese de Caxias do Sul (EFFPT) estava sendo forçada a parar e ainda não tínhamos oficialmente a informação nem os motivos desta decisão.

Sendo assim, a partir de nossas condições, buscamos um encontro com nosso coordenador de pastoral padre Leonardo Pereira e posteriormente em 23 de dezembro de 2022 com nosso bispo D. José Gislon para entendermos melhor sobre esta determinação, bem como tentar demovê-lo.

Nesta reunião foi dito que em função da diminuta participação de inscritos e do clima de conflito vivido pela nossa sociedade decidiram "pausar" a escola em 2023 para melhor analisar e organizar e retomá-la, talvez, em 2024.

A título de exemplo, mas guardadas as devidas e necessárias proporções interpretaríamos como se diante da descoberta de alguns poucos padres pedófilos e do desleixo com as finanças paroquiais decidissem, em pleno Ano Vocacional, proibir qualquer oração e ação que despertasse a vocação sacerdotal na Diocese.

Evidentemente estas justificativas, no nosso entender, não se sustentam, uma vez que somente com organização, esclarecimentos, conhecimentos poderemos sanar estes conflitos, uma vez que o "campo específico da atividade evangelizadora leiga é o complexo mundo do trabalho, da cultura, das ciências e das artes, da política, dos meios de comunicação e da economia, assim com as esferas da família, da educação, da vida profissional, sobretudo nos contextos onde a Igreja se faz presente somente por eles." (Documento de Aparecida 174).

Acreditamos firmemente que usamos de todos os argumentos possíveis para manter a EFFPT, mas não obtivemos uma resposta positiva por parte da Diocese, e desta forma corremos o risco de trancar a sete chaves a "aplicação criativa do rico patrimônio que contém a Doutrina Social da Igreja (DA 100 e). 

Talvez por querer evitar as discussões mais aprofundadas do mundo atual no dizer do padre Alfredo Gonçalves acaba-se por optar em'navegar nas ondas aparentes dos modismos apresentados pela mídia católica, quase que inteiramente descompromissada com o aspecto social, para evitar mergulhos mais profundos na realidade dura, fragmentada emutilada da população. "

Pedimos então que fizessem um comunicado público envolvendo também nosso parceiro desde sempre que é o Instituto HumanitasUnisinos (IHU) já que o convite para a participação nesta Escola partiu de forma oficial da Diocese. Comunicado este que até o presente momento não aconteceu e é por isso que tornamos público este texto.

De parte da EFFPT estamos em contato com os assessores previamente agendados e comunicando os fatos ocorridos e que neste ano de 2023 a Escola não acontecerá de forma que vinha ocorrendo tradicionalmente. "Quanto mais dignos forem os propósitos a cumprir, mais ridículos parecem os propósitos não cumpridos. " (Mário Benedetti).

O papa Francisco exorta "nunca, como agora, houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna " e nos lembra que o "cristianismo assumirá também o rosto das diversas culturas e dos vários povos onde for acolhido e se radicar." (EG 116)

Nos parece que estas palavras não têm encontrado eco junto as pessoas com poder decisório.

O futuro? Ainda não temos as certezas, as luzes que o momento exige, mas estamos discutindo, avaliando junto aos diversos movimentos, pastorais, associações qual a melhor forma de manter viva esta chama afinal de contas o "cristianismo exige que Jesus seja conhecido por meio de sua vida narrada e testemunhada nos Evangelhos. Somente através desse conhecimento poderemos também crer nele a ponto de amá-lo, a ponto de confessá-lo como "Senhor", "filho de Deus", "Salvador", e assim chegar à fé em Deus, ao conhecimento do Deus vivo e verdadeiro. É por isso que acredito ser um grave risco "deificar" Jesus antes de conhecer a concreta existência humana. " Enzo Bianchi

José Antonio Somensi (Zeca)

(Aluno da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho desde 2005)






Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz