"Não dá para agüentar. São só eles que falam! Arrisco algumas perguntas venenosas para que a RBS (e outros meios) possam colocar na pauta de discussão.
A RBS entrou definitivamente na batalha de rescaldo da greve legitimando o acordo e a repressão e, claro, sobrou para os caminhoneiros! Nas palavras dos comentaristas: "já chega! Já é demais!" E junto a isso a narração de exemplos pungentes e dolorosos que fazem qualquer um chorar...inclusive a Rosane e a Carolina (os homens não choram!) Não há quem não se comova! E de novo o caminhoneiro apanhando! Eles não têm voz! Pediria permissão, com cuidado e humildade, para fazer algumas perguntas:
- Ninguém nega que esses casos narrados são "terríveis"! Mas por que o "jornalismo investigativo" da RBS não aumenta o foco, não vai ao fundo da questão central? Porque ele não pesquisa porque o preço dos combustíveis aumentou tanto e o frete foi espremido? Por que nunca se ouviu uma palavra sobre Pedro Parente, o estopim do problema? Por que não se coloca em pauta a discussão desse modelo neo-liberal e entreguista que ele implantou? Discutam isso! Informações não faltam! Porque esses meios de comunicação não trazem à discussão da população essas questões? E não dando respostas já prontas, mas fazendo as perguntas? Não será por que o Pedro Parente foi chamado para salvar a RBS de ter de pagar milhões de impostos devidos? (Vejam o artigo do Frei Sérgio Goergen no Sul21, mostra tudinho!)
Por favor, comentaristas e repórteres da RBS, vão a campo. Ampliem a visão. É preciso uma percepção estrutural! É preciso ver o todo! Não dá para ficar nos casos particulares que comovem, dão audiência, mas mais mistificam que explicam o verdadeiro problema. A tarefa do comunicador é fazer o povo pensar! Vocês têm uma responsabilidade social, pois usam meios de comunicação que não são de vocês, são concessões públicas! Vão mais a fundo! Tragam à discussão os verdadeiros problemas do Brasil!"
Pedrinho Guareschi
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