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9.1.09

Genocídio

Aviões de combate cortam o espaço palestino

Silvando  como cascavéis zangadas...

Lançam suas mortíferas bombas sobre um povo indefeso.

Transformam casas em escombros, revolvem o solo, jorra o sangue...

Velhos estraçalhados, mulheres em desespero, feridos, mortos,

Crianças dilaceradas entre lancinantes gritos de dor...

O dragão sionista ruge e vomita fogo sobre suas vítimas..

Por acaso, Israel, não te lembras das dores sofridas;

Das mortes nos campos de Auschwitz, de Treblinka e Dachau?

Esqueceste, oh! Israel, do Gueto de Varsóvia,

Em que agora transformas a Faixa de Gaza?

Iguala-te aos nazistas, teus verdugos de outrora,

Causando a mesma dor sobre outro povo, de quem roubaste a terra...

Teu Deus, Israel, continua tão feroz quanto nos tempos bíblicos

Do velho testamento, em que, como nuvem ou fogo, conduzia o exército

Matando até os que ainda “mijam no muro”...

Como pretendes o respeito das nações, Israel, se ages como fera?

Não te fies num deus carrancudo e cruel;

Os dias são outros, Israel, e podes pagar caro

Por tua monstruosidade.    

Enquanto a gargalhada sinistra das metralhadoras

Rasgam carnes inocentes, Bush e Shimon Peres vivem

O orgasmo indecente desse holocausto e se excitam

Cada vez mais, imitando e até superando Hitler.

Outros Pablo Picassos registrarão em telas

O horror dessa nova Guernica...

 

São Paulo, 5 de janeiro de 2009

 

Alcindo Tenório Pereira

(Diretor de Formação Sindical do Sindicato dos Advogados de São Paulo)  

 

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