Trapalhada maiúscula. Com morte
Foi uma trapalhada maiúscula da administração municipal – mais uma – a derrubada de árvores no Desvio Rizzo por uma equipe da Secretaria do Meio Ambiente. Só que essa trapalhada, tratada até agora como “fatalidade” pela prefeitura, resultou na morte de uma moradora porque a árvore caiu sobre a casa em que morava e sobre ela. É caso para responsabilização fulminante.
Não tem sido esse, no entanto, o histórico da prefeitura em trapalhadas semelhantes. O blog cita alguns desses episódios:
* Autorização para construção de torres do Residencial Puerto Vallar, na região do Aeroporto Hugo Cantergiani, em altura acima da permitida pelos órgãos aeronáuticos para permitir a operação das aeronaves em segurança.
* Demolição de quatro moradias no loteamento Altos da Maestra.
* Perda de verba para uma passarela no acesso ao bairro Planalto por erro de digitação no envio de um e-mail.
* Denúncia de benefício na Fundação de Assistência Social, a FAS, ao filho da presidente Maria de Lurdes Grison. A empresa dele tinha contrato assinado para a prestação de serviços de assistência técnica em computadores sem licitação.
No rol de trapalhadas, é preciso constar mais uma: como a administração municipal permite, com efeitos graves para a população, a manutenção de uma greve dos médicos que se arrasta desde abril de 2010?
'O vento influenciou. A burrice também', diz viúvo de mulher atingida por árvore em Caxias
Áurea mandou mensagem para o marido minutos antes de morrer, dizendo estar com medo
Mauro mostra mensagem recebida
Foto: Maicon Damasceno
Valquíria Vita | valquiria.vita@pioneiro.com
Áurea Maria Teixeira não queria que a árvore em frente a sua casa tivesse sido cortada. Ela e o filho Matheus, 20, foram pegos de surpresa na manhã de sábado, quando viram três homens se preparando para cortar o gigante eucalipto.
Ela mandou uma mensagem no celular do marido, o eletricista Mauro Augusto da Frota, 44, que estava trabalhando.
— Bah, vieram cortar aquela árvore enorme na frente de casa. Eu e o Matheus estamos 'se borrando' de medo — dizia o torpedo.
Minutos depois, Áurea ouviu uma motosserra. Foi para a janela da casa, de onde não teve tempo de fugir quando a árvore de mais de 30 metros caiu sobre ela.
O marido só viu a mensagem uma hora mais tarde, quando Áurea já estava morta.
— Por que ela não saiu dali eu não sei. É só essa a pergunta que me vem — disse Mauro ao Pioneiro, nesta segunda.
Ele afirmou que pretende mover um processo contra a prefeitura e disse que houve irresponsabilidade de quem realizou o corte, por não ter levado em consideração o vento que fazia naquela manhã e por ter cortado a árvore de maneira errada.
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