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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

27.6.22

Novas Formas de Trabalho e Renda e suas Possíveis Organizações e Representação de Interesses na Era Digital

Desembargador do Trabalho vence 2ª Cátedra Presidente Lula

27/06/2022 12:20

Arquivo pessoal


Marcelo D'Ambroso foi escolhido por currículo exemplar, profundidade acadêmica e experiência na área do Trabalho

A 2ª Cátedra Presidente Lula: Novas Formas de Trabalho e Renda e suas Possíveis Organizações e Representação de Interesses na Era Digital já tem um vencedor. O desembargador do Trabalho Marcelo Ferlin D'Ambroso, do Rio Grande do Sul, venceu o prêmio com projetos e currículo considerados "exemplares" pela banca examinadora.

"D'Ambroso tem profundidade acadêmica e experiência prática na questão do Trabalho e suas implicações", destaca o professor Luís Vitagliano, coordenador do núcleo de articulação e integração do projeto Velhas e Novas Desigualdades da Era Digital , do Instituto Lula.

Desembargador do Trabalho do TRT da 4ª Região, D'Ambroso foi procurador do Trabalho e preside o Instituto de Estudos e Pesquisas Avançadas da Magistratura e do Ministério Público do Trabalho (Ipeatra). Vice-presidente de Finanças da União Ibero-Americana de Juízes, é integrante da Associação Juízes para a Democracia (AJD) e da Associação Americana de Juristas (AAJ, rama Brasil). Doutor em Ciências Jurídicas, o vencedor da 2ª Cátedra Presidente Lula é especialista em Direitos Humanos, em Direito Penal Econômico e pós-graduado em Trabalho Escravo.

"Desde cedo desenvolvi profunda sensibilidade com os direitos da população excluída, das pessoas despossuídas, aliada à experiência profissional que mostrou que as relações de trabalho que vivenciamos constituem um verdadeiro massacre de direitos sociais promovido pelo capitalismo", afirma o premiado. "Quero expressar minha imensa alegria e satisfação em ter sido escolhido como titular da 2ª Cátedra Presidente Lula. Muito honrado em ter a missão de conduzir aulas na cadeira que leva o nome de um dos melhores presidentes que o Brasil já teve!"

Direitos não comercializáveis

O tema dessa segunda cátedra foi escolhido a partir do entendimento de que as formas de organização do trabalho, a informalidade e a formalidade presentes na era industrial passam por transformações que estarão presentes no futuro próximo da sociedade brasileira, que caminha no sentido de uma sociedade de serviços com forte presente da economia digital.

O desembargador Marcelo D'Ambroso receberá um prêmio no valor de R$ 15 mil para realização de pesquisa, aulas e conferências. "A expectativa é de que o curso da cátedra esteja disponível para inscrições a partir da segunda metade de julho, com início em agosto. As datas exatas serão divulgadas oportunamente pelo site do Instituto Lula", afirma Vitagliano. Ao final do processo, um livro será publicado com o resultado dessas atividades. 

"Tratando das novas formas de trabalho e renda e suas possíveis organizações de representação de interesses na era digital,  tema da cátedra – que, aliás, é um dos mais relevantes na atualidade –, pretendo demonstrar que os Direitos Humanos laborais não são comercializáveis nem podem ser objeto de contrato", explica o desembargador Marcelo D'Ambroso. "O seu regramento está consolidado em normas internacionais e na maioria das Constituições contemporâneas que os incluem como direitos e garantias fundamentais, como é o caso da Constituição de 1988", ressalta, criticando os retrocessos promovidos pelo neoliberalismo.

"É neste contexto que pretendo entregar uma visão humanista das relações de trabalho e libertadora das amarras do capitalismo que impedem a emancipação social de trabalhadores e trabalhadoras. Se é verdade que o Direito é usado como instrumento de consolidação de poder das elites dominantes, também é possível uma releitura crítica com aptidão de seu uso reverso, ou seja, para empoderamento das pessoas despossuídas e para direcionamento da atuação do Estado em favor do povo, conforme determina nossa Constituição."


https://institutolula.org/desembargador-do-trabalho-vence-2-catedra-presidente-lula?fbclid=IwAR3QtWacm3zyazXfaO9aFjm4c9QwXxRfYOPBo3EtR9uEJ-MS356EKj6eADk&fs=e&s=cl



20.6.22

Resgatando a democracia na América Latina

A democracia foi a duras penas reconstruída na América Latina, após as ditaduras implementas sob o apoio dos Estados Unidos a partir dos anos 1950, mas sobretudo nas décadas de 1960 e 1970. O fim da Guerra Fria abriu espaço para a valorização da ideia de que o poder emana do povo e por ele deve ser exercido, como afirma a Constituição brasileira. No entando, nos anos 2010, a democracia na região foi duramente abalada em diferentes países, inclusive no Brasil. Como reverter esse quadro e resgatar os valores de igualdade e liberdade?


▶️ Confira programação completa: https://www.salaodolivropolitico.com.br

ALVARO GARCIA LINERA é vice-presidente da Bolívia de 2006 a 2019, eleito na chapa do ex-presidente Evo Morales. Matemático, sociólogo, estudioso dos movimentos sociais e da "esquerda indígena" boliviana e professor titular de sociologia e ciências políticas da Universidad Mayor de San Andrés, La Paz.

DILMA ROUSSEF é economista com mestrado em Ciências Econômicas pela Universidade de Campinas (UNICAMP). Entre 1986 e 1988, foi secretária da Fazenda de Porto Alegre. Em 1991, presidiu a Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul. Escolhida a economista do ano pelo Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul (2005). Esteve à frente do Ministério de Minas e Energia entre 2003 e 2005, pela ótica técnica e não política. Assumiu a Casa Civil em junho de 2005. Primeira mulher a ser eleita para o mais alto cargo, o de chefe de Estado e chefe de governo, em toda a história do Brasil. Em 26 de outubro de 2014 foi reeleita, novamente no segundo turno das eleições.

GUILHERME BOULOS é professor, bacharel em filosofia, psicanalista, ativista, político e escritor brasileiro. Filiado ao Partido Socialismo e Liberdade, Boulos é membro da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, sendo reconhecido como uma das principais lideranças da esquerda no Brasil.

MANUELA D'ÁVILA é jornalista e política brasileira. Filiada ao Partido Comunista do Brasil, foi deputada federal pelo Rio Grande do Sul entre 2007 a 2015, deputada estadual de 2015 a 2019 e candidata a vice-presidente da República na eleição de 2018

IVANA JINKINGS é fundadora e dirigente da editora Boitempo, de São Paulo, e da revista Margem Esquerda. Filha de Maria Isa Tavares e Raimundo Jinkings, intelectual e dirigente comunista que criou a primeira Boitempo, em Belém, nos anos 1960, coordenou, com Emir Sader, Carlos Eduardo Martins e Rodrigo Nobile, a Latinoamericana: enciclopédia contemporânea da América Latina e Caribe, obra vencedora do prêmio Jabuti de Melhor Livro de Ciências Humanas e o Melhor Livro de Não-Ficção em 2007.

📖 O Salão do Livro Político tem organização das editoras Autonomia Literária, Anita Garibaldi, Alameda, Boitempo e PUC-SP.

Apoio: Fundação Mauricio Grabois, Fundação Rosa Luxemburgo, Fundação Perseu Abramo, Fundação Lauro Campos e Marielle Franco, Fundação Astrojildo Pereira, Instituto Para Reforma das Relações Entre Estado e Empresa, Fundação Friedrich Ebert

Parcerias: Forma Certa, Rettec

Promoção: Folha de S. Paulo, TVT, Rádio Brasil Atual, Brasil de Fato, Le Monde Diplomatique, Quatro Cinco Um, GGN, DCM, Opera Mundi, Jacobin Brasil

#SalaoDoLivroPolitico #Boitempo

14.6.22

Entrevista com ex-presidente da FUNAI, indigenista e ativista social Sydney Possuelo

O Roda Viva recebe o ex-presidente da FUNAI, indigenista e ativista social Sydney Possuelo.

Na pauta da edição, o desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira que repercutiu na imprensa mundial. A omissão do governo e a demora nas buscas refletem a política de estado em relação à Amazônia e aos povos indígenas e como o crime organizado incentiva o desmatamento e o garimpo ilegal na região.
 

Assista a entrevista:



Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz