Reforma rouba abono salarial do PIS/Pasep de quase 13 milhões de trabalhadores
PEC da reforma limita o direito ao benefício apenas a quem recebe salários de até R$ 1.364,43. Hoje, quem ganha até dois mínimos (R$ 1.996,00) recebe o abono, que é de um salário mínimo (R$ 998,00) por ano
Publicado: 19 Julho, 2019 - 11h01 | Última modificação: 19 Julho, 2019 - 11h11
Escrito por: Redação CUT
A reforma do governo de Jair Bolsonaro (PLS) mexe também em leis da década de 1970, que criaram o Programa de Integração Social (PIS), cujo objetivo era integrar o trabalhador do setor privado ao desenvolvimento da empresa; e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, conhecido como Pasep.
A PEC, que foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, mas precisa ser aprovada em segundo turno antes de ser encaminhada ao Senado, vai tirar o abono salarial do PIS/Pasep do bolso de mais de quase 13 milhões de trabalhadores e trabalhadoras que o governo considera ricos.
O abono é pago atualmente a 23,7 milhões de trabalhadores e trabalhadoras que ganham até dois salários mínimos (R$ 1.996,00). Para economizar, como diz o ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, ou para combater "privilégios" que ninguém entende quais são, já que militares que ganham mais não foram afetados e parlamentares em exercício também não, a reforma de Bolsonaro vai excluir do programa 12,7 milhões (54%) de beneficiários.
Se a reforma for aprovada e sancionada, só terá direito ao abono do PIS/Pasep quem ganha até R$1.364,43. Para o governo, só estes trabalhadores podem ser considerados de baixa renda.
https://www.cut.org.br/noticias/reforma-rouba-abono-salarial-do-pis-pasep-quase-13-milhoes-de-trabalhadores-9193?fbclid=IwAR22mjCBPoIqM0fTJ4dd7d7aMUIS7XqwNEZUMRbzNF42ZV36N3-ratRfuDU
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