| Solidariedade: a marca registrada do MST A intrusão do coronavírus mostrou para todos a marca registrada do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra: a solidariedade para com os mais necessitados e a colaboração entre todos os seus membros em oferecer toneladas de alimentos orgânicos e milhares de quentinhas à população de rua e às periferias pobres das cidades. Esse gesto não é esporádico. Faz parte da ética cotidiana dos assentamentos espalhados por todo o Brasil. Se durante a pandemia que atingiu toda a humanidade tivéssemos seguido os mantras do neoliberalismo e do capitalismo estaríamos perdidos. O que nos está salvando é a vida em primeiro lugar, a solidariedade e cooperação entre todos, a relação e a independência entre os humanos e os países, o cuidado de uns para com os outros, atendendo ao isolamento social, ao uso de máscaras e ao distanciamento de aglomerações, além do cuidado para com a natureza e a defesa de um Estado suficientemente apetrechado para atender as demandas da população. Tais valores são anti-sistêmicos e ausentes na ordem neoliberal e capitalista. Por que dizemos tudo isso? Para mostrar o quão anti-natural, anti-vida e perverso é o sistema imperante neoliberal e capitalista com seu individualismo e sua competição sem nenhuma cooperação. Ele está imperando no Brasil sob um governo de extrema-direita e ultraneoliberal, causando uma verdadeira desgraça coletiva. O MST com sua ética cotidiana de solidariedade e cooperação nos está dando a todos uma lição necessária na linha do Papa Francisco: "ou nos salvamos todos ou ninguém se salva". É pela solidariedade entre todos, testemunhada pelo MST, que podemos nos salvar, na alegre celebração do trabalho e da vida. Leonardo Boff Ecoteólogo, entusiasta pela existência e pelo exemplo do MST |
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