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pergunta:

"Até quando vamos ter que aguentar a apropriação da ideia de 'liberdade de imprensa', de 'liberdade de expressão', pelos proprietários da grande mídia mercantil – os Frias, os Marinhos, os Mesquitas, os Civitas -, que as definem como sua liberdade de dizer o que acham e de designar quem ocupa os espaços escritos, falados e vistos, para reproduzir o mesmo discurso, o pensamento único dos monopólios privados?"

Emir Sader

12.11.23

Invasores ou Benfeitores? A verdade sobre o MST


Descubra a verdade sobre um dos maiores movimentos sociais do mundo contada a partir deles mesmos! Assista ao vídeo abaixo e veja um pouco do que está por vir amanhã às 20h:

QUANTA TERRA PRECISA O HOMEM? - 12/11/2023 ÀS 20H


Para garantir sua vaga no debate de lançamento do primeiro documentário original ICL, toque no link abaixo.


>> TOQUE AQUI para se inscrever


No dia 12 de novembro, domingo às 20h (horário de Brasília), haverá o debate especial de lançamento do primeiro documentário original ICL com participações de João Pedro Stédile, Laura Sabino e mediação de Edu Moreira:


"De Quanta Terra Precisa o Homem?"

A surpreendente verdade sobre o MST que as elites fazem questão de esconder!


Você finalmente verá a verdade sobre MST sendo discutida a fundo. E já adiantamos que ela é bem diferente do que a grande mídia costuma mostrar.


Toque no link abaixo e garanta sua vaga:


>> TOQUE AQUI para garantir sua vaga


Um abraço,
Equipe Instituto Conhecimento Liberta




8.11.23

Enrique Dussel

EL ENCUBRIMIENTO DEL OTRO. HACIA EL ORIGEN DEL "MITO DE LA MODERNIDAD".
Enrique Dussel.

Descarga [PDF]:

El libro trata de dar a conocer el origen del "Mito de la Modernidad" partiendo de la idea que la Modernidad tiene un "concepto" emancipador racional, pero, al mismo tiempo, desarrolla un "mito" irracional, de justificación de la violencia, que deberemos negar, superar. Los postmodernos critican la razón moderna como razón, mientras que el autor critica a la razón moderna por encubrir un mito irracional. Por ello, en el libro se muestra la necesidad de la "superación" desde los ciclos de conferencias mostradas en el libro. De ahí que se plantea "La Trans-Modernidad como un proyecto futuro". El año 1492, según la tesis central del libro, se establece como la fecha del "nacimiento" de la Modernidad.

29.10.23

Mudança linguística à vista?

MUDANÇA LINGUÍSTICA À VISTA?*

Marcos Bagno

Ontem li uma postagem que dizia assim: «pode soar estranho, mas o certo é 'trazido'». Para quem estuda a mudança linguística esse é um indício bem interessante. Já faz algum tempo que muitas pessoas vêm usando 'trago' como particípio irregular do verbo 'trazer': «Foi bom você ter trago os exames anteriores», me disse um fisioterapeuta. Um dos fenômenos que provocam a mudança linguística, entre vários outros, é a hipercorreção (ou ultracorreção ou hiperurbanismo): a pessoa não domina completamente determinada regra gramatical e, na ânsia por não cometer erro, acaba extrapolando a regra e gerando formas hipercorretas, "excessivamente corretas", ou seja, erradas. Um exemplo clássico é o "houveram problemas". O verbo "haver" é impessoal, nunca se flexiona no plural, mas a pessoa, tendo em mente a noção de concordância, aplica a regra onde não deveria. Isso também vale para "tratam-se de problemas sérios": a locução "trata-se de" nunca deve ir para o plural. No caso do 'trago', faz-se uma associação com outros particípios irregulares ('pego', 'pago', 'gasto' etc.) que têm a forma do verbo conjugado ('eu pego', 'eu pago', 'eu gasto'), de modo que de 'trazer' deve ser 'trago'. Talvez esteja em ação aí também o fato de outros verbos em '-zer' terem particípio irregular (dizer-dito, fazer-feito). 
Uma historinha que sempre conto é a do particípio passado 'pego'. No célebre dicionário Caldas Aulete, edição brasileira de 1958, encontrei essa pérola: «pêgo - Bras. part. irreg. de 'pegar' [Só os incultos usam essa forma]». 'Bras.' é abreviação de "brasileirismo", um modo que os dicionaristas antigos encontravam de acusar a gente de usar formas "erradas". Hoje em dia, o particípio 'pego' é usado sem susto e sem remorso por todas as pessoas "cultas". O que aconteceu? 
O uso frequente de uma forma inovadora acaba por difundir essa forma a tal ponto que, em muitos casos, a forma antiga desaparece (ou sobrevive como fóssil linguístico em comunidades específicas, como é o caso de 'fruita' e 'luita', em lugar de 'fruta' e 'luta', que ouvimos em variedades rurais e que são as formas mais antigas dessas palavras). Mas não basta que o uso se expanda simplesmente. É preciso que a forma inovadora, geralmente surgida na fala de "incultos", seja pouco a pouco incorporada no uso das camadas médias e médias altas da população. Quando essas camadas adotam a forma inovadora, caixão e vela: a forma antiga passa a ser vista como errada e é cuidadosamente evitada pelas pessoas "cultas". Por ora, muitas pessoas "cultas" condenam o particípio 'trago'. Mas se uma pessoa letrada que tem acesso a esta rede digital (rede 'social' é piada de mau gosto) já acha que outras pessoas podem considerar "estranha" a forma regular 'trazido', é porque um início de princípio de começo de mudança pode estar despontando. Daqui a 50 anos, quando eu for a desmemória de um esquecimento, é provável que as e os linguistas se divirtam ao ler antigas declarações bombásticas de que a forma 'trago' é coisa de "ignorantes" e "beócios" (como já li certa vez). Quem (sobre)viver verá.


*Texto publicado na rede digital "facebook". 

9.10.23

Israel-Palestina: O que a mídia não lhe conta sobre Gaza, Hamas e terrorismo




Segunda-feira, 9 de outubro de 2023
Israel-Palestina: O que a mídia não lhe conta sobre Gaza, Hamas e terrorismo


O jornalismo corporativo tem um viés pró-Israel e anti-Palestina.

Israel tem cometido atos de terrorismo, crimes contra a humanidade e Apartheid contra os palestinos há 75 anos. Estes crimes têm aumentado em volume e em intensidade de violência nos últimos meses e os especialistas alertam que uma resposta era iminente.


No entanto, você não ouvirá essa perspectiva na grande mídia, porque ela tem um firme preconceito pró-Israel e anti-Palestina.


No Intercept, há anos que fornecemos uma cobertura factual e independente sobre Israel e Palestina. Quer saber mais sobre o que está acontecendo? Organizamos uma lista de algumas de nossas coberturas mais úteis.

Destaques

O Intercept existe para fornecer perspectivas independentes que você não encontrará na Globo, na Folha, no Estadão ou em qualquer grande mídia. Estamos ao lado dos oprimidos, não do opressor. Sempre. E dependemos de leitores como você para financiar nosso jornalismo sem rabo preso. Torne-se um membro hoje para que possamos continuar a fornecer informações e perspectivas úteis e exclusivas.

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26.9.23

Leonardo Boff palestra em Caxias sobre Emergência Climática e o saber cuidar da Vida

Conferência sobre Emergências Climáticas e Saber Cuidar a Vida
https://www.youtube.com/watch?v=4kajZzLI9I4&list=TLPQMjYwOTIwMjO_BKHtoU1h7Q&index=1

A Emergência Climática e o saber cuidar da Vida é o tema da palestra do filósofo e teólogo Leonardo Boff, no dia 26 de setembro, às 19h, no UCS Teatro, em Caxias do Sul.

Neste momento, as consequências da ação humana sobre o planeta impactam diversas regiões. Incêndios, enchentes e outras catástrofes dominam o noticiário, deixam vítimas e desabrigados. A palavra de Leonardo Boff, que desde a década de 80 alerta para a questão, é importante e mais atual do que nunca. 

Na palestra em Caxias do Sul, Leonardo Boff vai aprofundar as reflexões sobre a necessária fraternidade ambiental da humanidade para com o Planeta Terra, promovendo a consciência de que as nossas ações geram consequências diretas ou indiretas nas nossas vidas e de nossos familiares, amigos e (municípios) vizinhos, bem como na de todos os demais seres vivos.  

Os ingressos para a palestra podem ser retirados junto às entidades organizadoras, mediante a doação de alimentos não perecíveis, artigos de higiene e/ou materiais escolares. As doações devem ser entregues no mesmo local da retirada dos ingressos. 
A vinda de Leonardo Boff à Serra Gaúcha é uma iniciativa da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e do Fórum das Entidades, Movimentos e Pastorais Sociais. O Fórum é composto por dezenas de organizações de Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves e Ipê, empenhadas em trazer para a região temas de debates nacionais e palestrantes renomados. Exemplo disto foi a palestra do filósofo Frei Betto, em 2023, e do próprio Leonardo Boff, em 2022. 


Sobre a Carta da Terra
 
"A Terra mudou e a maioria não se dá conta. Nunca mais será como antes. Ou tomamos coletivamente medidas de prevenção e minoração dos efeitos danosos ou assistiremos, assombrados, a eventos como aqueles ocorridos no Sul. E serão cada vez mais frequentes", alertou Leonardo Boff em recente publicação em suas redes sociais. 

Boff domina como poucos as questões ambientais. O tema Ecologia é frequente em dezenas de seus livros e se destacou também internacionalmente como o representante da América Latina na elaboração da Carta da Terra, documento mundial publicado no ano 2000 que ficou conhecido como A Carta dos Povos.

A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no século 21, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Parte de uma visão integradora e holística, que considera a pobreza, a degradação ambiental, a injustiça social, os conflitos étnicos, a paz, a democracia, a ética e a crise espiritual como problemas interdependentes que demandam soluções includentes.

O projeto da Carta da Terra começou como uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), mas se tornou uma proposta global da sociedade civil. Ao longo de 10 anos, a redação da Carta da Terra envolveu o mais inclusivo e participativo processo associado à criação de uma declaração internacional. A legitimidade do documento foi fortalecida pela adesão de mais de 4,5 mil organizações. 

A Carta da Terra é uma Declaração Universal dos Deveres Humanos, uma vez que o Homem é o grande agente modificador dos ecossistemas da Terra. Busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada, voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação. 


Sobre Leonardo Boff 

Neto de imigrantes italianos da região do Vêneto, vindos para o Rio Grande do Sul no final do século XIX, Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina, em 14 de dezembro de 1938. 

Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique, Alemanha. É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela universidade de Lund (Suécia). Foi professor durante 22 anos em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha).

Em 2001 foi agraciado com o Prêmio Nobel Alternativo em Estocolmo (Right Livelihood Award), e recebeu vários prêmios no Brasil e no exterior, por causa de sua luta em favor dos marginalizados e dos Direitos Humanos.

Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959, e esteve à frente da criação da chamada Teologia da Libertação. Em razão de suas teses ligadas à Teologia da Libertação, apresentadas no livro "Igreja: Carisma e Poder", foi submetido a um processo pela Sagrada Congregação para a Defesa das Fé, ex Santo Ofício, no Vaticano. Em 1985, foi condenado a um ano de "silêncio obsequioso" e deposto de todas as suas funções editoriais e de magistério no campo religioso. Sua pena foi suspensa em 1986, após uma pressão mundial sobre o Vaticano.

Em 1992, renunciou às suas atividades de padre e se autopromoveu ao estado leigo. Foi sempre um ardoroso defensor da causa dos Direitos Humanos, tendo ajudado a formular uma nova perspectiva dos Direitos Humanos a partir da América Latina.

É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia, Mística e Ecologia, entre eles Habitar a Terra: Qual O Caminho Para A Fraternidade Universal?; A nova visão do universo; O doloroso parto da Mãe Terra; A casa comum, a espiritualidade e o amor; Ecologia, grito da terra grito dos pobres, dignidade e direitos da Mãe Terra.


PALESTRA EMERGÊNCIA CLIMÁTICA E O SABER CUIDAR DA VIDA
Ministrante – Leonardo Boff 
Data: 26 de setembro, às 19h
Local: UCS Teatro - Caxias do Sul
Ingressos: Devem ser retirados junto às entidades promotoras mediante a doação de alimentos não perecíveis, produtos de higiene ou material escolar. As doações devem ser entregues no mesmo local da retirada dos ingressos 


Entidades promotoras

Caxias do Sul:
- Universidade de Caxias do Sul 
- Escola de Formação Fé, Política e Trabalho
- Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos
- União das Associações de Bairros – UAB
- Amaesa – Associação dos Amigos da Maesa
- Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul – Sindiserv
- Sindicato dos Professores de Caxias do Sul – Sinpro/Caxias
- Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região
- Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Privado da Serra – RS
- CPERS - 1º Núcleo
- Sindicomerciários Caxias do Sul
- Coletivo de Comunicação Alternativa
Bento Gonçalves
- Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves – Sitracom
- Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bento Gonçalves - Sindiserp
Ipê
- Cooperativa Econativa
- Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Ipê - Sintraf
Farroupilha
- Associação Farroupilhense de Proteção ao Ambiente Natural – Afapan
Abrangência estadual
- Acredisol/RS
- CEBS – Comunidades Eclesiais de Base
- Central Única dos Trabalhadores - CUT/RS


Mais sobre Leonardo Boff em https://leonardoboff.org/

20.9.23

Leonardo Boff palestra em Caxias!

Leonardo Boff palestra em Caxias sobre
Emergência Climática e o saber cuidar da Vida

A Emergência Climática e o saber cuidar da Vida é o tema de palestra do filósofo e teólogo Leonardo Boff, no dia 26 de setembro, às 19h, no UCS Teatro, em Caxias do Sul.

Neste momento, as consequências da ação humana sobre o planeta impactam diversas regiões. Incêndios, enchentes e outras catástrofes dominam o noticiário, deixam vítimas e desabrigados. A palavra de Leonardo Boff, que desde a década de 80 alerta para a questão, é importante e mais atual do que nunca. 

Na palestra em Caxias do Sul, Leonardo Boff vai aprofundar as reflexões sobre a necessária fraternidade ambiental da humanidade para com o Planeta Terra, promovendo a consciência de que as nossas ações geram consequências diretas ou indiretas nas nossas vidas e de nossos familiares, amigos e (municípios) vizinhos, bem como na de todos os demais seres vivos.  

Os ingressos para a palestra podem ser retirados junto às entidades organizadoras, mediante a doação de alimentos não perecíveis, artigos de higiene e/ou materiais escolares. As doações devem ser entregues no mesmo local da retirada dos ingressos. 
A vinda de Leonardo Boff à Serra Gaúcha é uma iniciativa da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e do Fórum das Entidades, Movimentos e Pastorais Sociais. O Fórum é composto por dezenas de organizações de Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves e Ipê, empenhadas em trazer para a região temas de debates nacionais e palestrantes renomados. Exemplo disto foi a palestra do filósofo Frei Betto, em 2023, e do próprio Leonardo Boff, em 2022. 


Sobre a Carta da Terra
"A Terra mudou e a maioria não se dá conta. Nunca mais será como antes. Ou tomamos coletivamente medidas de prevenção e minoração dos efeitos danosos ou assistiremos, assombrados, a eventos como aqueles ocorridos no Sul. E serão cada vez mais frequentes", alertou Leonardo Boff em recente publicação em suas redes sociais. 


Boff domina como poucos as questões ambientais. O tema Ecologia é frequente em dezenas de seus livros e se destacou também internacionalmente como o representante da América Latina na elaboração da Carta da Terra, documento mundial publicado no ano 2000 que ficou conhecido como A Carta dos Povos.


A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no século 21, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. Parte de uma visão integradora e holística, que considera a pobreza, a degradação ambiental, a injustiça social, os conflitos étnicos, a paz, a democracia, a ética e a crise espiritual como problemas interdependentes que demandam soluções includentes.

O projeto da Carta da Terra começou como uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), mas se tornou uma proposta global da sociedade civil. Ao longo de 10 anos, a redação da Carta da Terra envolveu o mais inclusivo e participativo processo associado à criação de uma declaração internacional. A legitimidade do documento foi fortalecida pela adesão de mais de 4,5 mil organizações. 

A Carta da Terra é uma Declaração Universal dos Deveres Humanos, uma vez que o Homem é o grande agente modificador dos ecossistemas da Terra. Busca inspirar todos os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada, voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação. 


Sobre Leonardo Boff 

Neto de imigrantes italianos da região do Vêneto, vindos para o Rio Grande do Sul no final do século XIX, Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina, em 14 de dezembro de 1938. 

Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique, Alemanha. É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela universidade de Lund (Suécia). Foi professor durante 22 anos em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha).

Em 2001 foi agraciado com o Prêmio Nobel Alternativo em Estocolmo (Right Livelihood Award), e recebeu vários prêmios no Brasil e no exterior, por causa de sua luta em favor dos marginalizados e dos Direitos Humanos.

Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959, e esteve à frente da criação da chamada Teologia da Libertação. Em razão de suas teses ligadas à Teologia da Libertação, apresentadas no livro "Igreja: Carisma e Poder", foi submetido a um processo pela Sagrada Congregação para a Defesa das Fé, ex Santo Ofício, no Vaticano. Em 1985, foi condenado a um ano de "silêncio obsequioso" e deposto de todas as suas funções editoriais e de magistério no campo religioso. Sua pena foi suspensa em 1986, após uma pressão mundial sobre o Vaticano.

Em 1992, renunciou às suas atividades de padre e se autopromoveu ao estado leigo. Foi sempre um ardoroso defensor da causa dos Direitos Humanos, tendo ajudado a formular uma nova perspectiva dos Direitos Humanos a partir da América Latina.

É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia, Mística e Ecologia, entre eles Habitar a Terra: Qual O Caminho Para A Fraternidade Universal?; A nova visão do universo; O doloroso parto da Mãe Terra; A casa comum, a espiritualidade e o amor; Ecologia, grito da terra grito dos pobres, dignidade e direitos da Mãe Terra.
PALESTRA EMERGÊNCIA CLIMÁTICA E O SABER CUIDAR DA VIDA


Ministrante – Leonardo Boff 
Data: 26 de setembro, às 19h
Local: UCS Teatro - Caxias do Sul
Ingressos: Devem ser retirados junto às entidades promotoras mediante a doação de alimentos não perecíveis, produtos de higiene ou material escolar. As doações devem ser entregues no mesmo local da retirada dos ingressos 


Entidades promotoras

Caxias do Sul:
- Universidade de Caxias do Sul 
- Escola de Formação Fé, Política e Trabalho
- Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos
- União das Associações de Bairros – UAB
- Amaesa – Associação dos Amigos da Maesa
- Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul – Sindiserv
- Sindicato dos Professores de Caxias do Sul – Sinpro/Caxias
- Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul e Região
- Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Privado da Serra – RS
- CPERS - 1º Núcleo
- Sindicomerciários Caxias do Sul
- Coletivo de Comunicação Alternativa
Bento Gonçalves
- Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves – Sitracom
- Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bento Gonçalves - Sindiserp
Ipê
- Cooperativa Econativa
- Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Ipê - Sintraf
Farroupilha
- Associação Farroupilhense de Proteção ao Ambiente Natural – Afapan
Abrangência estadual
- Acredisol/RS
- CEBS – Comunidades Eclesiais de Base
- Central Única dos Trabalhadores - CUT/RS


Mais sobre Leonardo Boff em https://leonardoboff.org/

28.8.23

Nesta segunda!

NESTA SEGUNDA, EM CAXIAS:

Roda de conversa sobre as memórias de resistência à ditadura civil-militar em caxias do sul

Mais informações: https://is.gd/Se3jkV

26.8.23

Em festa para 4 mil pessoas, MST celebra 10 anos de escola referência nacional de agroecologia


MARCA HISTÓRICA

Em festa para 4 mil pessoas, MST celebra 10 anos de escola referência nacional de agroecologia

Evento também marcou a inauguração de novos espaços na unidade de ensino, que atende 15 assentamentos na região

Brasil de Fato| Prado (BA) |
 26 de Agosto de 2023 às 18:04
Ato político na festa da Escola Egídio Brunetto reuniu ministro, governador e parlamentares na Bahia - Matheus Alves

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) comemorou, neste sábado(26), os dez anos de fundação da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, no assentamento Jacy Rocha, no município de Prado, Extremo Sul da Bahia. 

A festa também foi marcada pela inauguração de novos espaços na escola, como a criação de áreas administrativas, bloco de alojamentos, refeitório, auditório, salas de aula. Foi ainda inaugurada uma loja com produtos da reforma agrária. 

Neuza de Jesus é técnica de agroecologia e se formou na primeira turma da escola, iniciada em 2017. Ela mora no assentamento Irmã Dorothy, na cidade de Eunápolis, na Bahia, e recordou da relevância da formação para vivência dela no campo. 

"Eu vim para escola estudar visando que eu poderia me capacitar profissionalmente para poder atuar dentro dos acampamentos e assentamentos. Consequentemente, fazer um trabalho dentro do meu lote e fazer esse trabalho tanto na minha casa como também para os meus vizinhos", explicou. 

"A escola foi um divisor de águas na minha vida. A educação sempre vai libertar todo mundo, e com o apoio da escola popular eu consegui me formar, mesmo tendo três filhas, mesmo sendo mãe solo." 

Hoje, Neuza integra uma equipe composta por biólogos, agrônomos e técnicos em agropecuária, para orientar as famílias no processo de transição agroecológica no Assentamento Irmã Dorothy.

 


MST e autoridades políticas inauguram as novas instalações da Escola Popular de Agroecologia Egídio Brunetto / Luara dal Chiavon



Metodologia

A metodologia da Egídio Brunetto tem quatro vertentes centrais: produção, comercialização e os eixos ambiental e social. Em parceria com a Fiocruz, a especialização em Educação do Campo e Agroecologia formou 48 pessoas em sua primeira turma.

Os espaços pedagógicos na Egídio Brunetto também são fundamentados nos quintais produtivos das famílias, onde os sistemas agroflorestais são a base fundamental. É onde estão inseridos os cursos populares não formais, voltados às produções desenvolvidas nos lotes – como é o caso do cultivo do café, da pimenta, e de outras fruticulturas.

"Essa escola é uma ferramenta pedagógica dentro desses territórios do Extremo Sul. Ela surge para poder contribuir na construção da agroecologia e da agrofloresta,  no debate da produção de alimentos saudáveis, assim como a formação nesse viés da agroecologia de sem terra, indígenas e povos originários tanto desse território, aqui no estado da Bahia, como de fora, de outros países", contou  Eliane Oliveira, da direção nacional do MST, na Bahia. 

Apoio político

A escola estava no roteiro da diligência da CPI do MST ao longo da última semana. Mas, de última hora, os parlamentares mudaram o roteiro e descartaram as áreas indicadas pela própria militância do movimento. 

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, participou do evento e destacou a relevância do conhecimento para o desenvolvimento da agricultura. 

"Essa escola vai ser um centro de debate sobre o fortalecimento da agricultura familiar. Vai ser possível debater bioinsumos, energia solar, cooperativas e agroindústria", afirmou o ministro, relembrando que a escola cumprirá um papel de apontar os caminhos sobre como a agricultura pode "absorver as mudanças tecnológicas". 

Ele também criticou a narrativa dos integrantes da CPI do MST, de questionar as condições de vida dos assentados e tentar "denunciar" supostas desigualdades entre os trabalhadores. 

"A CPI esteve aqui. Foi na casa da Juliana e disse que a casa dela é bonita, tem carro, planta café, pimenta e cacau. Se para eles isso é problema, para nós é virtude", afirmou Teixeira, provocando a CPI a destinar recursos para a reforma agrária. 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, também participou do ato político e comemorou a ampliação da escola. 

"A construção tem duas vertentes. A construção física dos alojamentos, do refeitório, das salas de aulas e laboratórios, das casas dos professores e professoras, mas há uma construção que não diz respeito a essa obra. É uma construção que diz respeito a um novo modelo de desenvolvimento. Nós estamos falando de uma descolonização brasileira. Descolonizar o povo brasileiro significa dar as condições de raciocínio, de capacidade critica, de análise. É esse o projeto que o MST traz nessa data de hoje"

Jacques Wagner (PT), ex-governador da Bahia e atual líder do governo no Senado, recordou a trajetória travada pelo MST para erguer a escola. 

"Para construir uma coisa boa, não acontece da noite para o dia. Isso foi luta de muita gente, dos governos meu e do Rui, agora do Jerônimo, de vocês do MST. E eu creio que esse lugar aqui será também um farol para algumas mentes fechadas entenderem que o MST não é um movimento da violência. Ele é um movimento que evita a violência no campo e na cidade", afirmou. 

 


Agricultores na Feira da Reforma Agrária durante festa de dez anos da Escola Popular de Agroecologia Egídio Brunetto / Matheus Alves


A festa de inauguração dos novos setores da escola foi prestigiada por 4 mil pessoas e recebeu visitas de integrantes do MST do Brasil inteiro e apoiadores, como o ex-jogador e campeão do mundo pela seleção brasileira, Raí. 

"Estou aqui para aprender com vocês e conhecer melhor. Eu estou também como ativista da educação. A revolução, a verdadeira revolução, vem da educação e do exemplo de vocês", afirmou o ex-atleta.

Participaram do ato o presidente do INCRA Cesar Fernando Schiavon Aldrighi, os deputados federais Nilton Tatto (PT-SP), Marcon (PT-RS), a deputada federal e presidenta do PT Gleisi Hoffmann, o deputado Federal Valmir Assunção(PT-BA), a Secretária Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas PúblicasKelli Maffort, o superintendente regional do Incra na Bahia, Carlos José Barbosa Borges, João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST e Gilvan da Silva Santos, prefeito de Prado

A região segue comemorando os dez anos da escola ao longo do final de semana. Neste domingo (27), estão previstas atividades como café da manhã camponês, trilha agroecológica, culto ecumênico e a feira da Reforma Agrária. 

Edição: Rodrigo Durão Coelho



Cancion con todos

Salgo a caminar
Por la cintura cosmica del sur
Piso en la region
Mas vegetal del viento y de la luz
Siento al caminar
Toda la piel de america en mi piel
Y anda en mi sangre un rio
Que libera en mi voz su caudal.

Sol de alto peru
Rostro bolivia estaño y soledad
Un verde brasil
Besa mi chile cobre y mineral
Subo desde el sur
Hacia la entraña america y total
Pura raiz de un grito
Destinado a crecer y a estallar.

Todas las voces todas
Todas las manos todas
Toda la sangre puede
Ser cancion en el viento
Canta conmigo canta
Hermano americano
Libera tu esperanza
Con un grito en la voz